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Preconceito derruba desempenho de idoso

Para os agricultores da tribo Tsimané, na Amazônia boliviana, os idosos possuem melhor memória que os jovens.

6 de Dezembro de 2018


Para os agricultores da tribo Tsimané, na Amazônia boliviana, os idosos possuem melhor memória que os jovens. Já na Polônia e nos Estados Unidos, são os mais novos que se destacam por essa capacidade. Um grupo de pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, levantou o que as três sociedades pensam sobre o envelhecimento. Os cientistas encontraram variáveis e, também, consenso – como o fato de os idosos serem mais respeitados e percebidos como os mais sábios da sociedade. A pesquisa alerta para o perigo de a modernização trazer conceitos negativos sobre a velhice. “Trata-se do primeira estudo de percepções sobre o envelhecimento a coletar dados quantitativos e usar as mesmas questões nas sociedades modernas e tradicionais”, diz Corinna Löckenhoff, coautora da pesquisa. Método. Os pesquisadores mostraram aos participantes uma foto de um jovem e outra, digitalmente alterada, na qual a mesma pessoa parecia mais velha. Várias perguntas avaliaram opiniões em relação ao envelhecimento, como respeito, satisfação com a vida, memória e novos aprendizados. Os participantes ainda foram convidados a apontar o rosto mais velho e o mais jovem. Mulher idosa. “Em geral, o envelhecimento surge como sendo mais prejudicial para as mulheres do que para os homens”, disse Corina. No entanto, enquanto os voluntários de países industrializadas tinham crenças negativas sobre envelhecimento e memória, os moradores de Tsimané disseram que os idosos tinham lembranças mais fortes. Apesar das variáveis, nas três sociedades houve consensos. Os indivíduos percebem que os velhos são mais respeitados e, geralmente, mais sábios sobre questões da vida do que os jovens. Modernidade. “Há razões para pensar que as sociedades tradicionais teriam crenças positivas sobre envelhecimento e memória”, disse Corina. “As sociedades modernas já não contam com tradições orais nas quais as pessoas mais velhas servem como repositórios de cultura e conhecimento, enquanto as sociedades tradicionais ainda valorizam o conhecimento baseado na experiência.” As descobertas são importantes para as sociedades tradicionais garantirem que as atitudes para com os idosos não se deteriorem frente à globalização. “Os resultados revelam como a cultura e o contexto podem influenciar na forma como o envelhecimento é visto, o que pode afetar como as pessoas envelhecem”, aponta a pesquisadora. Ameaça estereotipada. Há evidências de que estereótipos negativos sobre o envelhecimento afetam os idosos. A ideia de que os mais velhos têm memória precária, por exemplo, pode prejudicar o desempenho deles. Segundo Corina, “as pessoas mais velhas estariam melhores se não fossem julgadas por estereótipos.” O próximo passo nesta pesquisa será testar se os idosos da cultura de Tsimané têm melhor memória do que grupos da mesma faixa etária de outras sociedades tradicionais com padrões semelhantes. Leia o artigo original aqui .
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Meia hora de exercício por dia pode evitar câncer

Seguir aquela recomendação básica de se exercitar por pelo menos meia hora por dia durante cinco dias na semana poderia prevenir pelo menos 2.250 casos de câncer de mama e de cólon no país.

13 de Agosto de 2018


Seguir aquela recomendação básica de se exercitar por pelo menos meia hora por dia durante cinco dias na semana poderia prevenir pelo menos 2.250 casos de câncer de mama e de cólon no País. Se a atividade física fosse feita no nível que provavelmente o ser humano tinha quando vivia em sociedades caçadoras e coletoras, com cerca de 5 horas de exercícios diários, o potencial de prevenção poderia ser de até 10 mil casos. As contas, feitas por um grupo de pesquisadores das Universidades de São Paulo (USP), Federal de Pelotas, de Cambridge (Reino Unido), de Queensland (Austrália) e Harvard, foram publicadas em agosto/18 na revista científica Cancer Epidemiology. A ideia foi cruzar o conhecimento consistente que já existia de outros estudos científicos – que mostram os benefícios da atividade física na proteção contra esses dois tipos de cânceres –, com a incidência dessas doenças no Brasil e com a taxa de exercícios praticados pelos brasileiros. Cenário. “A literatura científica já traz um bom entendimento sobre os benefícios, mas não sabíamos ainda o impacto que isso teria no Brasil”, afirma Leandro Rezende, doutorando em Epidemiologia na Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor de artigo. “A ideia foi comparar a carga de câncer atual registrada no Brasil com a que seria observada se a população tivesse um nível de atividade física ideal para a prevenção do câncer.” Esse ideal, porém, admite o próprio pesquisador, é um número que assusta. Seriam necessárias 5 horas de atividade física diária para alcançar o máximo possível de prevenção – ou os 10 mil casos a menos, o que corresponde a 2,4% do total de registros de câncer hoje no País. “Falamos isso dentro de um cenário teórico ideal. O objetivo da pesquisa não é dizer que tem de fazer isso, ainda mais considerando a vida de escritório nas cidades. A PNS mesmo mostrou que só cerca de 6% da população atinge isso hoje. É o que faz quem trabalha com atividades ocupacionais e caminha o dia inteiro, por exemplo, ou alguns atletas”, diz. Queda. Em outra maneira de apresentar os dados, é possível dizer que 12% dos casos de câncer de mama pós-menopausa e 19% dos de câncer de cólon são atribuíveis à falta de atividade física no País. Com os 150 minutos de exercício por semana recomendados pela OMS, seria possível prevenir 1,3% dos registros de câncer de mama e 6% dos de cólon. À medida em que se aumenta a atividade física, os casos vão caindo mais. Leia o artigo completo aqui. Fonte: Giovana Girardi, O Estado de S. Paulo Síntese: Equipe Plenae
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