Parada obrigatória
Aos 96 anos, o gerente comercial ostenta o recorde de 8 décadas trabalhando em um mesmo lugar - e diz que nem pensa em parar
8 de Novembro de 2020
“Enquanto eu tiver saúde, continuarei trabalhando”. Essa é a frase dita pelo gerente comercial de Santa Catarina, Walter Orthmann, em entrevista ao Correio Braziliense . O recordista, que já foi condecorado tanto pelo Guinness Book , o livro mundial dos recordes, quanto pelo Tribunal Superior do Trabalho brasileiro, que o entregou a honraria de Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho - título concedido aos que se destacaram em sua profissão de alguma forma.
E que destaque! A maior homenagem que a Justiça do Trabalho pode dar a um cidadão é justamente essa, que Walter recebeu. E não é pra menos, afinal, a sua trajetória dentro da empresa de indústria têxtil, na empresa catarinense RenauxView já ultrapassa 80 anos.
Por lá, ele entrou em janeiro de 1938, aos 15 anos, quando a empresa ainda chamava Renaux S.A. Seu primeiro cargo foi de office-boy, encarregado de levar e buscar as correspondências no correio e coletar o salário de todos os funcionários no banco - tudo isso de bicicleta. Depois passou por diversos cargos na área de vendas até chegar ao atual cargo, de gerente comercial.
Hoje, apesar de não viajar mais para representar a empresa, ele coordena toda uma equipe de representantes e de seus processos. Segundo a publicação do Guinness, ao longo de sua longa carreira, ele “coletou pagamentos em nove moedas diferentes e usou quase todas as companhias aéreas comerciais na história da aviação brasileira” como conta. Ele também conheceu os 14 presidentes que passaram pela empresa.
E, mesmo depois de ganhar o título, ele não pensa em parar de trabalhar e ainda revela: “o trabalho é o que me fez continuar nos últimos 81 anos. Espero que em janeiro 17 do ano que vem, data do aniversário do meu trabalho, poderei reivindicar mais uma extensão desse recorde mundial”.
Em entrevista ao jornal de sua cidade , ele ainda conta que suas duas principais motivações para trabalhar sempre foram “prover o sustento da família e colaborar para o crescimento de quem possibilita que eu sustente minha família". Hoje ele revela trabalhar por paixão e por que o trabalho o faz sentir vivo.
Ao Correio Braziliense, ele conta que seu segredo é cuidar do seu bem-estar e das suas relações. “Tenho a minha autonomia. Sempre pratiquei esportes e, mesmo hoje, faço 40 minutos de alongamento todos os dias. Tenho uma alimentação saudável, bebo dois litros de água diariamente, nunca fumei, não bebo refrigerante e evito sal e açúcar. Respeito todas as pessoas e tenho amizade com todo mundo”.
Descendente de alemão - língua que fala muito bem e responsável por seu sucesso na carreira - ele foi casado 2 vezes e possui oito filhos (um já falecido), oito netos e três bisnetos. A cidade onde reside e trabalha, Brusque, se localiza na microrregião de Blumenau e possui um dos índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais altos do país e como o lugar mais pacífico do Brasil segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Esses índices podem explicar também a marca incrível de vida que Walter chegou - não só de trabalho, mas de idade. Sua fama é tanta que ele já foi até mesmo destaque recente em uma escola de samba em São Paulo, cujo tema eram as revoluções industriais. Você confere o vídeo clicando aqui . Ele também possui um livro sobre sua história, chamado “Walter Orthmann - Um homem único”.
A mensagem que o célebre gerente deixa é a de que o trabalho pode sim ser uma paixão, mais do que uma obrigação. Ele inclusive pode ser uma força motora, que nos faz acordar todo dia e querer chegar mais longe.
Para ele “o trabalho, além de prover o sustento da família, nos dá dignidade. Trabalhar é saúde. Enquanto você trabalha, não pensa em bobagens. Tem-se um compromisso. Lá, eu tenho amizades, parece uma família”. E você, como encara o seu próprio trabalho?
Na oitava temporada do Podcast Plenae, nos emocionaremos com a força do amor paterno de Henrique Fogaça, representando o pilar Relações
30 de Maio de 2022
Qual é o verdadeiro segredo do sucesso? Como unir paixão, diversão, propósito, excelência e trabalho em um só lugar? Apesar de ser um chef renomado, Henrique Fogaça não possui essa receita para compartilhar. Mas em seu episódio para a oitava temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir, ele irá compartilhar muito mais: os seus primeiros passos na cozinha, o início do seu sucesso e sua paternidade.
Em uma vida de trabalhar em banco e estudar Comércio Exterior, é comum alimentar-se mal, ou ao menos, de comida congelada. Foi esse o start que despertou em Fogaça a vontade de ir para o fogão: a busca por uma comida mais saborosa no seu dia a dia. Com ajuda à distância de suas avós, é claro.
“Como eu não sabia nem fritar ovo, eu telefonava pra minha avó Liliza pedindo socorro. A primeira receita que ela me ensinou foi a de um bife empanado. Não saiu perfeito igual o dela, mas ficou bom. Depois, aprendi o bê-a-bá: arroz e feijão com um temperinho caseiro gostoso”, diz ele.
O que era uma necessidade tornou-se um hobby, uma distração. Curso de comida japonesa, petiscos nas festas de conhecidos, trabalho em um food truck: o início de sua carreira não teve nada em especial, não fosse o amor e a vontade de chegar longe. Foi quando a oportunidade de abrir seu primeiro estabelecimento - um pequeno café - surgiu, e sua vida mudou.
Fogaça, que já vinha abandonando sua antiga vida e carreira, abandonou de vez e começou a alçar o sucesso. E esse sucesso veio também em sua vida pessoal: ele se casou e teve sua primeira filha, a Olívia. Diferente do começo de sua carreira, o começo da vida de Olívia já de cara apresentou-se especial, diferenciado.
“Durante os dois ou três primeiros anos de vida dela, a gente procurou médicos geneticistas e hospitais tentando saber o que ela tinha. Ela passou por um monte de exames, mas ninguém dava um diagnóstico. A Olívia não andava, não falava e tinha que comer por sonda. É no mínimo curioso que eu, uma pessoa que trabalha para alimentar os outros, não pudesse alimentar a minha própria filha.”
Ela já aparentava ser um bebê frágil, condição que não mudou com o passar do tempo. Idas e vindas do médico e, 15 anos depois, até hoje ele não possui um diagnóstico completo da síndrome que acomete sua primogênita. Mas uma coisa já conseguiu: proporcionar uma melhora e um conforto na vida de Olívia graças ao uso de CDB, o canabidiol.
“Os primeiros resultados foram uma tranquilidade e um sorriso no rosto da Olívia. As convulsões que ela tinha diminuíram bastante. Esses pontos foram os primordiais do tratamento. O CBD atrelado com a dieta cetogênica só trouxe alegria pra gente. Quem tem preconceito contra o canabidiol é porque não tem informação. Eu só ouço elogios e perguntas de familiares de pessoas que também têm síndromes e acompanham a evolução da Olívia”, conta.
Hoje, apesar de ainda se alimentar por sonda, ela já consegue experimentar papinhas. Ela também esboça sorrisos, leveza no olhar e seus primeiros passos fora da cadeira de rodas. E o futuro, misterioso como é, reserva certamente muitas melhorias e evoluções na vida dessa família, que nunca desistiu de ser feliz.
Mergulhe nesse relato representando o pilar Relações, na oitava temporada do Podcast Plenae. Coloque seus fones de ouvido e entregue-se à essa história de superação e, principalmente, muito amor. Aperte o play e inspire-se!