Como o músico litúrgico se encontrou caminhando por aí em uma das trajetórias mais importantes e desafiadoras de sua vida?
30 de Novembro de 2020
O terceiro episódio do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir traz a história de Ale Edelstein. Músico litúrgico, Ale canta em casamentos judaicos e bares mitzvah, sendo um dos mais solicitados.
Mas, para desempenhar tal função, Ale nos conta que é preciso estar de corpo e mente presentes, entregando tudo que se tem para aqueles que festejam, pois mais do que um momento festivo, é um momento de troca, único na vida daquelas pessoas.
E, num belo dia, ele começou a perceber suas ausências e o modo automático que começava a se instaurar. “Quando tive esse clique, caiu na minha mão um livro chamado Tirando os Sapatos, do rabino Nilton Bonder. Eu li... e pirei” diz ele.
A metáfora, usada por ele ao longo do episódio, conversava justamente com esse momento que ele enfrentava. “Quando a gente está há muito tempo com o mesmo sapato, o calçado adquire a fôrma e a forma do pé. Acaba ficando confortável. Eu estava numa poltrona de conforto” conta.
Foi então que decidiu encarar, por 40 dias, o Caminho de Abraão, em uma jornada - de grande intensidade e extremamente reveladora. “Depois de 25 anos na Congregação Israelita Paulista, eu precisava botar a cabeça pra fora, me oxigenar, olhar outras paisagens, me relacionar com outras pessoas, me nutrir de outras fontes não necessariamente judaicas, não necessariamente musicais.”
Esse embarque, em busca de tirar os sapatos e sentir o chão do mundo, tratou-se de um divisor de águas na vida do músico, que conheceu o outro lado da história que lhe contaram a vida inteira, e encantou-se na mesma medida.
“Em nenhum momento dos quatro dias bateu uma solidão. Ao contrário, me senti preenchido e acompanhado. Eu não sentia que eu estava na natureza, mas sim que eu ERA a própria natureza” diz ele.
“Caminhar é um ato ativo em si, sem passividade. Fui entendendo como eu precisava cuidar dos meus pés, olhar os passos, prestar atenção no piso, guardar energia para os momentos mais difíceis da trilha. E, claro, perceber os meus sapatos, incômodos, vozes e silêncios internos”. Você confere esse lindo relato na terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir.
Na décima temporada do Podcast Plenae, inspire-se com a trajetória artística da Haikaa.
30 de Outubro de 2022
O pilar Contexto nos obriga a olhar para nosso entorno. Você influencia o ambiente que te cerca? Qual é o papel dele em sua trajetória? A artista Haikaa, representante deste pilar na décima temporada do Podcast Plenae, sofreu do que ela classifica como "personalidade camaleônica” por conta de suas mudanças.
A falta de raízes e a necessidade de se adequar a todo o tempo em diferentes lugares fez com que ela buscasse inclusão e perdesse sua essência. A comparação com o camaleão, aliás, vem daí: o animal que troca de pele para se camuflar, a pessoa que muda sua personalidade para se incluir.
O processo de luto que ela vivenciou com a perda de seu marido e o rompimento por anos com seu pai também a marcaram de forma profunda, irremediável. Mas Haikaa transformou tudo isso em arte, e nessas expressões artísticas foi onde ela se encontrou.
A entrega da poliglota ao mundo da criação foi tamanha que ela acabou fundando o projeto Work of Art Global Project e gravou a canção "Work of Art" em 22 idiomas, o que lhe rendeu uma menção honrosa do da United Nations Alliance of Civilizations.
Emocione-se com essa trajetória espontânea e genuína que Haikaa nos proporcionou com sua narrativa. Pode ser que você encontre um pouco de si nas esquinas dessa história. Aperte o play e inspire-se!
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