Para Inspirar

A natureza é calmante e traz alegria - e nós podemos provar

Dentre os diversos benefícios que a natureza traz para o ser humano, ser um calmante natural e agir diretamente na nossa felicidade são os mais potentes deles

8 de Setembro de 2020


A natureza é um calmante natural - e isso não é segredo para ninguém. Ou, pelo menos, não deveria ser. Mesmo o mais cético dos céticos não pode negar a sensação de paz que um cenário verde pode lhe proporcionar, o silêncio de um campo ou até a melodia avassaladora do mar.

Em nosso pilar Espírito, natureza é um sub pilar. Isso porque acreditamos que, para esse aspecto da vida estar equilibrado, é imprescindível esse contato com o que é da ordem do natural. E, como já sabemos, equilibrar os seus 6 pilares é um caminho para se ter uma vida longa e plena.

Como mencionamos nessa matéria, há diferentes tipos de benefício que o contato com a natureza pode trazer. E não é nem preciso ir afundo, em mata aberta ou algo mais selvagem. Mesmo a jardinagem, prática doméstica que pode ser feita em seu próprio quintal, pode ser boa para seus pilares Plenae de formas diferentes - como dissemos aqui.

Por estarmos tão introduzidos em uma dinâmica social composta por telas, luzes artificiais e sons robóticos, nos esquecemos que viemos da natureza e a ela pertencemos. O efeito dela sobre nós é tão grande que perpassa as dimensões do que é real e o que é tecnológico.

Como apontou este artigo, pesquisas comprovaram que somente o fato de olhar uma foto de um ambiente natural pode acalmar um paciente vítima de um estresse pós-traumático. Outro estudo comprovou que ouvir o barulho de ondas do mar por sete minutos consecutivos em uma sala de espera, por exemplo, é mais calmante do que outros sons esteticamente feitos para acalmarem nossas ondas cerebrais.

Ainda falando sobre uma natureza artificial, há o boom de óleos essenciais e cheiros cítricos que são feitos em laboratórios, sem efetivamente utilizar a planta. Isso sem falar na fusão entre ciência e natureza quando o assunto são remédios fitoterápicos, altamente utilizados até mesmo na rede de saúde pública do país.

Por fim, imersões interativas em ambientes naturais por meio de tecnologia 3D ou Realidade Virtuais podem ser altamente positivas para o nosso bom funcionamento cerebral e fisiológico, como demonstram esses pesquisadores.

Na natureza selvagem

Mas é claro que nenhuma dessas soluções substitui o bom e velho pé na grama. Respirar profundamente um ar límpido e contemplar um horizonte sem intervenções urbanas é cenário que, só de imaginar, já nos inunda com um sentimento pacífico. Mesmo com essa gama de opções e distrações que temos hoje, nenhuma delas é capaz de provocar essas mesmas sensações.

Isso não acontece à toa. Como dissemos anteriormente, viemos e pertencemos à ela: a mãe Natureza. Segundo o conceito de biofilia, tudo está intrinsecamente ligado em um ecossistema - e prova disso é que até mesmo o ferro que corre em nosso sangue é o mesmo que habita as estrelas no espaço sideral, além de uma infinidade de átomos que habitam ambos.

E as conexões não param por aí. Neurologicamente falando, a natureza é boa para a memória e linguagem, redução de estresse, hipertensão e saúde mental como dissemos aqui, e até mesmo para o melhor desenvolvimento cognitivo das crianças.

E é justamente seguindo por essa linha de pensamento que novas pesquisas sugerem que nosso relacionamento com a natureza pode estar profundamente e diretamente ligado à nossa felicidade. Em artigo para o periódico Psychology Today, a autora de livros Marilyn Price-Mitchell, elenca as principais novas descobertas sobre o tema - e ainda cita a frase do poeta Samuel Johnson: “O desvio da natureza é o desvio da felicidade”.

Estudos publicados recentemente pelos pesquisadores John Zelenski e Elizabeth Nisbet no jornal acadêmico Environment and Behavior, apontaram a existência de uma conexão emocional humana intimamente ligada à natureza de forma preditiva, e como isso reflete em nossas atitudes e escolhas que fazemos.

Esse mesmo estudo encontrou indícios entre o natural e a felicidade da nossa espécie. Para descobrir isso, eles conduziram dois estudos com base em um questionamento central e comum em ambos: a ligação entre natureza e felicidade é independente de outras coisas que nos fazem sentir emocionalmente conectados à vida, como família, país, cultura, música e amigos?

Resultados

Em um primeiro momento, foi medido o sentimentos de conexão das pessoas em esferas diferentes, sendo a natureza uma delas. Os participantes então avaliaram sua relação com o meio natural pelo seu nível de concordância ou discordância com afirmações como "Minha relação com a natureza é uma parte importante de quem eu sou" ou "Eu observo a vida selvagem onde quer que esteja”. O resultado identificou que, em vários momentos, a relação entre estar feliz e estar em contato com a natureza era frequente.

Os pesquisadores queriam saber, principalmente, se a natureza se destacava de outras felicidades que podemos sentir em nossa vida, e o resultado sugeriu que há uma sensação de alegria específica, que só se manifesta em ambiente natural, além de uma mais generalizada - atrelada às nossas relações com família e com o lar.

Os resultados de sua pesquisa sugerem que “o relacionamento com a natureza tem um benefício distinto para a felicidade”, além do benefício mais generalizado de se sentir conectado à família, aos amigos e ao lar. Nossa conexão com a natureza também se correlacionou com a maioria das medidas de bem-estar humano, indicando que ela pode desempenhar um papel extremamente importante na manutenção de uma saúde mental positiva.

Em um segundo momento, no segundo estudo, Zelenski e Nisbet buscaram ver se o relacionamento com a natureza poderia realmente anteceder um pico de felicidade no corpo de uma pessoa, como uma expansão do estudo um. Dessa vez, a dupla usou avaliações para explorar mais profundamente várias conexões com a felicidade, particularmente aquelas de qualidade interpessoal, incluindo apego, interdependência e pertencimento.

As descobertas desse segundo, atreladas às descobertas do primeiro em uma comparação, levaram os pesquisadores a conclusões importantes: nossa conexão emocional com o mundo natural é distinta de outras conexões psicológicas em nossas vidas; O relacionamento com a natureza muitas vezes prediz felicidade, independentemente de outros fatores psicológicos; As conexões psicológicas com a natureza têm a capacidade de facilitar atitudes sustentáveis, podendo ser uma ferramenta importante na preservação do meio ambiente.

Portanto, está comprovado que, mais do que uma mera sensação agradável, a mãe natureza exerce um efeito positivo sobre nós que atua de forma específica e qualificada para nos fazer feliz. É uma sensação diferente das que encontramos em outras relações, como quando estamos com pessoas amadas, ou desempenhando um hobby. Tire seus sapatos, pise na grama e comprove você mesmo o poder que ela pode ter!

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Semelhanças e curiosidades entre a páscoa Judaica e Católica

Apesar de serem comemoradas simultaneamente esse ano, as duas celebrações possuem diferenças em suas origens e semelhanças em suas morais

12 de Abril de 2020


Hoje comemora-se mundialmente a páscoa católica do ano de 2020. A festa celebra a ressurreição de Cristo, crucificado dois dias antes, na chamada sexta-feira santa. Ela possui data móvel, ou seja, muda todo ano conforme a regra vigente. E qual é ela? Simples, mas nem tanto: a páscoa deve ser marcada sempre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio, ou seja, da primavera/outono dependendo do hemisfério onde você se encontra.

Apesar de um pouco complexo, essa regra restringe e faz com que caia sempre entre 22 de março e 25 de abril. Esse feriado é tão importante para toda a religião católica que acaba definindo uma série de outras datas, que são contadas a partir dele.
Aos fiéis mais praticantes, há a privação da carne 40 dias antes da data oficial, em respeito ao sacrifício de Cristo.

Ainda no dia oficial, costuma-se servir peixe ou outra especiaria e, somente no dia seguinte volta-se a comer então a carne. Até mesmo o ovo era proibido durante esse período, então os povos antigos costumavam decorá-lo para presentear as crianças e entes queridos logo depois da celebração. Esse costume, aliás, foi o precursor dos nossos já conhecidos ovos de chocolate, que surgiram por volta do século 19, na França e na Alemanha - e aperfeiçoado desde então.

Mas e quanto a páscoa judaica? Essa é, por sua vez, é ainda mais antiga do que a cristã, mas igualmente baseada sobre os dizeres de um livro religioso, no caso do judaísmo, a Tora. Seu nome original é Pessach, que na tradução para o português significa passagem. O nome é, na verdade, simbólico e bastante explicativo. Isso porque a festa comemora a libertação do povo hebreu, antes escravos no Egito, ou seja, sua “passagem” para a liberdade.

Ela também significa a passagem do anjo da morte. A páscoa judaica é celebrada momentos antes da execução da décima praga sobre os egípcios por esse anjo. Afinal, foi graças às dez pragas de Moisés que este povo pôde então migrar para outras terras, segundo narrativa bíblica hebraica. Só foi libertado quem seguiu as ordens de Javé e sacrificou um cordeiro, passando seu sangue em suas próprias portas.
Isso aconteceu em uma data específica, é claro.

O Êxodo 12 da Tora define que “desde a tarde do dia catorze do primeiro mês até a tarde do dia vinte e um do mesmo mês, o pão que vocês comerem será feito sem fermento”. O primeiro mês do calendário judeu é chamado de
nissan, ou seja, do décimo quarto dia ao vigésimo primeiro dia desse mês, por uma semana, é fixada então a páscoa judaica. Por ser um calendário lunissolar, os judeus construíram seus dias e meses em torno dos ciclos solares e lunares.

Tanto o judaísmo quanto o catolicismo são religiões milenares, nascidas em uma era onde o tempo era contado de forma diferente como a qual estamos hoje acostumados. O então chamado nissan acaba coincidindo com o que conhecemos como fim de março e início de abril.
Ainda segundo o Êxodo 12, a alimentação dos judeus durante esse período é restrita, e não pode conter nenhum alimento fermentado.

Durante o Sêder , como é chamado o jantar que abre as comemorações, há muito vinho, pão sem fermento (conhecido como Matsá), ovo cozido (chamado de Betsá)  além de outras comidas específicas que representam cada uma um diferente simbolismo da festa.
Em alguns anos, tanto a páscoa católica quando a judaica podem coincidir - como é o caso de 2020.

Porém, enquanto o cristianismo comemora a virada da morte de Cristo para a vida, o judaísmo celebra a passagem da vida para a morte, mais especificamente, a morte de quem os escravizou.
Porém, há muitas semelhanças entre as duas. Ambas tiveram origem há séculos atrás e pautam suas datas conforme fenômenos naturais. Além disso, há restrições alimentares presentes tanto em uma quanto em outra.

E, por fim, a essência das duas comemorações é estar com seus entes queridos, celebrando a união familiar - e essa talvez seja a principal mensagem e evidência de que, não importa sua fé, somos todos iguais e feitos de amor. Não deixe de praticar sua espiritualidade , ela pode te trazer mais benefícios do que você imagina.

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