#PlenaeApresenta: o monge Sathyanata e a imersão em si

Responsável por guiar as meditações no podcast Plenae, o monge encarou sua jornada espiritual ainda muito jovem

20 de Julho de 2020



Encerramos a primeira temporada do nosso podcast falando de quem nos guiou nossas meditações ao final de cada episódio: o monge Sathyanata. Do sânscrito para o português, sua escolha de nome espiritual significa "aquele que busca a verdade".

Aos 38 anos, o guia se chamava Davi Murbach antes do início de sua jornada espiritual. Ele também era engenheiro da computação, formado pela Unicamp, e levava uma vida ocidental como muitas outras: trabalho, namorada, lazer.

Mas, aos 22 anos, ainda muito jovem, se deu conta de que vivia prisioneiro de suas próprias escolhas. Decidiu então estudar, das ciências exatas aos mistérios da espiritualidade. Foi quando se deparou com a linhagem Natha, da religião hindu, e o começo do que seriam longos anos de sua vida.

Depois de uma severa seleção, conseguiu ser aprovado para o monastério, onde dedicou-se por sete anos à vida da simplicidade, técnicas meditativas e natureza. Mas ele queria mais, então decidiu difundir esse conhecimento mundo afora, um "monge delivery " como o próprio brinca.

Levou a palavra do autoconhecimento e da busca pela paz interior a diferentes cantos do planeta, até retornar ao Brasil, mais especificamente em São Paulo, onde reside. Atualmente, Sathy dedica-se à ministrar palestras, cursos de meditação e até mesmo ao seu mais novo aplicativo voltado para a prática.

E foi graças a ele que a nossa primeira temporada contou com um toque ainda mais íntimo, reflexivo e imersivo.

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Entrevista com

Adriana Coelho Silva

Fundadora do Canal Viva a Coroa

Como encontrar inspiração em si mesmo?

2 de Fevereiro de 2020



Como Adriana Coelho Silva, de 54 anos, fez da sua própria experiência do envelhecer uma inspiração para outros milhares de seguidores? Conheça um pouco mais sobre a voz por trás do canal Viva a Coroa.

Conte um pouco para a gente sobre o seu canal. Sou quem idealizou e quem escreve até hoje no portal Viva a Coroa, que hoje já conta com 34 mil seguidores no Instagram e 130 mil seguidores no Facebook. A marca Viva a Coroa também deve ganhar site em breve, e se tornou uma coluna da revista Vogue. 

Como nasceu a ideia do Viva a Coroa? Sou designer de interiores, atuei bastante na área até que me aposentei. Quando essa fase chegou, decidi fazer um curso de fotografia no exterior, morei 3 meses sozinha na Califórnia nesse meio tempo. Foi quando senti os primeiros sintomas da menopausa e todas as questões da idade batendo. Minha ideia era criar um canal para fotografar mulheres da minha idade, dar visibilidade a elas. Ainda tenho esse plano, mas comecei a desenvolver alguns conteúdos, pautados no que eu estava sentido no momento. Percebi, principalmente que há uma tendência em falar mais na estética, mas não existe muita gente falando sobre assuntos necessários e até mais desagradáveis, mas bem importantes. Acabou que o resultado foi rápido e super positivo. Decidi ir adiante. 

Como você acredita que o seu conteúdo influencia seu público? O conteúdo do Viva Coroa é bem denso, então além das colunas da Vogue que são replicadas no Viva Coroa, também tem pelo menos duas vezes por semana algum conteúdo de densidade maior no próprio negócio. Acredito o humor e a leveza são muito importantes para essa idade, não gosto de deixar tudo pesado, mas também não gosto de deixar só bobagenzinha. Escrevo desde incontinência urinária e secura vaginal até perda de energia, flacidez e saúde mental. Não inventei a roda, é claro, mas às vezes a pessoa escreve “era exatamente o que eu precisava ler hoje”, seja em um quote de incentivo ou em uma sugestão de filme, São diversos os temas que afetam as pessoas. 

Saúde mental é uma pauta bem importante. Como você lida com a sua própria e como passa isso para os seus leitores? Faço terapia há mais de 20 anos, acho importantíssimo, o melhor investimento que se pode fazer é cuidar da cabeça, porque às vezes algumas pessoas se perdem tentando mudar na estética uma coisa que elas nem percebem que está errada dentro, mas não conseguem identificar o que ou como mudar. Começam a se mudar por fora, tudo de forma inconsciente, mas numa expectativa de mudar o interno. É fundamental cuidar da saúde mental para lidar com questões inevitáveis. 

Quais questões, por exemplo? Do auto reconhecimento ao se olhar no espelho, das mudanças de ciclos, ver um filho saindo de casa, por exemplo. Ou ver seus pais envelhecerem, que é bem difícil. É importante falar sobre isso, mas todas essas questões começam na nossa cabeça. 

Como lida hoje, depois do portal, com a própria longevidade? O portal me trouxe novas descobertas, mas tenho muito a caminhar. Estou tranquila no sentido de estar segura com as coisas que eu consigo passar adiante, talvez elas sejam outras amanhã. Você precisa estar atento, às vezes você fica dentro de um rotina que acelere o envelhecimento, de uma maneira geral. Se você não diversifica seu grupo de amigos, ter conversa diferente, sempre assiste o mesmo gênero de filmes ou livros de alguns autores, enfim, acho que tudo que der para ampliar, ajuda. Me ajudou, pelo menos. 

O seu conteúdo foi intencionalmente focado em mulheres? Acredita que elas sejam mais afetadas com as questões do envelhecimento? Foquei de forma espontânea em mulheres, porque quando comecei a escrever, eu estava falando sobre mim. Foi bem natural. Mas acho que a questão da menopausa mexe muito com a parte hormonal e causa um desequilíbrio inclusive psicológico a mulher, de estado de humor e até químico mesmo. Então não sei dizer se as mulheres são mais afetadas, penso que sim por experiência própria, mas não tenho informações técnicas. Sendo assim, como fica a questão da diversidade de gênero do seu público? Acredita que os homens se interessem pelos assuntos e procuram envelhecer melhor? Elas representam a grande maioria do meu público, de fato. Mas tem alguns homens que frequentam o Viva a Coroa e até me mandam mensagens. Alguns deles ficam envergonhados de comentar no post e me mandam direct ,, falando coisas diferentes. As queixas masculinas talvez estejam um pouco mais voltadas para questões da virilidade, e da perda dessa agressividade que a testosterona que vai sendo perdida traz. 

Qual pauta acredita ser mais importante para que a mídia trate sobre o envelhecimento? Além da saúde mental, que eu já mencionei, acredito que o preconceito é uma pauta muito importante para essa faixa etária. Assisti um vídeo recentemente que mostrava justamente uma mulher de 60 anos sendo forçada pelas pessoas em um lugar público a ir para a fila dos idosos. Mas ela se sentia plenamente capaz de estar na fila normal e se sentiu muito mal por isso. É preciso ter mais empatia, que é a palavra chave do Viva a Coroa. Essa crença errada de achar que as pessoas de uma determinada idade em diante não estão disponíveis para aprender coisas novas ou estarem ativas precisa acabar. 

Dicas práticas para manter o bem-estar na longevidade:

  • Faça terapia, seja ela o tipo que for, mas que faça o sentido pra você.
  • Tenha amigos, isso é muito importante, e marque de se encontrar com eles pessoalmente, porque o contato virtual não substitui os encontros.
  • Viaje, porque viajar amplia muito os horizontes, mais do que se imagina.
  • Esteja disposta a aprender coisas novas, principalmente no que diz respeito a diversificar sua cultura, ou aprender coisas novas com os outros, com os filhos, por exemplo.
  • Tenha sua própria fé e a exercite sempre que puder, com certeza faz muita diferença não só para mim, mas vejo pelos meus seguidores também.
  • Exercite-se! Não só o corpo, mas a sua mente também, com meditação, por exemplo.

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