#PlenaeApresenta: Geraldo Rufino e a força de um propósito

Por acreditar na força de seus sonhos e seguir fiel ao seu propósito, o empresário Geraldo Rufino provou que é possível dar a volta por cima

19 de Abril de 2021



Você acredita nos seus sonhos? Na quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, o representante do pilar Propósito é o empresário e palestrante Geraldo Rufino. Ele, que conheceu os extremos da vida financeira sem nunca ter perdido seus sonhos e seus valores.

Nascido em Minas Gerais, Geraldo migrou para São Paulo ainda bem pequeno. Pouco tempo depois, aos 7 anos de idade, sua mãe, principal mentora e exemplo de vida sofre de um mal súbito e morre. O que poderia relegar a muitos uma vida de sofrimentos, para ele tornou-se meta: agradecer ao milagre da vida todos os dias.

Aos 8, Rufino arranjou seu primeiro emprego como ensacador de carvão e conheceu o verdadeiro valor de trazer dinheiro para casa. Irmão de outras sete crianças, todos ajudavam como podiam em casa, e foi ao lado de um de seus irmãos que ele passa a trabalhar com sucata, dos 9 aos 13 anos.

Foi também nesse período que ele passa a guardar dinheiro pela primeira vez na vida. Apesar de terem roubado suas economias, não conseguiram roubar os seus sonhos e sua garra.

Aos 13, Geraldo começa a trabalhar de office boy em uma empresa que viria a se tornar o antigo parque de diversões Playcenter. O resto é história: após 17 anos na mesma companhia, o menino antes paupérrimo alça voos altíssimos e atinge suas metas financeiras.

Mas a sua vontade de ajudar o próximo, sobretudo a sua família, o faz empreender para poder empregar seus irmãos e sobrinhos. Apesar de alguns percalços, deu certo. Muito por ele ter transmitido a todos os seus funcionários o seu mantra principal: trabalhe como se a empresa fosse sua.

Essa vontade de perpetuar seus ideais transbordou não só em seus negócios, mas em sua figura pessoal, que se tornou pública. Hoje ele já lançou livros, conduz palestras e toca seu perfil pessoal que já conta com quase 1 milhão de seguidores.

Em paralelo ao sucesso de sua carreira, Geraldo Rufino também conta em seu episódio sobre seus filhos - em especial, sua filha Gabriela, a quem ele chama de milagre. Não deixe de escutar esse lindo relato na quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, disponível em seu aplicativo de streaming!

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Entrevista com

Elca Rubinstein

Autora do filme Branco & Prata

Assumir o cabelo branco é libertador

25 de Abril de 2019



“Me irrita ver mulher de cabelo branco”, disse-me uma senhora com os fios pintados de castanho avermelhado antes de uma exibição do documentário Branco & Prata , finalizado em dezembro de 2017, sobre mulheres que não tingem o cabelo. Ela não era a única indignada na plateia, formada quase na totalidade por idosas, metade delas com a cabeleira assumidamente branca. A reação acalorada condiz com a narrativa do filme: o sexo feminino enfrenta críticas por não tingir o cabelo, inclusive das mulheres. Para a autora do média-metragem, Elca Rubinstein, que fez carreira como economista no Banco Mundial, a maioria das pessoas esconde a cor natural dos fios para disfarçar a idade, não ficar mais bonita. 

Por que tantas mulheres escondem os fios brancos, enquanto os homens raramente fazem isso? No paradigma social, o homem de cabelo branco está associado à sabedoria, não à velhice. Aos 45 anos, sem perda de testosterona, o homem está a mil, se sentindo bem e sendo cortejado por mulheres mais jovens, para quem ele representa a figura paterna, que protege e provém. Já as mulheres da mesma idade estão deparando com os sinais da menopausa, como queda na libido e ressecamento vaginal. O orgasmo, que já era difícil atingir aos 30, ficará ainda mais distante a partir da queda do estrógeno. Junto com a menopausa chegam os fios brancos, associados a morte e velhice. A mulher talvez pinte o cabelo para não enxergar as mudanças causadas pelos hormônios. Se ela não está informada e preparada para essa transição, fica insuportável carregar o sinal da menopausa na sua cabeça. 

O que a levou a parar de pintar os cabelos? Depois de me aposentar no Banco Mundial, comecei a fazer cursos ligados ao envelhecimento e à espiritualidade. Um deles, nos Estados Unidos, se chamava From Aging to Saging , que significa envelhecer para ficar sábio. Em um dos módulos, debatíamos a chegada da morte. Não existe maneira de adquirir a sabedoria do envelhecimento se não disser para morte: entre e venha conversar comigo. Durante o curso, olhei no espelho e me perguntei: está enganando quem? Não fazia sentido abrir as portas para a morte vir conversar e, ao mesmo tempo, querer aparentar dez anos a menos. Então, disse para mim mesma: acabou, não vou mais pintar o cabelo. Assumir meu envelhecimento aos 65 anos foi libertador. Meu cabelo já estava todo branco desde os 45 anos. Se eu soubesse naquele tempo o que sei hoje, teria parado de tingir muito antes. Eu teria outra envergadura nas reuniões do Banco Mundial com homens grisalhos da minha idade. O cabelo branco teria me dado um selo de sabedoria.  

Qual foi a reação das pessoas quando parou de pintar o cabelo? Comecei a receber muitos elogios, principalmente de homens. As mulheres não diziam nada. Fui me sentindo empoderada. Me olhava no espelho e, no dia seguinte, saía de casa um pouco mais empinada. Nas ruas, comecei a reparar nas mulheres de cabelo branco, até mais jovens do que eu. E percebi: não é que elas são bonitas mesmo? Elas têm um brilho no olhar e transmitem autoconfiança. Os homens não estavam só sendo gentis comigo: a transformação realmente estava acontecendo! 

Foi aí que nasceu o documentárioBranco & PrataSim. Pouco depois que parei de tingir, ingressei em um curso de extensão em gerontologia no SEDES-SP. Decidi que meu trabalho de conclusão de curso seria estudar o que acontece com as mulheres quando elas deixam de pintar o cabelo por vontade própria. A princípio, seria um artigo. Por incentivo dos colegas, resolvi registrar as imagens em vídeo. Fiquei tão motivada que topei o desafio de transformar o trabalho em um filme. 

O documentário revela que, quando uma mulher decide assumir os fios brancos, recebe críticas de pessoas ao redor. Por que o cabelo branco de uma mulher incomoda os outros? Por alguns motivos. Uma mãe que tinge o cabelo, por exemplo, não aguenta quando a filha assume os fios brancos, porque sua idade é dedurada. No caso das amigas é a mesma coisa. Já os empregadores criticam por achar que o branco está associado com velhice, feiura e desleixo, que não cabem na empresa deles. O mercado de trabalho prefere pessoas jovens. 

Toda mulher deveria assumir os fios brancos? De jeito nenhum! Isso seria a ditadura do cabelo branco, igualmente ruim à do cabelo pintado. Quer tingir o cabelo? Por favor, tinja, desde que seja para se sentir mais bonita, não para parecer mais jovem. A maioria das mulheres pinta os fios para esconder os sinais que estão, nessa sociedade, associados à velhice. Essas pessoas estão se enganando e deixando de viver o presente e o futuro, de olho no passado. Se assumissem o branco, elas talvez fossem mais felizes e lidassem de forma mais hábil com o seu momento de vida. A questão não é ter que parar de pintar, mas poder parar de pintar se quiser, sem ter enfrentar admoestação da mãe, que diz que ela vai ficar feia, nem do empregador, que proíbe o cabelo branco no ambiente de trabalho. Eu entendo que o empregador tenha um código para o funcionário se vestir, mas esse código não pode punir a cor natural do cabelo. https://vimeo.com/97154037

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