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Poluição pode levar à demência

Apesar de todos saberem que a poluição faz mal para o organismo, poucos sabem que quanto mais finas forem as partículas desses compostos, mais nocivas elas são à saúde.

17 de Julho de 2018


Apesar de todos saberem que a poluição faz mal para o organismo, poucos sabem que quanto mais finas forem as partículas desses compostos, mais nocivas elas são à saúde. Entre outras consequências: asma, câncer de pulmão e, detectou-se mais recentemente, doenças cardíacas. Evidências sugerem que a exposição também pode prejudicar o cérebro, acelerando o envelhecimento cognitivo, levando ao aumento do risco de doença de Alzheimer e de outras formas de demência. A Universidade do Sul da Califórnia (USC) resolveu medir essas partículas. O teste de medição. Em um estacionamento a céu aberto, a 100 metros do lado esquerdo de uma movimentada rodovia americana, uma mangueira de alumínio sai de um reboque branco. A cada minuto, absorve centenas de galões de ar misturados com gases do escapamento de aproximadamente 300 mil carros e caminhões a diesel que passam por ali todos os dias. Agachado dentro do trailer, um jovem engenheiro químico chamado Arian Saffari, que trabalha no laboratório da universidade, levanta a tampa de um cilindro de fuligem preso à mangueira – parte de um sofisticado sistema de filtragem que captura e classifica poluentes por tamanho. Nele, há uma carga muito útil para a pesquisa: sulfato, nitrato, amônio, carbono preto e partículas de metais pesados ​​pelo menos 200 vezes menores do que a largura de um cabelo humano. Toxidade e tamanho das partículas. As partículas são finas demais para muitos sensores de poluição do ar conseguirem medi-las com precisão, diz Saffari, que trabalha em um laboratório liderado por Constantinos Sioutas na USC. Tipicamente menor do que 0,2 μm de diâmetro, essas partículas “ultrafinas” se enquadram em uma classe mais ampla de poluentes atmosféricos comumente referidos como PM2.5 por seu tamanho, 2,5 μm ou menos. Quando se trata de toxicidade, o tamanho importa: quanto menores as partículas às quais as células estão expostas, diz Saffari, maiores os níveis de estresse oxidativo, marcados pela produção de moléculas quimicamente reativas, como os peróxidos, que podem prejudicar o DNA e outras estruturas celulares. Controvérsia. A ligação entre a poluição do ar e a demência permanece controversa. Até mesmo os defensores alertam que é necessária mais pesquisa para confirmar uma conexão causal e descobrir exatamente como as partículas podem entrar no cérebro e causar algum mal. Por outro lado, disparam alarmes para essa possibilidade um número crescente de estudos epidemiológicos de todo o mundo, descobertas a partir de pesquisas em animais e de imagem do cérebro humano e técnicas cada vez mais sofisticadas para modelagem de exposições de PM2.5. De fato, em um estudo epidemiológico de 11 anos publicado no ano passado no website Translacional Psychiatria , da revista científica Nature, pesquisadores da USC relatam que viver em lugares com exposições de PM2.5 acima do padrão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) de 12 μg/m³ quase dobrou o risco de demência em mulheres mais velhas. Se a descoberta se estender à população em geral, a poluição do ar pode representar cerca de 21% dos casos de demência em todo o mundo, diz o principal autor do estudo, o epidemiologista Jiu-Chiuan Chen, da Keck School of Medicine na USC. Leia o artigo completo aqui. Fonte: Emily Underwood Síntese: Equipe Plenae
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Mulher e empreendedorismo: o que eles têm em comum?

Qual é o papel da mulher no empreendedorismo atual? Conheça em números um pouco dessa realidade enfrentada por Zica Assis, terceira convidada do Podcast Plenae

10 de Julho de 2020


Sonho de muitos, realidades de alguns: empreender tem se tornado a saída para muitos trabalhadores que, desempregados ou não, buscam encontrar o seu propósito no mercado de trabalho e fazer dele o seu sustento.

Muitos acabam empreendendo também para fugir de crises econômicas que volta e meia assolam nosso país, ou até mesmo para realizar o sonho de ser o seu próprio chefe e fazer os seus próprios horários.

O fato é que o empreendedorismo não para de crescer. Prova disso são os dados, que não nos deixam mentir: em 2020 o Brasil deve atingir o seu maior número de empreendedores dos últimos 20 anos, com aproximadamente 25% da população adulta envolvida na abertura de novos negócios.

O empreendedorismo já é uma realidade no Brasil

De acordo com a previsão e levantamento feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), organização responsável por monitorar o empreendedorismo no mundo todo, estima-se que o movimento de começar um novo negócio deve se intensificar no pós-pandemia, onde muitos poderão ter perdido os seus empregos.

Ainda segundo a organização, o Brasil é o 4ª país com maior taxa de empreendedorismo inicial - aqueles que possuem até 3,5 anos de existência - no mundo, e tem tudo para despontar com sucesso nesse momento aparentemente promissor para os novos negócios.


O mercado e a mulher

E qual é o papel e a motivação da mulher nessa busca em encontrar uma fatia no mercado para chamar de sua? Um estudo guiado ainda pela GEM concluiu que, a maior parte das mulheres que empreendem o fazem principalmente pela necessidade de ter uma outra fonte de renda, ou para adquirir uma maior independência financeira.

Vale ressaltar que, não importa qual for o negócio, de uma pequena loja local de roupas, a um café de médio porte e até uma grande startup: tudo é considerado empreendedorismo. Desde que tenha partido da iniciativa de uma pessoa em ter o seu próprio negócio, não importa o tamanho dele, já está dentro dos índices que diremos a seguir.

Dados do IBGE, mais especificamente da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) revelaram que cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios próprios no Brasil e que, em 2018, elas já representavam 34% dos donos de empresas no Brasil, levando o país à sétima posição mundial nesse aspecto.

Apesar dos fatores históricos, as mulheres já representam 34% dos donos de empresa no país.

Isso é positivo não só para suas vidas individualmente, mas também para o contexto econômico mundial. Segundo um estudo do McKinsey Global Institute , o impacto financeiro de um cenário com participação plena das mulheres no mundo dos negócios seriam imensos. Para se ter ideia, os ganhos no PIB mundial chegariam a US$ 28 trilhões até 2025.

O Instituto Rede Mulher Empreendedora organizou um dos estudos mais recentes e completos que também trouxeram números bastante expressivos sobre o tema. Segundo ele, as mulheres empreendedoras são mais escolarizadas que os homens empreendedores e costumam tomar as decisões mais sozinhas.

Apesar das boas notícias e do evidente crescimento da presença feminina no mercado empreendedor, há também ainda as dificuldades de gênero, herança de políticas públicas que as favorecessem tardias e historicamente ainda muito recentes.

O Estatuto da Mulher Casada, por exemplo, só foi aprovado em 1962. Ele garantia, entre outras coisas, o direito da mulher a ter um trabalho sem a necessidade de autorização do seu marido e o direito a ter um CPF. Sem esse documento, mulheres não podiam sequer terem conta em banco e nem tampouco serem donas de seu próprio dinheiro. .

Essas discrepâncias básicas fazem com que, até hoje, profissionais do gênero feminino que decidem encarar a empreitada de abrir o seu próprio negócio ainda tenham que enfrentar entraves específicas, como menos tempo para se dedicar aos negócios por conta das tarefas de casa, ou até fatores subjetivos como menos autoconfiança.

Inspirados pela personagem do terceiro episódio do podcast Plenae, Heloísa Assis, empreendedora que inspirou e ainda inspira diversas mulheres por aí, o Plenae decidiu trazer alguns números que ilustram as dificuldades e as conquistas femininas nos empreendimentos, além de dados sobre as áreas mais comuns e as características de empresas comandadas por elas. Confira a seguir.

E aí, já se sente inspirada para começar o seu próprio negócio e tirar do papel um antigo sonho? Acredite: apesar de ainda haver dificuldades, o cenário nunca esteve tão propício para você dar o primeiro passo!

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