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A receita da vida longa, segundo uma Prêmio Nobel de medicina

As descobertas nesse campo renderam à bióloga americana Elizabeth Blackburn , de 68 anos, o prêmio Nobel de Medicina de 2009.

1 de Março de 2019


A gente entrega o avançar da idade por meio de rugas, cabelos brancos, juntas emperradas… Pois nossas células acusam o mesmo quando se observam seus telômeros. Telômeros são as extremidades dos cromossomos, as estruturas das nossas células onde fica empacotado o DNA. Com os anos, os pezinhos dos cromossomos ficam mais curtos, fenômeno ligado ao envelhecimento e à maior exposição a doenças. As descobertas nesse campo — bem como a identificação da enzima que protege os telômeros, a telomerase — renderam à bióloga americana Elizabeth Blackburn , de 68 anos, o prêmio Nobel de Medicina de 2009. A professora, que atua na Universidade da Califórnia em San Francisco, nos Estados Unidos, se juntou à psicóloga Elissa Epel, da mesma instituição, para compartilhar os achados científicos que conectam a integridade dos telômeros aos nossos hábitos e à maneira de encarar a vida. O resultado é o livro O Segredo Está nos Telômeros , recém-lançado no Brasil pela editora Planeta. Na entrevista a seguir, ela conta um pouco da receita da vida longa, guardada em nossas próprias células. Seu livro fala da importância de uma dieta equilibrada no comprimento dos telômeros. Na contramão, existem alimentos ou ingredientes que deveríamos consumir com moderação pensando nas nossas células? Eu destacaria os carboidratos refinados, refrigerantes açucarados, alimentos processados e carne vermelha. A incidência de doenças crônicas, caso de obesidade, câncer e problemas cardiovasculares, está crescendo mundo afora. Podemos dizer que todas elas estão associadas ao encurtamento dos telômeros? Estou certa disso. Como o estresse mental e a ansiedade são capazes de danificar nossos telômeros e encurtar nossa expectativa de vida? Tanto a ansiedade como a depressão estão ligadas a telômeros mais curtos. E, quanto mais severas elas são, mais curtos são os telômeros. Essas condições extremas do estado emocional têm um efeito no maquinário de envelhecimento das células, que envolve os telômeros, a mitocôndria [organela celular] e processos inflamatórios. Doenças do coração, pressão alta, diabetes, todos esses problemas de saúde tendem a aparecer mais cedo e mais rapidamente em pessoas ansiosas ou deprimidas. A ansiedade é um tema relativamente recente no campo de pesquisas sobre os telômeros. Sabemos que pessoas que vivenciam a aflição de um transtorno de ansiedade tendem a apresentar telômeros significativamente mais curtos. Quanto mais tempo a ansiedade persiste, mais curtos ficam essas estruturas. Mas, a partir do momento em que a ansiedade é resolvida e a pessoa se sente melhor, os telômeros eventualmente retornam ao seu comprimento normal. Esse é um importante argumento a favor da identificação e do tratamento da ansiedade. E a depressão? Piora ainda mais as coisas para os telômeros? A conexão entre a depressão e os telômeros tem uma sólida base de evidências científicas. Um estudo impressionante, de larga escala, envolvendo quase 20 mil mulheres chinesas, descobriu que aquelas deprimidas tinham telômeros mais curtos. Quanto mais grave e duradoura é a depressão, mais curtos ficam os telômeros. Até que ponto técnicas de controle mental, como mindfulness e meditação, nos ajudam a viver mais e melhor? Estudos já descobriram que pessoas que tendem a focar mais suas mentes no que estão fazendo têm telômeros mais longos quando comparadas àquelas cujas mentes divagam. Outras pesquisas demonstram que ter aulas ou treinamentos de mindfulness ou meditação está ligado a uma maior capacidade de manter a integridade dos telômeros. O foco mental é uma habilidade que qualquer pessoa pode cultivar. Tudo que você precisa fazer é praticar. É possível que um dia tenhamos uma pílula capaz de proteger ou regenerar nossos telômeros, uma espécie de elixir da longa vida? Eu adoraria se alguma coisa do tipo existisse! Mas eu manteria uma dieta balanceada e a mente tranquila. Leia o artigo completo aqui . Fonte: Diogo Sponchiato Síntese: Equipe Plenae

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Os benefícios da convivência entre irmãos

De sangue ou não, a fraternidade é um dos elos mais poderosos que carregamos na vida, e até mesmo as disputas internas podem nos fortalecer como indivíduos

24 de Dezembro de 2020


Eles brigam, se desentendem, se criticam. Mas, no final do dia o amor sempre prevalece. Crescer com irmãos é isso, e poucas coisas no mundo são tão sinceras quanto o amor fraternal - como a história de Chitãozinho e Xororó. A dupla, que foi personagem do quinto episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, contou como a união e o respeito mútuo foram imprescindíveis para que superassem suas diferenças e realizassem o sonho de se tornarem famosos.

Para realizar esse sonho, foi preciso muita paciência e amadurecimento - e também, muuuuuitas viagens juntos e horas compartilhadas. Mas a convivência entre irmãos é extremamente benéfica na formação do ser humano. Um irmão é como um amigo dentro de casa, antes mesmo da experiência social que se encontra na escola.

Aprender a dividir, a lidar com as diferenças e não ser sempre o centro das atenções são algumas das vantagens que se têm no convívio entre irmãos. A relação de camaradagem entre dois irmãos pode assumir diversas formas, como a admiração do mais novo pelo mais velho, enquanto este vira uma espécie de protetor. Ter um irmão é saber que nunca se estará sozinho para enfrentar os dissabores da vida.

Disputa fraternal

Entretanto, nem tudo são flores. Em muitos casos, essas brigas normais entre irmãos podem escalar para algo muito maior, rompendo até mesmo esse vínculo tão forte. Essa relação tal qual a de Caim e Abel pode ser evitada , e quanto antes, melhor.

Nesse caso, o papel dos pais é ainda mais determinante. Inveja e ciúmes são sentimentos normais a todos os humanos, não seria diferente com a convivência tão próxima dentro do próprio lar. Cabe aos pais a tarefa de ensinar os filhos a lidar com tais sensações no caminho para uma relação bela e sadia.

É importante que o mais velho entenda que aquela nova pessoa está chegando na família para agregar, não para separar. A competição entre irmãos é saudável e pode ser estimulada. Quem nunca ouviu aquela história sobre o caçula ser o mais mimado? Ou o mais velho ser o mais esperto? Uma pesquisa da Universidade de Leipzig, na Alemanha, encontrou lastro nessa afirmação de que os primogênitos seriam mais inteligentes. Em contrapartida, os mais novos são mais saudáveis.

Em outros casos, porém, pode prevalecer a união, como na hora de dividir a bronca levada dos pais e o castigo compartilhado. Esses laços, se fortalecidos, duram a vida toda (afinal, não existe ex-irmão). Não é incomum irmãos que “seguram a barra” dos outros já durante a vida adulta quando a necessidade se faz valer.

Irmãos da vida

Isso tudo quer dizer que os filhos únicos saem prejudicados ? Não necessariamente. Apesar dos muitos benefícios em se ter irmãos, não quer dizer que uma pessoa que não os tenha terá seu desenvolvimento afetado de alguma forma, principalmente se os pais permitirem que amigos e/ou primos sirvam como substitutos. O processo de educar um filho único pode ser um pouco diferente, mas não quer dizer que ele se tornará o estereótipo da pessoa que tem o “rei na barriga”.

É importante ressaltar que os irmãos não são só aqueles de sangue. Laços fraternos podem ser estabelecidos, também, entre irmãos adotivos ou de criação. O que importa é o amor e o afeto mútuo que surge entre ambos, não o parentesco sanguíneo. A adoção é uma excelente alternativa a casais que não podem ter (mais) filhos.

A parceria entre irmãos muitas vezes chega aos holofotes da fama e não só pelas duplas sertanejas, como Chitãozinho e Xororó. Existem diversos artistas famosos que são irmãos , provando que a fraternidade e a camaradagem persistem e prevalecem não importam as circunstâncias.

Assim, é importante lembrar que irmãos são mais do que amigos, e os temos para a vida toda. Alguém que sempre vai nos ouvir e tentar entender. “Eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro” como canta Pedro Bial em sua música, Filtro Solar. E você? Já abraçou seu irmão hoje?

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