Para Inspirar
A sensação de esgotamento que se abate sobre a sociedade já apresenta indícios epidêmicos e pode ter diversas explicações para sua ocorrência.
7 de Maio de 2020
Para Inspirar
A artista conta como a sensação de não-pertencimento melhorou com o amadurecimento e com auxílio da arte.
31 de Outubro de 2022
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Geyze Diniz: A artista multicultural Haikaa aprendeu na prática a enxergar o belo no diferente. Depois de uma infância e adolescência turbulenta vivida entre Brasil, Japão e Estados Unidos, Haikaa encontrou um denominador comum que a fez sentir emoção novamente. Conheça a história de pertencimento, autoconhecimento e diversidade da Haikaa.
Ouça no final do episódio as reflexões do historiador Leandro Karnal para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.
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Leandro Karnal: Haikaa tem uma história de diversidade cultural, origem oriental e os choques com a cultura brasileira, mas a narrativa dela fala muito também da dor. As dores da existência, a rejeição que o pai fez, a escolha dela, a morte da pessoa por quem ela se apaixonou, e a grande questão nesta chave não se trata de pagar aquilo que não pode ser apagado. A morte não pode ser apagada da memória, a rejeição de alguém que amamos não pode ser apagada da memória, mas o que se faz a partir destes dados dolorosos e toda história da Haikaa é como ela trabalha com a dor. Nunca teremos um passado perfeito, nunca teremos uma vida perfeita, jamais as pessoas serão exatamente aquilo que eu gostaria. Elas sempre serão diferentes do meu desejo. Como eu trabalho o enfrentamento com o real? Há pessoas que passam a vida inteira lamentando o que não tiveram ou que fizeram a elas, e outras que pensam: "isto me machucou, isto me feriu, isto me atacou profundamente, isso me provocou lágrima, isto me provocou muita dor". E agora, a partir disto, o que é que eu faço com esta memória? Transformar a dor em impulso, carregar as suas cicatrizes, que são muitas ao longo de uma vida, realmente é um dos grandes processo de superação, de dificuldades e de problemas. Haikaa é o exemplo de que ela transformou, de alguma forma, a sua vida em uma obra de arte, a sua dor em uma inspiração e a sua cicatriz em uma memória de amadurecimento. Não é fácil, mas ela conseguiu.
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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.
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