Para Inspirar
Laços sociais pesam mais na saúde do que bons hábitos
Dezenas de estudos têm mostrado que pessoas que se relacionam bem com a família, os amigos e a comunidade ao redor são mais felizes – têm menos problemas de saúde e vivem mais tempo
28 de Junho de 2018
O HotBlack Coffee, em Toronto, Canadá, inovou com o velho e chamou a atenção da mídia. Decidiu não oferecer mais o serviço de wi-fi na loja com o objetivo de aumentar a interação entre os clientes – que costumavam ficar enterrados em seus smartphones. “Quero vibração social”, disse Jimson Bienenstock, presidente da empresa a um repórter do New York Times. “Nosso café é um veículo para a interação humana, caso contrário, seria apenas uma mercadoria.” Nos Estados Unidos, o
Café Grumpy
, marca presente em sete lojas de Nova York, optou pela mesma estratégia.
Talvez Bienenstock tenha percebido instintivamente o que a ciência médica vem demonstrando há décadas: a interação social contribui de forma muito positiva para a saúde e a longevidade. Segundo o Observatório da Saúde da Mulher de Harvard (
Harvard Women's Health Watch
), “dezenas de estudos têm mostrado que pessoas que se relacionam bem com a família, os amigos e a comunidade ao redor são mais felizes – têm menos problemas de saúde e vivem mais tempo.”
Em um estudo com 7 mil homens e mulheres no condado de Alameda, Califórnia, iniciado em 1965, os pesquisadores Leonard Syme, considerado o pai da epidemiologia social, e Lisa Berkman confirmaram o mesmo que
John Robbins
já havia escrito em seu livro sobre saúde e longevidade
Healthy at 100
(ainda sem tradução no Brasil): “As pessoas desconectadas das outras eram aproximadamente três vezes mais propensas a morrer durante o estudo de nove anos do que as pessoas com fortes laços sociais.”
Esta grande diferença de sobrevivência ocorreu independentemente da idade, gênero, hábitos e estado de saúde física. Os pesquisadores descobriram que “aqueles com laços sociais próximos e estilos de vida não saudáveis (como tabagismo, obesidade e falta de exercício) viveram mais do que aqueles com laços sociais pobres, mas com hábitos de vida mais saudáveis”, escreveu Robbins. No entanto, ele acrescentou rapidamente: “Mas as pessoas com estilos de vida saudáveis e laços sociais fortes foram as que viveram mais e com boas condições de saúde". Leia o artigo completo
aqui.
Fonte: Jane E. Brody
Síntese: Equipe Plenae