Coloque em prática

Qual a relação entre a alimentação e a depressão?

O que você come influencia mais nas suas emoções do que você imagina!

18 de Abril de 2023


Que a comida é um ponto crucial em nossas vidas, você já deve saber. Tratamos constantemente sobre alimentação dentro do pilar Corpo por entender que, quando não nos alimentamos bem, todo o resto se sente afetado. O que muitos podem não saber é que a má alimentação pode afetar até mesmo a sua saúde mental.

É isso mesmo que você leu: cientistas encontram novas evidências o tempo todo sobre essa relação que, há pouco tempo, parecia distante. E, mais recentemente, um outro laço foi estreitado. Trata-se da conexão entre a alimentação e a depressão. 

Essa é uma descoberta muito importante, já que a depressão é o transtorno de saúde mental mais comum do mundo e afeta 5% de toda a população adulta do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Sua cura ainda gera debate, já que parte dos especialistas acredita não haver, somente um tratamento.

Mas, suas causas vêm sendo cada dia mais esclarecidas. Já se sabe que há um fundo genético importantíssimo envolvido. Também já se sabe que ambientes estressores ou exposição a episódios traumáticos podem engatilhar um episódio depressivo, assim como alguns desequilíbrios químicos - esses, especificamente, que também podem gerar controvérsias. Onde a alimentação entra nisso?

Comida X emoções

Como mencionamos, não há uma cura exata, embora a terapia direcionada e a medicação ajude muitos a superar ou controlar seus sintomas de depressão. Porém, essas intervenções não funcionam igualmente para todos, o que levou os pesquisadores a ampliar ainda mais sua busca de todos os fatores que contribuem para a doença, assim como novas abordagens para tratamentos e gerenciamento.

Foi quando a dieta ganhou destaque na pesquisa médica, com especialistas debatendo os prós e os contras do uso de intervenções dietéticas para tratar ou mesmo prevenir diferentes condições médicas. Estudos de todos os cantos começaram a surgir para fortalecer esse ponto de vista. 

Um deles é bastante recente, abril de 2022, feito na Universidade de Tecnologia de Sydney. Nele, os pesquisadores descobriram que homens de 18 a 25 anos experimentaram uma melhora nos sintomas de depressão após mudarem para uma dieta mediterrânea.

Em dezembro do mesmo ano, dois estudos publicados na Nature Communications analisaram a ligação entre a microbiota intestinal e os sintomas de depressão. Um dos estudos descobriu que 13 tipos de bactérias, em particular, estão associados a sintomas de depressão.

Os porquês são ainda um mistério. Pode ser a maneira como essas bactérias levam à ativação de diferentes sinais no cérebro que podem explicar a ligação entre a composição bacteriana do intestino e os sintomas de depressão, por exemplo. 

Mas pode ser também o fato de que, ao fazer certas mudanças na dieta, podemos aumentar a quantidade de certas espécies bacterianas no intestino e, por extensão, a comunicação entre o intestino e o cérebro, levando a uma melhora na depressão.

O intestino e suas emoções

Segundo um artigo do periódico Medical News Today, em um dos estudos, os pesquisadores explicam que essas bactérias estão envolvidas na síntese de certos neurotransmissores, também conhecidos como mensageiros químicos. Suas atividades podem, por sua vez, estarem envolvidas nos sintomas de depressão. Esses produtos químicos são glutamato, butirato, serotonina e ácido gama-aminobutírico (GABA). 

Como te contamos nesse Tema da Vez, a relação entre o cérebro e o intestino é mais complexa e importante do que se pode imaginar. Pesquisas anteriores já sugeriram que depressivos apresentam níveis mais altos de glutamato em seus sistemas do que pessoas sem depressão. 

O contrário vale para o butirato e GABA, já que níveis mais baixos do que o normal dessas substâncias foram associados a sintomas de depressão - sobretudo em pessoas com doença de Parkinson. Já a serotonina, neurotransmissor já muito falado por aqui, ainda gera dúvidas. 

Há pesquisas que afirmam que baixos níveis de serotonina são pelo menos parcialmente culpados pelos sintomas de depressão, enquanto estudos de pequena escala mais recentes continuam a afirmar que sua falta é a grande vilã. O mais curioso é que é no intestino que ocorre a produção de mais de 90% da serotonina no corpo, além de outros 30 mensageiros químicos que dizem ao cérebro não só o que fazer, mas o que sentir. 

Por fim, no microbioma intestinal há bactérias produtoras de uma substância chamada ácido graxo de cadeia curta, cujo objetivo é sintetizar outros três ácidos graxos de cadeia curta, incluindo acetato, propionato e butirato. E todos os três também atuam como fornecedores de energia, como explicou o Dr. Amin para o Medical News Today.

O que comer?

Te contamos aqui alguns alimentos bons para o cérebro, que por si só já devem ajudar na depressão. Para o Dr. Amin, o entrevistado do artigo que mencionamos, comer muitas fibras, grãos integrais e frutas fará sua microbiota intestinal “realmente feliz, especialmente as bactérias produtoras de ácidos graxos de cadeia curta”. 

Além disso, o simples fato de estar comprometido com a sua dieta, fazendo um diário da alimentação e anotando o que come, por exemplo, já é benéfico para quem tem depressão, já que um dos grandes problemas do transtorno é a dificuldade em se comprometer com a rotina. 

O ato de cozinhar a sua própria comida ou cozinhar para outra pessoa também pode ser um ato chave para esse tratamento. Trazer variedade para o prato também pode ser importante para melhor educar o seu intestino, que pode estar acostumado a receber sempre a mesma coisa. Que tal variar um simples grão de feijão?

Evite alimentos e bebidas não-saudáveis, ultraprocessados ​​e com adição de açúcares, já que estudos têm repetidamente mostrado como um importante fator de risco para a saúde e não acrescentam em nada para seu bem-estar. Adicione alimentos probióticos, como iogurte ou um leite fermentado, bem como alimentos prebióticos, como folhas verdes, que podem ajudar a melhorar a diversidade bacteriana no intestino.

Coma mais alimentos ricos em ômega-3, como peixes oleosos ou nozes, que podem ter um efeito antinflamatório e podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão. Por fim, uma dieta mais saudável não precisa ser um ato de acrifício. Você pode comer um chocolate e compensar com frutas e vegetais depois. O equilíbrio, como sempre, é o segredo de tudo. 

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Coloque em prática

Compre sua aposentadoria, em parcelas

Compre a prazo a coisa mais importante da sua vida, sua independência financeira na velhice

19 de Setembro de 2019


Brasileiro adora parcelar, encontra no parcelamento a solução para comprar o que quer e não tem dinheiro para pagar à vista. Que tal comprar sua aposentadoria , em parcelas? Se eu perguntar qual é a coisa mais cara que você comprará na vida, a resposta não será uma TV, o carro ou a casa. Poupar para o seu futuro, comprar a sua aposentadoria será, provavelmente, a compra mais cara da sua vida. Cara com duplo sentido: no sentido monetário e no sentido de propósito, de significado. Maior expectativa de vida, incerteza da Previdência Social no futuro e menor contribuição dos empregadores aos funcionários tornaram o planejamento dessa grande compra muito mais complexo do que era no passado. As pessoas nem ao menos se preocupavam com isso, morriam antes de se aposentar. Aumentou muito a complexidade das nossas decisões financeiras. Despreparados, muitos precisam de ajuda para entender a importância de um orçamento para controlar e limitar os gastos, formar um fundo de emergência para evitar contratempos financeiros, para lidar com as grandes mudanças na vida, evitar problemas com endividamento e decidir onde investir o dinheiro. Algumas recomendações para evitar os erros comuns e tirar o máximo proveito do planejamento financeiro: - Definir metas financeiras mensuráveis: estabeleça metas específicas de quanto deseja alcançar e quando deseja ver os resultados. Todo o mundo quer estar “confortável” na aposentadoria e ver seus filhos frequentando “boas” escolas, mas o que você quer dizer com confortável e bom? Metas claras são mais fáceis de fixar e medir. - Compreender os efeitos de cada decisão financeira: lembre-se de que cada pedaço da sua vida financeira é parte de um quebra-cabeça maior. Por exemplo, uma decisão sobre a compra de um carro pode afetar as metas de aposentadoria. Suas decisões financeiras estão inter-relacionadas. - Reavaliar sua situação financeira periodicamente: o planejamento financeiro é um processo dinâmico, os objetivos mudam ao longo dos anos devido a mudanças no estilo de vida ou circunstâncias como herança, casamento, nascimento, compra de casa ou mudança de emprego. Revise seu plano financeiro para permanecer no caminho certo e atingir as metas de longo prazo. - Comece a planejar o mais rápido possível: quanto mais cedo começar, maior a probabilidade de atingir suas metas. Desenvolver bons hábitos, como economizar, orçamentar, investir e revisar regularmente as finanças, amplia as chances de atingir as metas, especialmente as mais caras, como a aposentadoria, e de longo prazo, de cujo benefício não desfrutamos agora. - Seja realista em suas expectativas: o planejamento financeiro não muda sua situação da noite para o dia, é um processo vitalício. Lembre-se de que fatores alheios ao seu controle, como inflação ou mudanças de caráter político ou econômico, afetarão seus resultados. - Obtenha ajuda de um profissional qualificado: assim como você procura uma opinião especializada de um médico para questões de saúde, há momentos em que você precisa de um profissional qualificado para fornecer consultoria de planejamento financeiro. Um planejador financeiro com a Certificação CFP® pode ajudá-lo em sua jornada para um futuro financeiro saudável. - Assuma o controle de sua vida financeira: se você está sendo orientado por profissionais do mercado, certifique-se de compreender, faça perguntas sobre as recomendações oferecidas. Seja protagonista e desempenhe um papel ativo na tomada de decisões. Fonte: Marcia Dessen, para Folha de S.Paulo Leia o artigo original aqui .

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