Para Inspirar

Qual a diferença entre psicologia, psicanálise e psiquiatria?

Apesar de constantemente confundidas, as três linhas oferecem ajudas diferentes e são igualmente importantes e eficazes

24 de Janeiro de 2021


Em janeiro, celebra-se a campanha do Janeiro Branco, que busca trazer a conscientização acerca dos temas que envolvem nossa saúde mental. Nunca falou-se tanto das doenças que acometem nossa psique - sobretudo depois de um ano intenso de introversão e medo como foi 2020.

Mas, justamente por ser um debate tão complexo e importante na mesma medida, há muita confusão a respeito das diferentes abordagens para um mesmo problema. Sendo assim, resolvemos esmiuçar as três principais: qual a diferença entre a psicologia, a psicanálise e a psiquiatria?

Psicologia

Em vídeo , o psicanalista Christian Dunker explica que a psicologia surgiu em uma busca de tornar científico uma disciplina que era filosófica e estudava as funções mentais (atenção, memória, sensação, percepção, entre outras). Para fundamentar-se, ela também usava de análises comparativas do comportamento de diferentes culturas.

Pode-se dizer que a psicologia opera como “a grande mãe” do assunto, pois é, muitas vezes, a porta de entrada. O psicólogo tem como objetivo estudar o comportamento humano em suas mais diferentes manifestações, e por isso, seu campo de atuação é muito vasto. Aos que escolherem essa formação, o mercado de trabalho reservará oportunidades que variam de recrutamento em empresas, áreas de pesquisa - seja acadêmica ou mercadológica - e até cargos em escola.

Há ainda, é claro, a clínica de psicologia, que também é bastante plural, podendo abranger a psicopedagogia, a comportamental, a cognitiva, dentre tantas outras. Ao psicólogo, cabe escutar o agora e trabalhar com o que se apresenta no momento da consulta. Nesse trabalho, também estão incluídas técnicas que fogem somente à escuta, como os gestos, sua maneira de se posicionar e até sua escrita.

Psicanálise

Também pautada majoritariamente na escuta, pode-se dizer que a psicanálise é um método, quase que uma “área” da psicologia - não fossem seus caminhos diferentes. Praticamente contemporâneas, a primeira foi criada há 100 anos por Sigmund Freud, e trouxe pela primeira vez o conceito do inconsciente.

Sendo assim, a psicanálise não trabalha somente com o agora, pelo contrário, busca fragmentos passados do analisando por meio de sua fala, ou pedaços do sujeito que nem mesmo ele próprio é capaz de conhecer em sua totalidade. “A psicanálise é um método de análise, investigação e tratamento. Ela busca investigar e tratar, sendo uma clínica mesmo. É também um conjunto organizado de saberes que se precipitam no exercício desse método” explica o psicanalista.

Há controvérsias acerca de sua regulamentação enquanto profissão no país, mas não é obrigatória a formação em medicina ou psicologia - apesar de muitos profissionais das respectivas áreas flertarem ou usarem o método em suas práticas. Ela se dá sobretudo no ambiente de clínica ou nos moldes acadêmicos.

Psiquiatria

A Psiquiatria é a única das mencionadas aqui neste artigo que necessita obrigatoriamente de um diploma em Medicina, pois trata-se de uma especialização médica, passível de se receitar medicações, por exemplo, e pode-se levar até 10 anos para a conclusão de todo o processo.

A busca do psiquiatra é a mesma que a do psicólogo e psicanalista, ou seja, tratar de questões da ordem emocional no paciente acometido por elas. Em linhas gerais, todos os três profissionais buscam trazer paz e conforto ao sujeito que sofre, mas o psiquiatra irá analisar o problema também sob uma lente neurológica e até farmacológica.

Isso porque doenças como depressão e transtorno de ansiedade podem gerar um verdadeiro desequilíbrio químico em nosso corpo - ou serem ocasionadas por isso. Portanto, a intervenção medicamentosa deve ocorrer em casos mais severos, onde o paciente necessita de uma ajuda mais intensa e acompanhamento médico.

Mas é importante reforçar que, ainda que o indivíduo esteja sob prescrição de remédios e assistido pelo seu psiquiatra, é sempre bem-vindo um tratamento multidisciplinar com um psicólogo (ou um psicanalista) que esteja olhando não só para as questões mais físicas, mas também comportamentais e ambientais.

Agora que você já compreendeu a diferença entre elas, que tal ouvir mais o seu coração e a sua mente? Dê a devida importância que o assunto merece e busque o seu equilíbrio mental. Acredite: isso irá se refletir em todos os aspectos da sua vida!

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Exercício leve pode ajudar a proteger contra o Alzheimer

Você nem precisa dar 10.000 passos por dia para obter o benefício, sugere uma nova pesquisa

30 de Agosto de 2019


Você já sabe que o exercício é importante para manter seu corpo saudável à medida que envelhece. No entanto, mais e mais pesquisas sugerem que ele também desempenha um papel em manter sua mente afiada. A atividade física pode, inclusive, ajudar a proteger contra o Alzheimer, um distúrbio cerebral progressivo marcado por problemas de memória e declínio cognitivo. De acordo com nova pesquisa publicada no periódico JAMA Neurology, você nem precisa exagerar nos exercícios para receber esses benefícios.

Pesquisa

Os pesquisadores analisaram 182 idosos com idade média de 73 anos. Os participantes usaram um pedômetro para contar quantos passos davam por dia. No estudo, os cientistas queriam verificar se mais atividade física levaria a uma desaceleração do acúmulo de beta-amiloide, um tipo de proteína que se acumula no cérebro e interrompe os sinais de comunicação entre as células. A beta-amiloide é considerada uma das maiores responsáveis pelo Alzheimer.

Resultado

Durante sete dias consecutivos, os passos dos participantes foram registrados. Os pesquisadores descobriram que uma maior atividade física durante o acompanhamento estava associada a um acúmulo mais lento de beta-amiloide. E não é como se essas pessoas de repente começaram a ir ao CrossFit.

Os benefícios cerebrais foram observados com um pequeno aumento na prática de exercícios - de 5.600 para 8.900 passos por dia. "O ponto principal é que tudo conta quando se fala de atividade física", disse à Runner's World o co-autor do estudo, Jasmeer Chhatwal, professor assistente de neurologia da Harvard Medical School.

Explicação

Ainda não se sabe por que o exercício causa esse efeito, acrescentou Chhatwal. Porém, estudos anteriores vincularam a atividade física a um bom ritmo circadiano, associado à melhora a qualidade do sono. E, como a ciência sabe, o sono é crucial para a limpeza de proteínas que prejudicam o cérebro.

O estudo também analisou fatores de risco vasculares - como pressão alta, diabetes, tabagismo e obesidade -, mas os resultados não foram tão notáveis, segundo Chhatwal. Segundo os pesquisadores, o estudo tem limitações. Primeiro, o rastreamento foi feito apenas por uma semana. Segundo, a intensidade dos passos não foi medida. No entanto, Chhatwal disse que este é um bom ponto de partida para observar a forte conexão entre exercício e a boa saúde cerebral.

Fonte: Elizabeth Millard, para Runner's World
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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