Conheça e história do empreendedor social, Celso Athayde, fundador da CUFA, na segunda temporada do Podcast Plenae
19 de Outubro de 2020
O último episódio da segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, apresenta uma potência única: o empreendedor social Celso Athayde.
Representando o pilar Contexto, Celso conta como ter morado na rua ainda na infância e os diferentes encontros que a vida o proporcionou levaram ele a ser quem é hoje.
Ao conversar com um morador de rua que foi próspero antes da vida mudar, Athayde entendeu que o caminho inverso também poderia ser trilhado: ele também poderia ter tudo um dia. Mas ele não queria “ter tudo” só pra si, não queria ser a exceção de uma realidade toda condicionada à pobreza.
Ele queria mais. Queria que a exceção se tornasse a regra. “Eu sempre acreditei que o meu valor pessoal, o meu projeto de vida, não é individual, mas, sim, coletivo”. Então, começou a novamente, ouvir o outro. Foi conversar com a juventude de sua região para entender: onde eles queriam chegar?
De cara, ouviu o nome do grupo Racionais MCs. O quarteto do rap que bombou nos anos 90 e até hoje segue fazendo sucesso, se tornou ícone para muitos jovens de periferia como eles foram um dia. Celso, ouvindo isso, entendeu que há diferentes formas para o “chegar lá”, como a cultura, por exemplo.
Esse momento também marca a virada de quando o empresário entendeu a sua raça como algo maior, e não só seu. “Foi uma virada porque me fez entender que eu era preto e dar a isso uma visão de coletivo. E isso é grande.”
A Central Única das Favelas (CUFA) , seu maior projeto, é então criada. “A CUFA nasce de eu estar sempre inconformado. Essa ânsia, essa vontade de alterar o cenário em que vivo, está na origem dela. Lá, não quero ser apenas um líder que muda de vida. Quero liderar uma mudança para todos, quero que mais gente tenha voz no caminho, que mais gente mude de vida.”
Desde o seu nascimento até os dias de hoje, a CUFA já mudou a realidade de muitos jovens por meio da arte, do esporte, da educação e várias outras frentes. “Queremos conscientizar as camadas desprivilegiadas da população da potência que têm, por meio de oficinas de capacitação profissional e ações que elevem a autoestima da periferia.”
Isso envolve dar voz a quem nunca teve oportunidade de falar e ser ouvido. Ouvir, aliás, foi tudo que Celso fez a vida toda. “Eu preciso tirar a favela da invisibilidade e fazer ela a potência que é. Os invisíveis são invisíveis em qualquer atividade que estão desenvolvendo, então, cabe às pessoas que têm a responsabilidade de ter uma fala pública mudar isso. Eu não largo essa responsabilidade em nenhum momento da minha vida.”
Ouça mais sobre essa trajetória tão rica e inspiradora no último episódio da segunda temporada do Podcast Plenae, disponível na sua plataforma de streaming.
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