Para Inspirar
As relações que curam
Moshe Frenkel, professor da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, fala sobre a importância das relações na recuperação de doenças
24 de Abril de 2018
Quinze pacientes em estágio avançado de câncer de pulmão e de pâncreas foram entrevistados para um estudo com o objetivo de esclarecer quais os motivos que ajudaram na recuperação. Todos recebiam terapias tradicionais e alternativas, mas atribuíram a sobrevivência aos relacionamentos com o médico e a família – e não exatamente ao tipo de tratamento que receberam.
“A interação social é um grande trunfo para aumentar as chances de sobrevida dos pacientes”, diz o autor do trabalho, Moshe Frenkel, professor da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e diretor do serviço de oncologia integrativa no Centro Médico Meir, em Israel.
“Os entrevistados não tinham o comportamento mais comum, o de procurar uma varinha mágica, que limpe o câncer e as faça voltar à vida normal”, disse o médico à
Medscape Medical News. Ao que parece, eram mais realistas às próprias condições, o que ajudou no levantamento científico.
Frenkel descreveu os casos com detalhe em artigo
publicado on-line
na página da revista inglesa Future Medicine. No quesito relacionamento médico-paciente, os doentes apontaram a qualidade da comunicação como fator de grande relevância. O autor do estudo observa que há dois pontos fundamentais para a sobrevivência dos pacientes. “Primeiro, o médico precisa ser ativo e envolvido no cuidado de cada doente.
Segundo, deve ser um oncologista que pense fora da caixa.”
O apoio familiar e a atitude proativa do paciente ao contabilizar a sua extraordinária sobrevivência estão entre os principais pontos recorrentes nas entrevistas. Houve casos de pacientes com histórico excepcional de doença, que experimentaram a regressão espontânea do câncer.
Apesar de bem documentados, as pesquisas que examinaram esses casos são limitadas, segundo Frenkel, e incapazes de fornecer uma explicação satisfatoriamente clara. “A maioria dos artigos se baseiam em relatos e não em pesquisas sistemáticas. É muito difícil tirar conclusões quando não há por trás um suporte mais científico.”
Leia o artigo completo
aqui.
Fonte: Medscape
Síntese: Equipe Plenae