Apresentamos o surfista Carlos Burle, representante do pilar Mente na décima segunda temporada do Podcast Plenae
6 de Junho de 2023
Você é capaz de se reinventar? Representando o pilar Mente, o surfista de ondas gigantes comanda o segundo episódio da décima segunda temporada do Podcast Plenae.
Mas, ao contrário do que possa parecer, não será uma narrativa somente a respeito do esporte que alçou Carlos a uma carreira internacional de sucesso. Seu relato é sobre reinvenção. Sobre resiliência. E sobre contar histórias.
“Desde muito jovem, eu fui entendendo que a minha maior luta era fora da água. Eu precisava me preparar e me capacitar para ser a transformação que eu queria pro esporte. Com a ajuda de um amigo mais velho, eu escrevi uma carta datilografada para buscar patrocínio. Nesse texto, eu deixo bem claro que o meu grande objetivo não era ser campeão mundial. A minha meta era mudar a imagem do esporte. Na carta, eu escrevo também que eu precisava ter, abre aspas, ‘uma boa condição psicológica que influencie positivamente na minha capacidade técnica’”, relembra.
Para se tornar um bom esportista, não basta somente ser excelente nas manobras ou força muscular. A mente, mais do que tudo, entra na jogada, assim como seus hábitos, que irão influenciar o seu desempenho como um todo. A virada de chave nessa história é que Burle se ligou em tudo isso antes de ser amplamente divulgado como é hoje.
Talvez seja por isso que ele chegou tão longe - uma aposentadoria quase aos 50, feito histórico para o surfe -, e guiou tantos outros jovens com seus ensinamentos enquanto treinador. Seu propósito, aliás, segue sendo a mentoria, mas por meio de sua organização social.
Mas, não queremos te dar maiores spoilers. Você terá que ouvir para então refletir e absorver um pouco da trajetória de Carlos Burle para a sua própria. E você já sabe: está disponível em diferentes plataformas de streaming da sua preferência! Aperte o play e inspire-se.
Parada obrigatória
O cientista especialista em sono, Matt Walker, explica em um vídeo curto e animado, como o descanso reflete diretamente em nossos sentimentos
5 de Agosto de 2021
Se você já se sentiu irritado quando esteve privado de sono, não foi mera coincidência ou impressão sua. Ficar sem dormir ou ter uma noite sem qualidade afeta diretamente campos cerebrais importantes para a manutenção do nosso humor e isso reflete em todo o nosso dia.
A ciência não cravou com exatidão quanto de sono realmente precisamos, como explicamos nesta matéria. Há diferentes linhas e opiniões a respeito, mas em uma coisa todos concordam: o repouso é um dos principais pilares para uma boa saúde. E de tão importante, ele se dá também de maneira complexa, não sendo simplesmente fechar os olhos e apagar. Há 7 fases para o bom descanso, e você confere um pouco delas aqui.
Pensando em tudo isso, o especialista em sono, Matt Walker, foi fazer experimentos para ver como exatamente a falta de sono pode afetar o nosso “cérebro emocional” e dividiu suas impressões em um vídeo para o canal Ted Talks. Nesse vídeo, ele conta que há alguns anos, ele e outros pesquisadores separaram um grupo de adultos saudáveis.
Metade deles passou a noite em sono profundo, e a outra passou a noite em claro, de forma forçada. Logo após, todos eles foram submetidos a uma ressonância magnética para analisar o estado e reações de seus cérebros emocionais, com um foco especial na amígdala, região cerebral importante na regulação de nossas emoções, sobretudo as mais intensas.
O resultado já era de se esperar. Aos que puderam ter uma noite apropriada, a resposta de suas amígdalas era equilibrada e moderada. Já aos outros, que foram privados de sono, suas reações eram hiperativas, com a sua amígdala sendo quase 60% mais receptiva do que o normal.
Mas por que isso acontece? Isso nos leva à segunda parte do estudo, onde descobriu-se o envolvimento de outra região do cérebro nesse processo: o córtex pré-frontal, localizado diretamente acima dos nossos olhos. Essa estrutura é quase que o CEO do nosso cérebro, como brinca Matt. É por lá que são tomadas as grandes decisões e todos os outros controles de alto nível - incluindo ela, a amígdala.
O que ele concluiu, ao lado de outros cientistas envolvidos, é que os participantes descansados apresentavam uma melhor comunicação entre o córtex pré-frontal e o inverso acontecia aos não-descansados. “É quase como se, sem dormir, nos tornássemos todos pedais de aceleramento emocional e muito pouco freio de controle regulador. Esse parece ser o motivo pelo qual ficamos tão soltos em termos da nossa integridade emocional quando não dormimos bem”, explica.
Ficou preocupado? Calma! A boa notícia é que essa situação é fácil de reverter. O sono, particularmente aquele que faz nossos olhos piscarem de forma acelerada, funciona como um “primeiros-socorros emocionais” para nosso cérebro. Isso porque é durante ele que pegamos as nossas experiências emocionais mais difíceis vividas naquele dia e as neutralizamos, suavizamos dentro de nossa própria mente.
Sendo assim, conclui Matt, provavelmente não é o tempo que cura todas as feridas, mas sim, o sono! Quando voltamos no dia seguinte descansados, somos capazes de executar uma melhor comunicação entre as nossas estruturas cerebrais e, assim, ficarmos mais calmos e até tomarmos melhores decisões. Como anda a sua rotina de sono? Lembre-se de sua importância todos os dias!
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