#PlenaeApresenta: Irmãos Filpi e a família como alicerce

O Plenae Apresenta a história dos irmãos Filpi, participantes da nona temporada do Podcast Plenae!

22 de Agosto de 2022



Como é não se sentir bem dentro de seu próprio corpo? Miguel sabe e contou um pouco da sua experiência no segundo episódio do Podcast Plenae. Representando o pilar Relações ao lado da sua irmã, Natália, ele narra os fatos em ordem cronológica, de sua infância conturbada até a juventude, quando decidiu transcionar.

Gêmeos, os dois nasceram como mulher, mas somente Natalia seguiu assim. Ela conta que seu irmão sempre fora mais difícil e até um pouco revoltado diante de situações que, para ela, eram completamente comuns. “Eu lembro que a gente tinha uns 10 anos e alguém chamou ele de ‘moleca’. Ele ficou transtornado de um jeito, que eu não entendi o tamanho da revolta. (...) Teve o casamento de um primo que ele fez um escândalo porque não queria colocar um vestido. Ele chorava e falava: ‘Eu não quero arrumar o cabelo, eu não quero pôr essa roupa’. Ele estava muito incomodado, mas não sabia comunicar direito o que estava sentindo”, relembra.

Por ser mais rebelde, naturalmente as atenções da casa se voltavam a ele, o que deixava Natalia com a sensação de isolamento. Os dois travavam batalhas internas profundas e completamente diferentes, e externas também, porque brigavam bastante. 

Foi num intercâmbio durante o ensino médio para os Estados Unidos que Miguel primeiro se assumiu como uma mulher lésbica, informação dada em primeira mão para sua irmã e, posteriormente, para seus pais, que receberam com certa tranquilidade e sem muitas surpresas.

Mesmo cortando o cabelo curto e comprando roupas masculinas, sua angústia sem explicação seguia, gerando um quadro de depressão. Em busca de tentar ajudá-lo, uma amiga o convidou para um bar e, para sua surpresa, ele conheceu pela primeira vez um homem trans. Foi quando tudo mudou.

“Eu botei esse cara na parede e disse: ‘Me explica tu-do!’. Depois eu fui saber que era o Lucas Scarpelli, um dos poucos youtubers que produzia vídeos sobre o universo trans. O Lucas me falou sobre o trabalho, sobre a família, sobre os sentimentos dele. Eu me identificava com cada frase que ele dizia. Ele parecia um clone meu que estava feliz e bem resolvido. Eu fiquei TÃO alucinado que fui embora do bar e passei 3 dias trancado em casa, pesquisando sobre transição de gênero. Eu sabia que isso existia, só que até então era uma coisa muito distante do meu universo, eu não conhecia ninguém que tinha feito. Procurei ajuda psicológica e médica e, aos 24 anos, comecei o meu processo de transição”, conta Miguel.

Dessa vez, contar para a família não foi tão simples assim. Se eles aceitaram bem o fato da homossexualidade, a transição de gênero já foi mais complexa e conturbada, sobretudo por parte do pai, médico, que se preocupava ainda com a sua saúde. Mas Miguel estava tão certo de que isso seria a resposta para seus problemas que nem mesmo a reação negativa de seus familiares o deteve.

“Quando uma pessoa faz uma transição de gênero, quem tá ao redor dela transiciona junto. Eu sabia que eu podia perder os meus pais pra sempre, que talvez eles não fossem aceitar a minha decisão. Só que eu estava tão feliz, eu tinha TANTA certeza de que era a coisa certa, que nenhum obstáculo ia me impedir de concretizar o meu plano. Eu passei 24 anos sendo triste e solitário. Não tinha sentido eu passar o resto da vida me sentindo miserável em função do que outras pessoas queriam pra mim”, desabafou Miguel. 

Natalia, como sempre, o apoiou, mesmo tendo dificuldades iniciais para entender sobre o assunto e até para usar o pronome masculino. Foi nessa mesma época que ela também decidiu mergulhar em sua própria trajetória de autoconhecimento e passou a fazer terapia, processo que a ajudou a aprender a dizer não e se priorizar, por exemplo.

Hoje, a família já consegue compreender melhor, adotaram coletivamente o pronome masculino e entenderam que não se trata de uma simples “fase”, algo que vai passar. Para Miguel, cada conquista é uma pequena vitória, e ele mesmo admite ser uma pessoa não só mais feliz, mas também mais calmo e mais controlado. Natalia concorda. “No segundo em que o Miguel decidiu fazer a transição de gênero, eu consegui ver que a impaciência, a intolerância e a agressividade dele ficaram pra trás”, conta.

É possível ser feliz, como nos lembra essa história, mas é preciso que você seja protagonista das suas próprias escolhas, pois só se vive uma vez. Mergulhe nessa emoção apertando play nesse episódio por aqui ou escolhendo sua plataforma de streaming favorita! 

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Parada obrigatória

Mergulhando nos porquês

O que foi falado no Plenae em junho

30 de Junho de 2023


Olá, caro leitor. É sempre um prazer ter você aqui com a gente. Em junho, demos continuidade a mais uma temporada do Podcast Plenae, dessa vez, a décima segunda. Conhecemos a história de foco e resiliência de Carlos Burle, representando o pilar Mente. Em Propósito, nos emocionamos com os caminhos que o bombeiro Leo Farah trilhou.

Nos inspiramos com a jornada de autoaceitação da Letticia Munniz, que representou lindamente o pilar Corpo. Terminamos o mês - mas ainda não a temporada toda! - quebrando nossos tabus e deixando nossos preconceitos de lado com Mariam Chami, que trouxe um outro lado do islamismo para o pilar Espírito. 

Como você já sabe, a cada semana de episódio, produzimos também um conteúdo relacionado, que converse diretamente com o tema abordado nos capítulos. E quais foram eles? Te contamos a seguir!



Seja um aliado da luta
Inspirados pelo episódio lançado ainda em maio de Fernanda Ribeiro, separamos algumas dicas para apoiar mais a causa preta no seu dia a dia. Um detalhe importante é que todas elas são acessíveis e pelo menos uma pode ser colocada em prática ainda hoje! Seja um aliado dessa luta tão importante.



Quem conta um conto…
Aumenta um ponto. Já ouviu esse ditado? Nesse conteúdo, buscamos entender a importância de contar histórias, essa atividade ancestral da nossa espécie. Essa investigação foi inspirada no episódio de Carlos Burle, que buscou melhorar a sua oratória para fortalecer ainda mais o seu esporte, o surf, diante



Qual sua missão?
A busca por um propósito de vida pode ser leve e aterrorizante na mesma medida. Para Leo Farah, o próprio destino se encarregou de guiá-lo até a sua verdadeira missão de vida. Mas, essa não é a realidade de todo mundo. Por isso mesmo, te contamos como a ciência pode te ajudar nessa procura!



O corpo de verão
O corpo de verão, tão desejado ao longo dos séculos, é simplesmente aquele corpo onde há uma pessoa feliz dentro dele. Essas e outras frases de efeitos que buscam pregar a autoaceitação são parte de um movimento chamado body positive (o corpo positivo, em tradução), movimento que Letticia Munniz faz parte. Venha conhecer!



Quebrando tabus
Nada melhor do que deixar velhos preconceitos no lugar onde eles pertencem: no passado. É isso que Mariam Chami busca fazer com a sua religião, o islamismo. Pensando em somar, fomos desmistificar esse conceito e te explicamos mais sobre um dos dogmas mais antigos - e cheios de tabus - do mundo. 



O melhor dos amores: o próprio
No dia dos namorados, trouxemos a nossa queridinha do Instagram: a crônica. Nesse texto, brindamos aos diferentes tipos de amores: os que já se foram, os que estão por vir, os que ficam porque fazem de tudo para ficar, os que fogem à regra… E, principalmente, ao amor próprio, o mais potente e importante amor.



Coloca um casaquinho!
Porque o inverno definitivamente chegou. A estação mais fria do ano nos desafia a enxergar poesia e beleza mesmo quando isso parece tarefa difícil. Ela também nos lembra que para aquecer, é preciso estarmos juntos, segurando as nossas mãos. É sobre isso que nos debruçamos na última crônica do mês.



Com a cabeça na lua 
Você sonha? Se sim, lembra do que sonhou? Sente que sabe que está sonhando enquanto ele acontece? No Tema da Vez de junho, trouxemos a temática à mesa e discutimos a importância dos sonhos, qual a visão da ciência e de outras correntes e outras dicas importantes para domar a sua mente e sua atividade onírica.

Nos vemos em julho, esse mês que traz consigo o encerramento dessa linda temporada do Podcast Plenae e muitos outros conteúdos que possuem um único objetivo: te lembrar que você importa e que o equilíbrio dos pilares é o caminho. Nos vemos em breve!




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