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Meditação muda a percepção da aparência de uma pessoa

Segundo pesquisa, a prática de longo prazo está associada à percepção mais positiva de outros

6 de Setembro de 2019


Praticantes de meditação tendem a ser percebidos pelas outras pessoas de maneira diferente daqueles que não são adeptos da técnica, com base apenas na aparência. Essa é a conclusão de uma pesquisa científica publicada no periódico PLOS One . No estudo, cientistas compararam fotografias faciais de meditadores experientes a não meditadores. “Queríamos ir além das metodologias de autorrelato para avaliar o impacto de práticas contemplativas. Ficamos curiosos sobre a possibilidade de que o treinamento a curto e/ou longo prazo possa afetar a percepção social”, disse um dos autores do estudo, Simon Goldberg, professor da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. Pesquisa. Um pesquisador fotografou 16 pessoas que meditavam e 83 não adeptos da prática. Para obter uma expressão facial espontânea, os participantes foram informados apenas que uma foto sua seria tirada. Os meditadores praticavam Vipassana e meditação guiada de compaixão e bondade por pelo menos três anos. Então, 86 estudantes de graduação e 25 professores de meditação viram as fotos. Sem saber quem meditava ou não, classificaram cada participante em várias características. Os cientistas descobriram algumas diferenças em como os adeptos ou não da prática tendem a ser percebidos. “Nosso estudo levanta a possibilidade de que o treinamento de meditação a longo prazo esteja associado à percepção mais positiva de outros”, disse Goldberg. “Os meditadores foram percebidos como menos neuróticos, mais conscientes e mais confortáveis ​​em sua própria pele do que as pessoas sem experiência na prática.” Prática de curto prazo. Alguns participantes que não meditavam foram submetidos a um programa de meditação de 8 semanas. Em seguida, foram fotografados novamente. No entanto, o treinamento de curto prazo não teve nenhum efeito sobre percepção alheia, segundo Goldberg. Fatores como idade, sexo, etnia, índice de massa corporal e atratividade, que poderiam interferir no resultado da pesquisa científica, foram controladas pelos pesquisadores. Mas, como todas as pesquisas, esta tem ressalvas. Segundo os cientistas, é possível que pessoas que já são percebidas como mais conscientes tenham maior probabilidade de praticar meditação. Fonte: Eric Dolan, para PsyPost Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo original aqui .

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Menopausa só aos 70 anos? A ciência avança nessa direção

Técnica experimental realizada por equipe médica da Inglaterra mostrou-se capaz de adiar o fim da menstruação por até duas décadas

16 de Agosto de 2019


Uma revelação feita recentemente por uma clínica de fertilização da Inglaterra impressionou a comunidade científica — a realização de uma cirurgia capaz de adiar a menopausa por até duas décadas. Até então, todos os medicamentos e dietas direcionados para a fase feminina que começa em torno dos 50 anos apenas aplacavam os sintomas do fim da menstruação, como o calor, a depressão e a falta de libido. “A possibilidade de atrasar a menopausa é extremamente emocionante”, disse Amanda Kallen, endocrinologista reprodutiva e especialista em fertilidade da Yale Fertility Center, nos Estados Unidos, uma das maiores referências em reprodução assistida. Para o ginecologista Eduardo Zlotnik, vice-presidente do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, “é preciso cautela, mas a ideia é ótima e pode ser protetora contra muitas doenças”. A menopausa ocorre com o fim da produção de hormônios femininos, como o estrogênio. Sem ele, a mulher não engravida, envelhece mais rapidamente e se torna vulnerável a doenças, sobretudo as cardiovasculares e as ósseas. A nova técnica, batizada de restauração hormonal, tem base numa lógica simples: retiram-­se, ainda na juventude, pedaços milimétricos da camada externa do ovário, os chamados folículos ovarianos primordiais, trechos que abrigam as estruturas produtoras do estrogênio. Eles são depois reimplantados durante a menopausa — especificamente, doze meses após a última menstruação. Os folículos, que ficam congelados, não sofrem com o envelhecimento natural e ao ser repostos voltam a funcionar. Os especialistas calculam que, se a extração for feita aos 25 anos, eles possam fabricar o hormônio até vinte anos depois da chegada da menopausa. Em tese, a mulher não só teria as características da juventude restauradas como poderia até engravidar. O procedimento foi criado pela equipe da clínica ProFam, cujo proprietário, Simon Fishel, pertenceu à equipe gestora do primeiro bebê de proveta, na década de 70. O tratamento foi aplicado por completo em apenas uma paciente, a professora Dixie-Louise Dexter. Dixie sofria de uma doença que lhe causou a perda do útero e dos ovários aos 32 anos. Ela entraria em menopausa precoce, portanto. Ao se submeter à cirurgia, há um ano, teve a produção hormonal restaurada. “Agora me sinto muito bem, sem os sintomas da menopausa”, disse ao jornal The Sunday Times . A restauração hormonal já era usada em mulheres diagnosticadas com câncer precocemente e que planejavam engravidar. Há, contudo, sérias ressalvas. Diz Edson Borges, especialista em reprodução assistida do Fertility Medical Group: “Ainda é cedo para recomendar o recurso. São necessários estudos que mostrem a inexistência de risco da retirada de folículos na juventude e também da ação do hormônio tardiamente”. De qualquer modo, abriu-se uma janela de otimismo para uma preocupação das mulheres. Fonte: Letícia Passos, para Veja Leia o artigo original aqui .

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