O que mora no folclore

A imaginação coletiva anuncia: está chegando mais uma história para contar.

23 de Agosto de 2024


A imaginação coletiva anuncia: está chegando mais uma história para contar. Caipora, curupira, cuca, lobisomem - não importa o protagonista, mas sim, o que ele pode nos causar. A imaginação sendo fertilizada como os solos desse país que insiste justamente nessa fertilidade em tudo que toca, seja um plantio ou um simples conto.  

Boitatá, Sereia Iara, Boto cor de rosa, Vitória Régia e Chico Rei: é possível passar uma noite inteira só desvendado os mistérios por trás de linhas aparentemente inofensivas, mas que guardam dentro de si a sabedoria e a beleza de uma pátria inteira.  

O folclore é tão nosso quanto nossos mares e nossas árvores. É um patrimônio tão fundamental quanto nossos tantos edifícios históricos. São oralidades passadas ao longo dos séculos que veem, em suas ligeiras mudanças de narrativas de uma geração para a outra, as mudanças refletidas daquela sociedade, naquele presente momento.  

Essa flexibilidade abarca as alterações urgentes que as novas décadas exigem. É preciso cortar tudo aquilo que já pode ter fortalecido velhos preconceitos. Revisitar a história do Saci pererê, do negrinho do pastoreiro, dos escravos de jó, do boi da cara preta e qual mais for necessária. Não há o que temer, engrandecemos quando abraçamos o diferente e deixamos no passado o que deveria mesmo ter ficado lá.  

Garantiremos a existência de tudo que veio antes e tudo que virá depois enquanto contarmos e perpetuarmos histórias. É nesse ato que se guarda um bem muito precioso e invisível a olho nu, aquilo que não se pode tocar e nem mesmo definir ao certo, mas indissociável de quem somos ou quem pretendemos ser, que a nossa tradição. Viva o Dia do Folclore, viva a cultura brasileira, a diversidade e o poder de transformar tanta bagagem em uma linda e colorida viagem lúdica!

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Para Inspirar

Semelhanças e curiosidades entre a páscoa Judaica e Católica

Apesar de serem comemoradas simultaneamente esse ano, as duas celebrações possuem diferenças em suas origens e semelhanças em suas morais

12 de Abril de 2020


Hoje comemora-se mundialmente a páscoa católica do ano de 2020. A festa celebra a ressurreição de Cristo, crucificado dois dias antes, na chamada sexta-feira santa. Ela possui data móvel, ou seja, muda todo ano conforme a regra vigente. E qual é ela? Simples, mas nem tanto: a páscoa deve ser marcada sempre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio, ou seja, da primavera/outono dependendo do hemisfério onde você se encontra.

Apesar de um pouco complexo, essa regra restringe e faz com que caia sempre entre 22 de março e 25 de abril. Esse feriado é tão importante para toda a religião católica que acaba definindo uma série de outras datas, que são contadas a partir dele.
Aos fiéis mais praticantes, há a privação da carne 40 dias antes da data oficial, em respeito ao sacrifício de Cristo.

Ainda no dia oficial, costuma-se servir peixe ou outra especiaria e, somente no dia seguinte volta-se a comer então a carne. Até mesmo o ovo era proibido durante esse período, então os povos antigos costumavam decorá-lo para presentear as crianças e entes queridos logo depois da celebração. Esse costume, aliás, foi o precursor dos nossos já conhecidos ovos de chocolate, que surgiram por volta do século 19, na França e na Alemanha - e aperfeiçoado desde então.

Mas e quanto a páscoa judaica? Essa é, por sua vez, é ainda mais antiga do que a cristã, mas igualmente baseada sobre os dizeres de um livro religioso, no caso do judaísmo, a Tora. Seu nome original é Pessach, que na tradução para o português significa passagem. O nome é, na verdade, simbólico e bastante explicativo. Isso porque a festa comemora a libertação do povo hebreu, antes escravos no Egito, ou seja, sua “passagem” para a liberdade.

Ela também significa a passagem do anjo da morte. A páscoa judaica é celebrada momentos antes da execução da décima praga sobre os egípcios por esse anjo. Afinal, foi graças às dez pragas de Moisés que este povo pôde então migrar para outras terras, segundo narrativa bíblica hebraica. Só foi libertado quem seguiu as ordens de Javé e sacrificou um cordeiro, passando seu sangue em suas próprias portas.
Isso aconteceu em uma data específica, é claro.

O Êxodo 12 da Tora define que “desde a tarde do dia catorze do primeiro mês até a tarde do dia vinte e um do mesmo mês, o pão que vocês comerem será feito sem fermento”. O primeiro mês do calendário judeu é chamado de
nissan, ou seja, do décimo quarto dia ao vigésimo primeiro dia desse mês, por uma semana, é fixada então a páscoa judaica. Por ser um calendário lunissolar, os judeus construíram seus dias e meses em torno dos ciclos solares e lunares.

Tanto o judaísmo quanto o catolicismo são religiões milenares, nascidas em uma era onde o tempo era contado de forma diferente como a qual estamos hoje acostumados. O então chamado nissan acaba coincidindo com o que conhecemos como fim de março e início de abril.
Ainda segundo o Êxodo 12, a alimentação dos judeus durante esse período é restrita, e não pode conter nenhum alimento fermentado.

Durante o Sêder , como é chamado o jantar que abre as comemorações, há muito vinho, pão sem fermento (conhecido como Matsá), ovo cozido (chamado de Betsá)  além de outras comidas específicas que representam cada uma um diferente simbolismo da festa.
Em alguns anos, tanto a páscoa católica quando a judaica podem coincidir - como é o caso de 2020.

Porém, enquanto o cristianismo comemora a virada da morte de Cristo para a vida, o judaísmo celebra a passagem da vida para a morte, mais especificamente, a morte de quem os escravizou.
Porém, há muitas semelhanças entre as duas. Ambas tiveram origem há séculos atrás e pautam suas datas conforme fenômenos naturais. Além disso, há restrições alimentares presentes tanto em uma quanto em outra.

E, por fim, a essência das duas comemorações é estar com seus entes queridos, celebrando a união familiar - e essa talvez seja a principal mensagem e evidência de que, não importa sua fé, somos todos iguais e feitos de amor. Não deixe de praticar sua espiritualidade , ela pode te trazer mais benefícios do que você imagina.

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