Para Inspirar

Duda Schietti em “Tudo que acontece comigo é o melhor que poderia acontecer comigo”

Na quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir, conheça a jornada de autoestima e autoconhecimento de Duda Schietti

4 de Abril de 2021


Leia a transcrição completa do episódio abaixo:

[trilha sonora] Duda Schietti: Era a realização de um sonho. Eu tinha 23 anos e morava sozinha em Nova York, num apartamento delicioso a duas quadras do Central Park. Me mudei pros Estados Unidos pra passar um ano estudando na Parsons, a melhor escola de moda do país. A vida estava perfeita, até o meu destino mudar pra sempre seis meses depois que eu cheguei na cidade.  [trilha sonora] Geyze Diniz: Um AVC aos 23 anos de idade é um desses acontecimentos inexplicáveis da vida. Lidar com as sequelas da doença não é fácil para ninguém, menos ainda pra uma pessoa tão jovem. Neste episódio, a influenciadora Duda Schietti compartilha sua jornada para curar as feridas deixadas pelo acidente vascular cerebral em um processo de aprendizado contínuo, autoconhecimento e resiliência, sem deixar de ser feliz. Ouça no final do episódio as reflexões da especialista em desenvolvimento humano, Ana Raia, para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se [trilha sonora] Numa sexta-feira como outra qualquer, acordei de manhã, fui ao banheiro e, na hora de escovar os dentes, eu comecei a babar. Olhei no espelho e prestei atenção no meu rosto. Senti uma fraqueza no lado direito, como se o músculo não tivesse força pra mexer a boca e piscar o olho.  Fiquei intrigada com aquela paralisia, mas confesso: não me preocupei tanto. Na época, há nove anos, eu não tinha conhecimento, nem maturidade pra entender a gravidade daquele sintoma. E eu me sentia bem, sem dor ou qualquer mal-estar. Então, vida que segue. Fui almoçar com uma amiga e senti uma leve dificuldade para comer.  Voltei pra casa e, conforme o dia foi passando, bateu uma falta de energia, indisposição e náusea. Como eu sou teimosa, no fim da tarde fui à academia do prédio. Tentei me exercitar, mas era im-pos-sí-vel. Naquela altura, o rosto já estava completamente paralisado. Liguei pra minha mãe, que mora em Londrina, no Paraná, e ela disse pra eu ir ao médico no dia seguinte. [trilha sonora] O médico achou que eu pudesse estar com Paralisia de Bell, uma fraqueza muscular causada por um vírus. Receitou um antiviral e me mandou voltar dali a uns dias. Só que no fim de semana eu piorei, a ponto de não conseguir andar. Depois, eu fui saber que eu tinha perdido a audição do lado direito, por isso eu estava sem equilíbrio.  Minha mãe chegou a Nova York dois dias depois. A essa altura, o pouco que eu conseguia comer, eu vomitava. Quando tentava andar, eu caía no chão. Eu não saía da cama. Voltei no mesmo médico e ele me mandou procurar um neurocirurgião. Senti que o buraco era mais embaixo.  [trilha sonora] Saímos perguntando pros conhecidos, e o amigo do amigo indicou um médico famoso. Eu e minha mãe estávamos muito nervosas na consulta. Por mais que a gente fale inglês fluentemente, não é a mesma coisa se comunicar em outra língua, ainda mais numa situação como aquela. Pra piorar, o médico não foi muito acolhedor. Uma ressonância apontou que eu tinha um cavernoma cerebral, uma má formação no vaso sanguíneo. Eu nasci com isso, mas até então eu não sabia. E provavelmente nunca saberia, se a lesão não tivesse estourado e sangrado, que foi o que aconteceu comigo, do nada. Em resumo, o que eu tive foi um AVC. [trilha sonora] A lesão estava localizada entre o tronco e a medula cerebral, um lugar delicado, de dificílimo acesso. O médico disse que, por causa da localização, não dava pra operar. Falou que o meu corpo ia absorver aquele cavernoma, que não tinha nada pra fazer e era pra eu voltar lá dali a 20, 30 dias.  Não tinha como eu aceitar aquele diagnóstico, eu estava muito debilitada. Minha mãe e eu saímos do consultório inconformadas. O meu pai é médico e concordou que a gente precisava escutar outras opiniões. Ele e minha mãe fizeram vários contatos e graças a Deus nós encontramos um neurocirurgião, especialista em cavernoma, em São Paulo. A gente mandou os meus exames e ele me mandou voltar imediatamente pro Brasil pra operar, porque eu poderia ter outro sangramento. [trilha sonora] Deixei tudo para trás, peguei um voo pra São Paulo e no mesmo dia fui ao consultório. O médico falou sobre a cirurgia e a primeira coisa que eu perguntei foi: “Tá, mas e o meu rosto? Vai voltar ao normal ou vai ficar paralisado pra sempre?” Tenho até vergonha de falar, mas a verdade é que eu não estava preocupada com a minha saúde, e sim com a minha aparência. Daí o neuro respondeu: “Isso eu não posso te garantir”. E continuou: “Você tem que agradecer a Deus que só o seu rosto tá paralisado. Conheci vários casos de pessoas que tiveram exatamente o que você teve e não mexem nada de um lado do corpo. E outras, que o cavernoma afetou a parte cognitiva. Então agradeça que você está andando, mexendo o seu braço e a sua mão, falando e pensando”. Foi um choque de realidade ouvir aquelas palavras. Um verdadeiro chacoalhão.  [trilha sonora] A cirurgia foi marcada para o dia 14 de março de 2013, um mês depois do primeiro sintoma. Na véspera da operação, um médico da equipe foi ao quarto do hospital conversar. Ele explicou que era uma cirurgia de alto risco e pediu pra contar comigo: “A gente precisa da sua calma, precisa que você esteja bem, porque isso faz muita diferença”. Só que até aquele momento, imagina, eu nunca tinha tido nenhum problema de saúde. No máximo uma gripe. Na madrugada, eu tive uma crise, não sei se de ansiedade ou pânico, mas eu me tremia toda. Passei a noite em claro, morrendo de medo. De manhã, antes de eu ir pro centro cirúrgico, minha mãe, meu pai, meus dois irmãos, minha cunhada e eu fizemos uma oração de mãos dadas, pedindo a Deus que conduzisse os médicos da melhor maneira possível. A operação durou 14 horas e deixou uma cicatriz enorme, numa linha reta que sobe da cervical até o topo da minha da cabeça. Acordei na UTI, com a minha mãe segurando a minha mão do meu lado esquerdo, dizendo que tinha ido tudo bem e chorando muito. Tive alta e me mudei pra casa dos meus pais, em Londrina. 2013 foi um ano de recuperação. Eu nem entendia direito o que estava acontecendo. Precisava da ajuda da minha mãe pra tomar banho, pra me trocar. Demorei dois meses pra conseguir estabilizar o equilíbrio e fazer uma caminhada sem apoio de alguém. Naquela época, eu também não tinha ferramentas internas pra lidar com a minha ansiedade, com toda a inquietação que eu estava sentindo. Qualquer dorzinha, podia ser na pontinha do dedo, eu já achava que podia ser o cavernoma de novo. Os quatro anos seguintes foram de infelicidade, angústia e tristeza. Uma fase bem dark em que eu não considero que vivi, mas sobrevivi. Eu sempre fui muito ligada à beleza. Trabalhava com moda, adorava me maquiar, me produzir, me vestir bem. A sequela estética, pra mim, doía como se alguém tivesse enfiado uma faca no peito e quebrado o meu coração em 1 milhão de pedaços. O rosto é o nosso cartão de visitas, a primeira coisa que o outro olha em você e você no outro. É por onde a gente se expressa e demonstra os nossos sentimentos. Eu tinha perdido 96% dos movimentos do lado direito do meu rosto. Ter um sorriso torto me matava por dentro. Eu evitava olhar no espelho, porque eu não gostava do que via. Não queria tirar foto... Logo eu, que sou leão com ascendente em leão. Sempre adorei fazer pose pra câmera e me exibir. Achava que nunca ia voltar a ser feliz. Não entendia porque aquilo estava acontecendo justo comigo, tão vaidosa. Diminuí o convívio social e só queria encontrar pessoas que já sabiam o que tinha acontecido, pra evitar olhares que me incomodassem.  [trilha sonora] Sair desse buraco existencial foi uma longa caminhada, que começou pela alimentação. [trilha sonora] Por causa do susto, eu queria cuidar melhor da minha saúde. Procurei uma nutricionista e passei a comer mais comida de verdade e menos alimentos industrializados e inflamatórios, tipo farinha branca e açúcar. Comecei a consumir produtos orgânicos e a dar importância pra procedência das carnes que eu ingeria. Só com essas mudanças, senti mais energia, meu humor melhorou e o meu sono também.  Eu sempre adorei compartilhar tudo que eu aprendo, e por isso fui dividindo as descobertas com os meus amigos no Instagram. As pessoas gostaram e foram interagindo comigo. Aquela troca me fez bem e me instigou a pesquisar mais sobre esse universo do bem-estar. Fiz um curso de health coach e entendi que eu não me alimento só de comida. Os pensamentos, as emoções, as pessoas ao meu redor, o ambiente e o sono também me nutrem. De maneira orgânica, entrei numa jornada de autoconhecimento, um assunto pelo qual eu não me interessava antes. Eu tinha e ainda tenho uma fé muito grande, mas nada além disso.  O meu estímulo pra fazer exercício também mudou. Antes da doença, eu praticava corrida e fazia musculação, mas confesso: só para ficar magra, não estava nem aí pros benefícios pra saúde. Até eu descobrir o yoga e o conceito de impermanência. A mesma postura que eu fiz ontem perfeitamente bem, pode ser que hoje eu não consiga nem começar, talvez porque a mente está mais agitada ou porque eu não tenha dormido tão bem. E tá tudo certo. O yoga me mostrou que cada dia é um dia. Nós mulheres somos cíclicas como a natureza e precisamos respeitar esse movimento. Com o yoga, veio a meditação, que me ensinou a não me identificar com os meus pensamentos, principalmente na época em que eles eram tóxicos: eu não me achava boa o suficiente e não conseguia mais enxergar beleza em mim.  O maior passo da minha jornada de descoberta de mim mesma eu dei em 2017, quando comecei a fazer terapia. Eu, que sou comunicativa, tinha me fechado numa conchinha. Andava de cabeça baixa e não fazia contato visual com ninguém. Eu tinha vergonha da minha doença e medo do julgamento alheio, até a psicóloga me provocar: “É melhor você começar a encarar essa realidade”. O pontapé inicial foi, literalmente, levantar a cabeça. A psicóloga me falou: “Olha pra cima, para de se esconder!”. A minha lição de casa era ficar de cabeça erguida na sala de espera e cumprimentar os outros, em vez de disfarçar olhando o celular, como eu sempre fazia. Esse pequeno gesto mudou a minha vida. A partir daí, aos poucos, eu fui saindo pro mundo. Comecei a andar de queixo erguido na rua e no shopping. Voltei a frequentar eventos sociais e a conversar com pessoas que eu não conhecia. Me preparei pra, se alguém perguntasse o que tinha acontecido com o meu rosto, contar sem medo de ser julgada. E descobri que, quando eu mostro a minha vulnerabilidade, as pessoas se conectam comigo, são empáticas e se interessam muito mais pela minha história do que pela sequela física.  [trilha sonora] Nessa jornada, compreendi que a gente fica tentando esconder as nossas feridas de nós mesmos. Eu conheço muitas mulheres que têm vergonha de si mesmas, não se olham peladas no espelho, porque não gostam do reflexo. Só que esse caminho não tem sentido. As nossas imperfeições fazem parte de quem nós somos. Me sinto muito honrada quando alguém me pede dicas de como melhorar a autoestima e se aceitar como é. Eu sinto empatia, porque eu sei o que a pessoa está passando.  Ainda tenho minhas questões com a ansiedade e a vaidade, mas sinto que estou caminhando pra minha melhor versão e estou mais inteira para ajudar quem enfrenta situações semelhantes. A minha missão é pegar tudo o que aconteceu comigo e mostrar como eu fui do ponto A pro B. De uma mulher excessivamente preocupada com a aparência e a opinião dos outros, para alguém com mais saúde física, mental e emocional.  [trilha sonora] Ser estilista deixou de fazer sentido pra mim e a minha busca por bem-estar virou uma carreira. Criei um podcast e uma conta de Instagram onde eu compartilho o que eu venho aprendendo ao longo desses 9 anos. Eu falo sobre desenvolvimento humano, espiritualidade, autoconhecimento, cura, saúde mental, nutrição e tudo que compõe o universo holístico. Voltei a morar sozinha, parei de me vitimizar e mentalizo todos os dias o mantra que me ajudou e ainda ajuda: “Tudo que acontece comigo é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo”.  [trilha sonora] Ana Raia: Duda é generosa ao dividir sua história. Com sinceridade, razão e emoção sem qualquer receio ela expõe suas antigas e atuais vulnerabilidades. Sua história deixa claro que a vida acontece sem aviso prévio e que a cada obstáculo que não estava no chamado script confirma sua impermanência. Nenhum de nós tem controle total da vida, mas todos podemos escolher como reagir aos acontecimentos que ela apresenta. Em um primeiro momento, Duda se recolheu e acolheu a dor que vivia dando espaço ao problema até que, em seu ritmo, decidiu mudar. O processo de mudança muitas vezes se inicia quando existe o abandono de nossas expectativas e aceitação da realidade. Se você não encara a realidade, não tem a chance de transformá-la em uma realidade melhor e foi assim com a Duda. Ao aceitar sua nova condição, ela começou a desapegar de antigos valores e mudou a forma como narrava a sua história para si mesma. Até que essa narrativa passou a transformar seu próprio mundo. Quando você muda sua narrativa, você muda a sua realidade. Ao ouvir o relato me lembrei de um trecho de uma poema que chama "A Casa de Hóspedes", que foi escrito pelo poeta persa do século 13, chamado Rumi. Esse trecho diz assim: "O ser humano é como uma casa de hóspedes. Toda manhã uma nova chegada. ​Uma alegria, uma tristeza, uma maldade. Uma percepção momentânea chega como visitante inesperado. Receba e acolha a todos, mesmo se forem uma multidão de tristezas, ​que varre violentamente a sua casa e a esvazia de toda a mobília. Mesmo assim, trate com honra cada convidado pois eles podem estar limpando você​ para a chegada de um novo deleite." E o mantra de Duda tem muito a ver com esse poema. A Duda diz: “Tudo que acontece comigo é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo”. E assim, ela reforça a ideia de que podemos abraçar todos os eventos de nossas vidas de coração aberto e assim viver de forma inteira com coragem, propósito e significado. [trilha sonora] Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae. [trilha sonora]

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Brasileiro crê que viverá muito, mas não se prepara para a velhice, diz estudo

Cerca de metade das pessoas com até 49 anos diz não se cuidar para o envelhecimento

25 de Abril de 2019


Os brasileiros estão otimistas quanto à sua expectativa de vida . Sete em cada dez pessoas acreditam que vão viver até os 80 anos ou mais . No entanto, somente 49% dos indivíduos de até 49 dizem estar se preparando para a velhice , ante 61% daqueles com mais de 50 anos. Esses são alguns dados divulgados na quarta-feira pela pesquisa Longeratividade, realizada pelo Instituto Locomotiva. Apresentado no evento Diálogos da Longevidade , promovido pelo Grupo Bradesco Seguros, o levantamento avalia o comportamento da população brasileira frente ao envelhecimento. A longevidade é um debate importante de ser debatido. Hoje, 54 milhões de brasileiros, ou um quarto da população, têm mais de 50 anos. Trata-se de um número superior ao dos habitantes da Espanha, por exemplo. Até 2050, 43% dos brasileiros terão mais de cinco décadas de vida. Finanças desequilibradas. A pesquisa revelou que, na esfera financeira, existe uma dissonância entre expectativa e realidade. Enquanto 77% das pessoas de até 49 anos acreditam que terão mais dinheiro no futuro do que na atualidade, 66% dos entrevistados com mais de 50 responderam ter menos conforto financeiro do que imaginavam. Dentre os mais velhos, 58% disseram ter dificuldade para pagar as contas, e dois terços afirmaram não ter nenhuma poupança. A falta de dinheiro é o segundo maior medo que as pessoas têm na velhice (20%), atrás somente de se sentir feio (25%), e à frente da solidão (18%). Dos comportamentos que as pessoas afirmam adotar ou desejar adotar para viver com mais qualidade, o item mais negligenciado é o financeiro pelos brasileiros acima de 50 anos: 54% deles não poupam. Na opinião de Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, não há incentivos públicos para que as pessoas continuem trabalhando conforme a idade avança, algo que dificulta o equilíbrio das contas. “Tão importante quanto discutir a reforma da previdência é debater como as pessoas se manterão ativas no mercado de trabalho”, disse. Preconceito. O preconceito etário , barreira para os maduros na vida profissional, foi abordado na pesquisa. Dos entrevistados acima de 50 anos, 74% disseram ter presenciado alguma situação de preconceito contra um indivíduo mais velho. Segundo Meirelles, no entanto, a visão negativa da velhice mora dentro de cada um de nós: apenas 10% dos brasileiros com mais de 50 anos se consideram velhos. “No senso comum, o velho é associado a algo ruim. Não chegamos na etapa da correta valorização dos brasileiros maduros”, afirma ele. Por esse motivo, as pessoas preferem eufemismos para se referir à terceira etapa da vida. As palavras preferidas são “maduras” (32%), “terceira idade” (25%), “melhor idade” (23%), “idosa” (14%) e, somente em quinto lugar, “velho” (3%). Positivamente, os brasileiros com mais de 50 anos revelaram uma autoestima mais elevada do que os mais jovens. Eles se avaliam como mais honestos, confiáveis e trabalhadores do que os indivíduos com até 49 anos, porém menos sonhadores, aventureiros e sensuais do que eles. O Instituto Locomotiva entrevistou online e offline mais de 2 mil pessoas a partir de 16 anos. Utilizou também dados oficiais e próprios sobre o público de mais de 50 anos para a pesquisa.

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