Para Inspirar

Uma reflexão sobre a possibilidade da imortalidade

Para além da longevidade, estudiosos apostam na possibilidade real e científica da imortalidade a partir de avanços tecnológicos, conta professora em artigo

22 de Janeiro de 2020


A questão da longevidade das populações brasileira e mundial tem sido tratada de forma crescente em congressos e artigos acadêmicos, bem como na gestão de pessoas nas organizações. É inquestionável que os avanços científicos têm garantido vidas mais longas aos indivíduos, requerendo que as empresas olhem para a questão geracional com muito cuidado, entendendo sua importância estratégica.

A longevidade tem se escancarado à nossa frente. Um dos mais recentes sucessos da Netflix, o filme O Irlandês , é estrelado, entre outros ícones da indústria cinematográfica, por Al Pacino e Robert de Niro, de 79 e 76 anos de idade, respectivamente. Entre os shows memoráveis que vi nos últimos anos sem dúvida estão: Paul McCartney, de 77 anos, Rolling Stones (Mick Jagger hoje está com 76), Eric Clapton, 74, e Elton John, 72.

Provavelmente, eles nunca leram o artigo de dois professores da London Business School, Andrew Scott e Lynda Gratton, autores de 100 Year Life: Living and Working in the Age of Longevity . Mas certamente seguem seus conselhos, que derivam de um fato irrefutável: a expectativa de vida aumentou tanto que uma criança nascida no hemisfério ocidental tem mais de 50% de chance de viver até os 105 anos.

Apenas um século atrás, esse número era de apenas 1%. Os autores enfatizam que superaremos a expectativa de vida de nossos pais e nossos filhos vão superar a nossa. Questionam: “se vamos aproveitar mais tempo com uma saúde melhor, o que podemos fazer para ter uma vida realizada pelo resto dos anos que restam?”.

Eles sugerem que, independentemente de quantos anos tenhamos, devemos revisitar nossa agenda vital de tomada de decisões em três áreas principais:

- Reinventar-nos em diferentes estágios de nossas vidas: significa que não podemos esperar viver da mesma maneira ao longo de toda a vida e que temos que nos dar permissão para mudar. Ao mesmo tempo, se precisamos nos reinventar como pessoas nas diferentes fases, teremos que planejar com antecedência.

- Planeje e experimente: a longevidade nos verá enfrentando maiores necessidades econômicas, o que exigirá melhor planejamento financeiro, além de economizar e investir mais.

- Paixão por aprender: o que nos fará sentir vivos é uma atitude positiva constante em relação ao aprendizado. Fundamental incentivarmos nosso desejo de aprender, fomentar a criatividade, apreciar a arte ou questionar a nós mesmos. Se fizermos tudo isso, provavelmente seremos capazes de desfrutar de uma vida significativa, declaram.

Até aqui tudo bem. Agora pense na possibilidade de não viver até os 100 anos ativamente e com qualidade de vida; mas sim na imortalidade! Foi essa a fala chocante de José Luiz Cordeiro numa palestra intitulada “A morte da morte”, que vi no espaço Cubo Itaú, em 2018.

Recentemente, foi publicada a edição brasileira de seu livro A Morte da Morte: A Possibilidade Científica da Imortalidade, em parceria com o matemático David Wood, da Universidade de Cambridge, no qual colocam à prova suas ideias sobre a interrupção da velhice, considerada por eles uma doença.

A ideia é que tratemos o envelhecimento como uma doença a mais, a pior das doenças, a mãe de todas as doenças. Cordeiro é engenheiro, economista, escritor e futurista hispano-venezuelano, e nasceu em 1962. Trabalha em pesquisas sobre desenvolvimento econômico, relações internacionais, América Latina, tendências energéticas, estudos constitucionais, entre outros.

Formado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), concentra-se nos recursos médicos e computacionais que já ajudam a prolongar a vida e prometem transformar a morte em um mal evitável. Se você está achando que é coisa de malucos e lunáticos, é bom conhecer alguns depoimentos que constam no livro, como o de João Pedro de Magalhães, especialista em longevidade da Universidade de Liverpool.

"A morte da morte trata de uma das máximas prioridades morais nos dias de hoje: frear e deter o envelhecimento e a morte. À medida que fica mais clara a viabilidade científica destes avanços, aumenta cada vez mais a importância de explicar e compreender as implicações. A morte da morte cumpre esse importante papel”.

Cordeiro e Wood debatem o modo como os avanços tecnológicos têm aumentado a longevidade do ser humano, aquecendo as apostas sobre a possibilidade real da imortalidade. A morte não é algo tão inevitável assim e asseguram que a imortalidade do homem será um fato daqui a 30 anos, “graças aos avanços exponenciais da inteligência artificial, regeneração de tecidos, tratamento com células-tronco, impressão de órgãos, bem como terapias genéticas ou imunológicas que resolverão o problema do envelhecimento corporal humano”.

Certamente o assunto evoca uma série de questões e pensamentos complexos dos pontos de vista ético, filosófico, socioeconômico e de sustentabilidade planetária. Por isso mesmo não dá para ficar indiferente às provocações dos autores. Que tal entrar na nova década com tais reflexões disruptivas?

Um excelente exercício para rejuvenescer sua vida pessoal e profissional, e quem sabe alcançar a eternidade, aqui na Terra mesmo. Carlos Drummond de Andrade afirmou em seu poema Definitivo: “A dor é inevitável. O sofrimento é opcional”. Será que em um futuro breve diremos: a doença é inevitável. A morte é opcional?

Fonte: Marisa Eboli*, para O Estado de S.Paulo
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

*Marisa Eboli é doutora em administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e especialista em educação corporativa. É professora de graduação e do mestrado profissional da Faculdade FIA de Administração e Negócios.

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Os 12 arquétipos de Jung: você sabe qual é o seu?

O antigo teste de personalidade é amplamente usado em terapias e no mercado de trabalho e publicitário

16 de Abril de 2020


Você já deve ter ouvido falar em Carl Gustav Jung. O célebre médico é considerado um dos pais da psicanálise ao lado de seu ex-melhor amigo, Sigmund Freud, lá no começo do século passado, em 1900. Apesar de precursor no tema, Jung dissociou-se da psicanálise e de Freud ainda nos primórdios dessa clínica específica.

Suas contribuições ao estudo da psique humana foram muitas - e são amplamente utilizadas até hoje, seja nos consultórios de psicologia e, porque não, no mercado de trabalho.
Um de seus trabalhos mais reconhecidos e difundido foi o pensamento de que somos compostos por múltiplas personalidades, linha que inspirou a criação posterior dos 12 arquétipos da personalidade por outros estudiosos.

A partir do estudo de símbolos e mitos, provenientes de diferentes culturas e eras, Jung traçou moldes e padrões de comportamentos que definem formas específicas de ser e estar em uma sociedade. Essas formas são também inscrições que estão no chamado inconsciente coletivo, e são refletidas em toda a sociedade.

Arquétipos são “uma tendência inata para gerar imagens com intensa carga emocional que expressam a primazia relacional da vida humana”. Eles definem características particulares de cada ser humano, baseado em signos registrados na sociedade e impressos na coletividade. Sendo assim, nenhuma personalidade é completamente individual, pois foi moldada e construída com base do que o indivíduo recebeu e consumiu enquanto ser coletivo.

Desde a criação desses arquétipos, algumas mudanças, releituras, apropriações e desconstruções já foram feitas em torno deles. O nome de alguns já sofreram alterações para se adaptarem a um teste específico, ou a alguma situação particular. As áreas de Recursos Humanos de muitas empresas, por exemplo, costumam aplicar o teste dos 12 arquétipos com seus funcionários, para definir as particularidades, bônus e ônus de cada um.

A publicidade também pode utilizar os arquétipos ao seu favor, aliados aos conceitos de signos e semióticas. Um exemplo prático é: quando você pensa em um carro, o que vem a sua cabeça? Velocidade, agilidade? E quando uma marca utiliza um carro em seu logotipo, qual associação será feita automaticamente em seu inconsciente? Que é uma marca potente, ágil, forte, muito provavelmente.

É importante ressaltar que um único indivíduo pode se identificar com mais de um arquétipo. Isso porque somos seres complexos e feito de muitas camadas e propósitos. Estima-se que há sempre um signo de maior identificação, e outros dois secundários.

Mas afinal, quais são esses arquétipos? Conheça um pouco de cada um deles e veja em qual você se identifica!

O SÁBIO

Para ele, não há supremacia maior que a do conhecimento. Ele faz do intelecto não só sua principal característica, mas também principal objetivo de vida. E é assim que o sábio se posicionará diante dos seus desafios: buscando resolvê-los sempre por meio da lógica e de soluções inteligente. São pessoas, em geral, acadêmicas e não tanto criativas.

O INOCENTE

Otimista por essência, o inocente tende a ver o lado positivo de todas as intempéries. Facilmente adaptável, o inocente busca, acima de tudo, ser feliz e ser reconhecido e aprovado. Pode ter dificuldade em enxergar malícia e lidar com conflitos - mesmo os que são necessários para seu crescimento.

O EXPLORADOR

Ter um explorador ao lado é a certeza de que ousadia e aventuras serão rotina! Seu desejo de descobrir ao mundo e a si mesmo com profundidade contagiam a todos aos seu redor, e refletem em seus projetos pessoais. Seus aspectos negativos podem ficar em torno da falta de organização e insatisfação crônica, trazendo um traço de inconstância ao seu perfil.

O GOVERNANTE

Não há outro adjetivo que o defina melhor se não líder. Absoluto em tudo que faz, o governante não tem medo de jogar conforme as regras, e sabe se impor em qualquer situação. Excelência e racionalidade são seus sobrenomes, mas a constante busca pelo poder pode ser a principal pedra no seu caminho. Tem dificuldade em se contentar com o agora e com os processos naturais de evolução.

O CRIADOR

Muito semelhante ao explorador, o criador não possui um espírito tão liberto, mas sua mente é igualmente viajante. Sua principal “magia” é a criação, pois ele é capaz de trazer uma nova roupagem totalmente diferente mesmo aos processos mais antigos e arcaicos. Seu defeito é, muitas vezes, pensar mais do que agir, ou ensaiar voos mais altos do que lhe são cabíveis.

O CUIDADOR

Esse arquétipo é perfeito para aqueles que se sentem quase que na obrigação de cuidar do próximo. A proteção quase que maternal pode ser aplicada tanto aos que o cercam, como aos seus gostos pessoais, e projetos. Ao mesmo tempo que é ótimo tê-lo por perto, sua necessidade de estar com tudo e todos sob controle pode ser sufocante aos controlados, e nocivo à si mesmo, que se sobrecarrega e acaba perdendo a capacidade de discernir com distanciamento dos problemas.

O MAGO

Um tanto quanto místico, o mago pode ser o grande revolucionário de um ambiente se souber como canalizar esse poder. Capaz de enxergar além do que se vê, ele costuma ser um ser intuitivo e pouco prático, mas sempre buscando o crescimento e a transformação de si e dos seus. Por vezes, pode se tornar um ser idealista e um pouco solitário.

O HERÓI

O herói pode ser definido como o ponto de encontro entre o cuidador e o governante. Suas causas podem ser nobres, mas seus métodos nem sempre. Sua vitalidade e força podem ser empenhados para o bem e para o mal, que são conceitos mutáveis e pessoais. Tende a ser muito ambicioso.

O AMANTE

O amante possui semelhanças com o inocente. Sua sensibilidade o faz enxergar beleza em tudo, e isso pode ser muito positivo em situações adversas da vida. Porém, o amante deixa sua emoção falar muito mais alto do que sua razão, e relaciona toda possibilidade de felicidade com o fato de estar sendo amado ou não. São pessoas de grande senso estético e delicadeza no tom.


O BANDIDO

O bandido pode ser lido como “fora da lei” em alguns testes de arquétipos que vemos por aí. Dentro de um contexto de trabalho, o bandido pode ser o indivíduo com aversão a regras e dificuldade em segui-las. Mas isso nem sempre é por ser uma pessoa transgressora, às vezes ele é só muito independente e não gosta de ser pressionado ou influenciado. Pode ser autodestrutivo e auto sabotador por conta de sua rebeldia.


O TOLO

Você já conviveu com alguém que é capaz de fazer piada até si mesmo? Pois então você já esteve ao lado do tolo, um ser despido de máscaras e por vezes sincero até demais. Ele não se leva a sério e consegue fazer de qualquer ambiente mais leve, mas pode ser um pouco preguiçoso e presunçoso também.

O ÓRFÃO

Melancólico e um pouco dramático, o melhor que pode acontecer na vida do órfão é ter um cuidador por perto. Mas isso é também o pior, pois assim, ele nunca aprenderá a se cuidar sozinho. Seu poder de empatia é alto, pois sabe reconhecer sua dor no outro, mas pode tender a se vitimizar e tratar os outros com ironia.

Para descobrir o seu, existem diversos testes pela internet, mas o mais confiável é buscar um profissional da área da psicologia que possa aplicá-lo. Aliado ao processo da terapia, você poderá descobrir revelações extremamente construtivas para sua evolução pessoal, encontrando cada vez mais o seu propósito de vida dentro da sua jornada de autoconhecimento.

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