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Como o amor materno pode ser benéfico para o cérebro?

Pesquisadores descobriram que o afeto ainda nos primeiros anos de vida pode ser determinante para um melhor desenvolvimento cerebral

5 de Setembro de 2020


Amor, palavra difícil de ser explicada, mas fácil de ser compreendida. Amar e ser amado são fundamentais para a espécie humana. É a busca por esse sentimento que nos faz procurar parceiros e procriar, por exemplo, como afirma a doutora em genética e biologia molecular e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Ivana da Cruz.

Mas há ainda um amor mais genuíno e potente do que o romântico: é o amor familiar. Sobretudo, o amor materno. Visceral, como muitas vezes é definido, ele é amplamente estudado pela ciência anos a fio. Já descobriu-se, por exemplo, que mais do que carnal, ele é também hormonal. Também já se sabe que ele traz mais confiança tanto para o bebê, como para a mãe.

E, há alguns anos, uma pesquisa liderada pela psiquiatra infantil americana, Joan Luby, da Faculdade de Medicina de Washington, comprovou que o afeto investido pelas progenitoras ainda nos primeiros anos de vida é crucial para um bom desenvolvimento cerebral de seus filhos.

A autora descobriu em seu estudo que o hipocampo, uma importantíssima área do nosso cérebro, localizada nos lobos temporais, cresce duas vezes mais rápido em crianças de até 6 anos que recebem mais atenção, carinho e, sobretudo, paciência em situações consideradas mais desafiadoras.

Essa região do cérebro é a responsável pela memorização, aprendizagem e inteligência emocional. Depois de acompanhar mais de 120 famílias e suas crias, e submetê-los a testes e exames ao longo do tempo, concluiu-se que, quando adolescentes, os que ganharam “mais atenção” na infância apresentaram resultados melhores.


Como foi feito

Para mapear o temperamento e a personalidade dessas mães, a psiquiatra Joan criou situações ao longo dos anos para testá-las e analisar o seu trato com os filhos em casos onde elas precisavam realizar tarefas mais estressantes na presença deles, que demandam muita atenção.

Ela pedia a essas mães que concluíssem suas tarefas enquanto, ao mesmo tempo, presenteava seus respectivos filhos com pacotes bem atrativos, que não podiam ser abertos imediatamente.


Descobriu-se então que as que conseguiam lidar com esses momentos de forma mais delicada e com autocontrole acabaram gerando um impacto positivo em seus filhos, que apresentaram melhores resultados nas ressonâncias magnéticas as quais foram submetidos ao longo do estudo.

Isso se deve, provavelmente, à plasticidade cerebral que a criança possui até os 6 anos, que se solidifica com o tempo e já não recebe tanto a influência exterior do mundo. Mas, o que o estudo quis provar é que a trajetória do crescimento de um indivíduo está muito associada ao seu ambiente e tratamento que recebe - não só a nível de personalidade, mas também fisiologicamente falando.

A psiquiatra sugere que é possível ajudar as crianças a irem melhor na escola ou na vida adulta se isso for olhado com atenção ainda na infância, período tão crucial na formação do ser humano.

Isso não quer dizer, é claro, que as demais mães foram ruins. A maternidade demanda muito de todas as mães, tanto emocionalmente quanto fisicamente. E, ao longo da vida, as necessidades de seus filhos vão mudando e se adaptando às suas idades.

É importante estar atento a todas elas, mas também estar sempre de olho na saúde daquela mãe e daquela família toda envolvida. Isso é saudável para a todas as partes, além de ser um processo empático o qual a criança também absorverá.

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Maioria das vitaminas não protege o coração, diz estudo

Cientistas avaliaram dados coletados em quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo

25 de Julho de 2019


O consumo de suplementos de vitaminas, minerais e outros nutrientes não prolongam a vida , nem protegem o coração contra doenças. Essa é a conclusão de um grande estudo, publicado no Annals of Internal Medicine , que analisou 277 ensaios clínicos usando 24 intervenções diferentes. Um crescente número de pesquisas tem chegado ao mesmo resultado. A análise mostrou possíveis (e baixos) benefícios para a saúde apenas com o consumo de suplementos de ácidos graxos ômega-3 e de ácido fólico para algumas pessoas. Os pesquisadores também descobriram que os suplementos que combinam cálcio e vitamina D podem estar ligados a um risco ligeiramente aumentado de derrame. "As pessoas devem se concentrar em obter seus nutrientes por meio de uma dieta saudável para o coração, porque os dados mostram cada vez mais que a maioria dos adultos saudáveis ​​não precisa tomar suplementos", diz uma das autora do estudo, Erin D. Michos, professora da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Pesquisa. Os cientistas avaliaram dados coletados em quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo para descobrir se o consumo de 16 vitaminas ou outros suplementos poderia reduzir a mortalidade por problemas do coração, incluindo doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco. A maioria dos suplementos, incluindo poli-vitamínicos, selênio, vitamina A, vitamina B6, vitamina C, vitamina E, somente vitamina D, cálcio isoladamente e ferro, não mostrou nenhuma ligação com aumento ou diminuição do risco de morte ou saúde do coração. Ômega-3. Quarenta e um estudos com mais de 100 mil participantes sugeriram que a ingestão de ácidos graxos ômega-3 estava ligada a uma redução de 8% no risco de ataque cardíaco e a uma queda de 7% na doença coronariana em comparação com aqueles que não tomavam esses suplementos. Os pesquisadores classificaram o possível benefício como baixo. Ácido fólico. Com base em 25 pesquisas com 25 mil pessoas saudáveis, os dados também mostraram que o ácido fólico estava associado a um risco 20% menor de acidente vascular cerebral. Para os autores, o efeito benéfico é baixo. Segundo os cientistas, as análises sugerem que o maior impacto da suplementação de ácido fólico na redução do risco de derrame ocorreu na China, onde cereais e grãos não são fortificados com o nutriente - como no Brasil. Assim, eles dizem, esse aparente efeito protetor pode não ser aplicável em regiões do planeta. Cálcio e vitamina D. Vinte estudos avaliaram a combinação de cálcio com vitamina D em um suplemento. Os pesquisadores verificaram um aumento de 17% no risco de AVC, evidência considerada moderada. Não houve evidência de que o cálcio ou a vitamina D, isoladamente, tivessem riscos ou benefícios para a saúde. Fonte: Science Daily Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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