Você sabe onde se encontrar?

Você já se procurou em suas antigas versões?

13 de Abril de 2023


Você já se procurou em suas antigas versões? Sentiu falta daquilo que não tem certeza se viveu de fato, mas acha que viveu e, portanto, sente saudades? Você já foi embalado justamente por esse saudosismo onde tudo parece ter sido impecável no passado e, portanto, pode estar fadado ao fracasso no futuro?

O nome disso é nostalgia que, segundo a definição do dicionário, trata-se de "saudades de algo, de um estado, de uma forma de existência que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado." É nesse desejo de voltar para o que já foi, tão natural quanto qualquer outra sensação humana, que podemos nos perder de nós mesmos.

Virar essa falta ambulante, uma fonte inesgotável de lembranças que, ao menor descuido, poderá habitar cada parte de seu corpo como alguém que sempre esteve aí. Ficar eternamente preso ao que se foi, mas seguir sendo de alguma forma que não se sabe explicar. Procurar-se em ruínas e perder-se no tempo presente, em um constante álbum de memórias próprias, que só fará sentido para quem o sente.

Essa vontade de viver o que já se viveu é, na verdade, um mecanismo de defesa de qualquer ser humano, pois o perigo mora apenas no desconhecido. E, nesse passado tão perfeito, não há desconhecimento.

Se normalizamos a falta, devemos também normalizar o nosso adeus. Entendo, enfim, que somos feitos então de pequenas saudades do que fomos, todos nós. Fragmentos do eu que deixou de existir para que outro eu pudesse nascer. Viver é perder-se um pouco o tempo todo nas esquinas da vida, enquanto tenta se encontrar.

Você sabe onde se encontrar? Você sabe onde se encontrar? Você sabe onde se encontrar? Você sabe onde se encontrar?

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Para Inspirar

O papel da espiritualidade na velhice

Pesquisadores buscam na espiritualidade uma razão para a longevidade

28 de Junho de 2019


É importante entender como os idosos estão respondendo aos desafios e oportunidades que enfrentam ao ter uma vida mais longa. São muitos os percalços, como morte de entes querido, perda de capacidade física e a mudança representada pela aposentadoria.

Estudos apontam a importância da espiritualidade, principalmente no período do envelhecimento. Pesquisadores das universidades Duke e de Miami exploraram as dimensões espirituais de um grupo de centenários com o objetivo de descobrir seu significado nesse período.

Veja abaixo o que os centenários pensam sobre:

Espiritualidade.
A espiritualidade está preocupada com o fenômeno individual, tais como experiências pessoais do transcendente (além das preocupações e pensamento verbalizado), identificado com uma resposta às questões da vida e do significado da existência.

Religião.
Está mais intimamente associada a comportamentos específicos, sociais, doutrinais e características denominacionais, muitas vezes estreitamente identificadas com instituições religiosas, teologia prescrita e rituais. Estudos anteriores, que serviram de base para os pesquisadores, já indicavam funções e significados tanto da espiritualidade como da religião no curso das vidas de pessoas experientes.

Adaptação às mudanças.
A espiritualidade foi identificada como um elemento-chave de fortalecimento nessa faixa etária, pois ajuda na adaptação às mudanças inerentes ao tempo. Em muitos casos ajudam a identificar elementos positivos de uma situação difícil. Foi o que concluiu a pesquisa Busca pelo Significado, elaborada pelas sociólogas Monika Ardelt e Susan Eichenberger, publicada no Jornal da Religião, Espiritualidade e Envelhecimento, em 2008. A dupla comparou grupos de meia idade com o de idosos com doenças terminais.

Resiliência.
É recurso importante para alguns idosos, mas nem todos, à medida que expandem a consciência. Viver mais e aproximar-se inevitavelmente da morte evoca o pensamento contemplativo sobre o significado da vida, afirma o psicólogo junguiano James Hillman, autor do livro de Soul’s Code, in Search of Character and Calling, da Warner Books, de 1996. Outro autor, Lars Tornstam explora a ideia parecida na obra Gerotrancendence: The Contemplative Dimension of Aging , de 2005.

Ele escreve: “A gerontotranscendência seria uma transcendência individual em comunhão com o cosmo e o espírito universal redefinindo tempo, espaço, vida, morte e o próprio ‘eu’”. Robert Atcheley, gerontologista americano da Universidade Johns Hopkins, argumenta que a espiritualidade foi negligenciada pela gerontologia e pela ciência social.

No estudo Espiritualidade e Envelhecimento, ele sugere até mesmo um tratamento sistemático de espiritualidade como um direito pessoal e necessário para a expansão da compreensão do rico e complexo mundo da meia-idade e do envelhecimento.

Pesquisas indicam que certos idosos (aqueles para quem a religião e a espiritualidade são importantes) demonstram resiliência em suas narrativas sobre a vida e sobre o que eles atribuem a viver vidas longas. Algumas dicas de leitura sobre o tema:

As descobertas colocam luz sobre as experiências dos centenários. Elas deixam claro que espiritualidade e religião são mais do que construtos para os que têm essa experiência. Em especial, a religião proporciona conexão e significado às pessoas.

Leia o artigo completo aqui.

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