Para Inspirar

Pedro Pacífico em “Os livros me ajudaram a ser quem eu sou”

O primeiro episódio da décima quinta temporada do Podcast Plenae é do influenciador digital Pedro Pacífico, representando o pilar Mente!

31 de Março de 2024



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Pedro Pacífico: É difícil explicar a sensação de controle constante pra quem nunca precisou esconder algo de alguém. Quando eu era adolescente, eu não compreendia direito o que eu sentia. Ainda assim, eu achava que eu não podia me comportar de alguma maneira que desse margem pra qualquer comentário que questionasse a minha sexualidade. Nessa tentativa, até o hábito da leitura foi prejudicado. Eu queria fazer parte do grupo de meninos populares da escola, que falavam de garotas, iam pra festas e não se interessavam tanto pelos estudos. A leitura, portanto, não fazia parte dessa cartilha.

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 Geyze Diniz: Pedro Pacífico, mais conhecido como Bookster, perfil que dá dicas de leitura nas redes sociais, nem sempre teve essa relação próxima com a literatura. Mas em um momento crucial de identidade própria foram os livros que não só fizeram companhia para ele como o ajudaram a se aceitar, enxergar novas possibilidades e valorizar outras perspectivas. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.

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Pedro Pacífico: Eu estudei numa escola alemã tradicional de São Paulo a vida toda. Era um colégio bem conservador, cheio de regras. Até a quarta série, todo mundo precisava usar meia e tênis brancos. Quando a diretora entrava na sala, os alunos tinham que se levantar e falar em voz alta: “Bom dia, Dona Fulana”. Eu sei que normas no ambiente escolar são importantes. Mas acho que a minha escola era rígida demais.

Eu não aprendi o valor da diversidade no colégio e acabei concluindo que ser diferente não era legal. Quando eu era criança, quase não se falava de bullying. Era comum ver os estudantes sendo insultados. Quem de alguma forma saísse do padrão esperado, pelo motivo que fosse, podia ser vítima de ofensas. Se eu escapei de um bullying intenso, foi porque eu vigiei o meu comportamento o tempo inteiro. Era um constante estado de alerta.

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 Desde pequeno, eu também fui percebendo que eu gostava de algumas coisas que fugiam do padrão da imagem do menino arteiro. As aulas de educação física, por exemplo, eram uma tortura pra mim. A partir de uma certa idade, meninas e meninos eram separados, e os meninos jogavam futebol. Toda aula eu inventava uma desculpa pra escapar.

A pressão não vinha só das crianças, mas dos adultos também. Meu pai é apaixonado por futebol e me levava ao estádio pra ver os jogos com ele. E eu só torcia pro jogo terminar logo. Pode parecer exagero, mas quando você tá numa situação de vulnerabilidade e não tem maturidade pra impor seus interesses, pequenos gatilhos causam muito sofrimento no dia a dia.

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Na pré-adolescência, eu fui ficando cada vez mais consciente de que a sensação que eu tinha de ser diferente estava ligada à minha sexualidade. A partir daí, esse estado de alerta passou a dominar a minha vida, como se eu guardasse um segredo muito valioso e que a qualquer momento pudesse ser descoberto. Mesmo com todo meu esforço pra tentar controlar o que os outros pensavam sobre mim, um dia cheguei na escola e li a palavra “gay” escrita em letras grandes no meu armário.

Eu comecei a reprimir os meus gostos, pra me encaixar nos padrões sociais. Com o tempo, eu já nem sabia o que era a minha personalidade e o que era uma imagem construída pra me camuflar na multidão. Até hoje, mesmo depois de me aceitar plenamente como eu sou, ainda tenho essa dificuldade.

 Quando chegou na fase pré-vestibular, eu senti uma ansiedade muito grande e acabei buscando ajuda de um psiquiatra e de um psicólogo. Como eu não admitia nem pra mim mesmo a possibilidade de ser gay, eu obviamente nem falei isso com o terapeuta. Coloquei a culpa da minha ansiedade na escolha da minha profissão.

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Acabei entrando no curso de direito da USP. E a transição de uma escola particular conservadora pra uma universidade pública que estimula o pensamento diverso foi fundamental pra esse meu amadurecimento. O convívio com estudantes de várias partes do Brasil começou a abrir a minha cabeça, mas ainda tinha um longo caminho a percorrer.

 Numa das primeiras festas da faculdade, eu vi um casal gay se beijando e reagi àquela cena com muito preconceito. “Nossa! Não tenho nada contra isso, mas precisa fazer isso na frente de todo mundo?”. Hoje eu sei que eu estava reproduzindo falas que eu ouvi a vida inteira, pela necessidade de mostrar que eu não era gay.

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Durante a faculdade, eu fiz um intercâmbio em Paris, na França. E mesmo morando sozinho em uma cidade onde ninguém me conhecia, eu não me sentia livre pra descobrir e experimentar a minha sexualidade. No fundo, eu sabia que provavelmente era gay, mas não me permitia pensar sobre isso. Então, eu me reprimia e tentava mudar de qualquer jeito.

E quando eu pensava no meu futuro, eu me imaginava casado com uma mulher e com filhos. Um dia, numa viagem pra Itália, eu senti um enjoo muito forte e tomei um remédio pra náusea. Sem motivo aparente, comecei a sentir uma ansiedade muito, muito grande, que eu nunca tinha sentido antes. O mal-estar aumentou, e eu tomei mais um comprimido pro enjoo. Na sequência, tomei o terceiro.

 Mas as sensações foram piorando. E eu perdi o controle do meu corpo, tive uma crise de choro que não parava. Liguei pra minha mãe, desesperado, e ela disse que aquela reação podia ser um efeito colateral do remédio. E foi o que de fato aconteceu: entrei na porcentagem dos raros pacientes que podem ter um efeito bem agressivo por conta de um simples remédio de enjoo.

Os sintomas agudos diminuíram depois de dois dias, mas o episódio desencadeou crises que me acompanharam por muito tempo. E eu logo voltei pro Brasil. A ideia de retomar a vida normal me dava ansiedade e medo de ter uma nova crise. Então, eu passei por uma fase de recolhimento interior, ainda que tentasse forçar uma vida normal. Foram meses pra conseguir encontrar uma medicação que conseguisse controlar essas minhas crises.

Os livros entraram com mais força justamente nessa época da minha vida, já que eles me davam uma sensação de acolhimento, de segurança. Num primeiro momento, eu não sabia o que eu gostava tanto de ler. Eu estava totalmente perdido no que ler. Até porque eu não nasci numa família de pessoas apaixonadas pela leitura, exceto pelas minhas duas avós.

Minhas irmãs não tinham o hábito de ler, nem os meus pais. Então, nessa época, eu fui procurar dicas de leitura nas redes sociais. Num primeiro momento, eu busquei livros de não ficção e de autoajuda que pudessem me ajudar a superar esses meus medos. As redes sociais acabaram sendo um guia pra me apresentar coisas diferentes, pra me encorajar a ler obras que eu achava que iam ser chatas ou difíceis. E assim eu fui me apaixonando cada vez mais pela literatura.

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 Os livros foram grandes companheiros e uma importante ferramenta pra melhorar a minha saúde mental. Eu nunca estava sozinho com um livro nas mãos. [trilha sonora] A leitura também significava um momento de relaxamento, como uma meditação. Enquanto eu lia, conseguia focar na narrativa e esquecer um pouco os pensamentos que perturbavam a minha mente.

Antes de mergulhar na literatura, eu achava que ninguém ia entender aquele aperto que eu sentia no peito. E quando eu me deparei com personagens que descreviam as mesmas dores e angústias, entendi que eu não era o único a sofrer daquele jeito. E aos poucos, eu comecei a entender um pouquinho mais sobre a riqueza da literatura. E foi aí que eu pensei: “Por que que as pessoas não tão falando tanto disso como deveriam? Eu preciso mostrar como a leitura tá fazendo bem para mim”.

Com o incentivo da minha namorada na época, já que ainda tinha relacionamentos com mulheres, eu criei o Bookster, um perfil no Instagram dedicado à literatura. Como naquela fase eu ainda não me aceitava como eu sou, eu criei o perfil de maneira anônima. Afinal, pra quem tinha um segredo a esconder, eu não queria me expor de forma alguma.

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O Bookster foi crescendo e, aos poucos, eu relaxei. Comecei a mostrar meu rosto nos stories, até que um dos meus amigos descobriu essa minha identidade secreta. E aí acabei contando pra todo mundo sobre esse meu perfil anônimo no Instagram. Recebi vários elogios e senti a segurança pra compartilhar com todo mundo esse meu espaço dedicado à literatura.

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 Depois de quase quatro anos, o meu namoro acabou. Ficar solteiro era um gatilho pra um velho stress. Eu teria que sair com mulheres e performar a masculinidade esperada de um homem heterossexual. Com os remédios pra ansiedade, viver dentro do armário era menos angustiante, mas ainda assim um fardo. Um dia, no final de 2019, eu estava no carro, sozinho voltando do escritório, e tentei falar em voz alta: “Eu sou gay”. Parece simples, mas eu não consegui. A voz não saía.

 Depois de alguns meses, comecei a considerar a possibilidade de sair com um homem. Entrei num aplicativo de relacionamento para homens gays e criei um perfil sem foto. Cada passo era uma luta interna enorme, principalmente pelo medo de ser descoberto. Em pouco tempo, eu conheci meu primeiro namorado e descobri uma paixão diferente, mais intensa.

Aos 27 anos, conheci a sensação que a maioria dos adolescentes conhece ainda na escola, de perder esse controle. A paixão me deu a força pra minha autoaceitação. Quando eu aceitei como sou, falei pra mim mesmo: “Agora chega de perder tempo e viver pelos outros”.

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 Não demorou muito e eu contei pra minha mãe que era gay. Nós dois choramos de emoção e ela me agradeceu por compartilhar esse segredo com ela. Eu senti que, pela primeira vez, estava vivendo por inteiro. Depois, contei pro meu pai, pro resto da família, pros amigos e pra minha ex-namorada. Todo mundo ficou do meu lado.

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 No fundo, eu sabia que a reação da minha família não seria ruim. O que eu mais tinha medo era do resto da sociedade: dos amigos, do pessoal do trabalho. E como eu cresci achando que o diferente era ruim, eu achava que a minha orientação sexual me definia por completo. Hoje, pra mim, ser gay é algo muito menor do que antes. É só uma parte de quem eu sou.

O próximo passo era contar a novidade também pros seguidores do Bookster. Tem gente que acha que assuntos íntimos não precisam ser divulgados na internet. Eu discordo. A minha família me aceitou como eu sou e eu tenho a minha independência financeira. Todos os meus privilégios me permitiram sair do armário de uma maneira muito positiva. Então, eu tento usar esses privilégios pra ajudar outras pessoas.

Muitos jovens da comunidade LGBTQIA+ têm famílias preconceituosas, extremamente religiosas e conservadoras. Eles dependem financeiramente dos pais e são expulsos de casa se falarem a verdade e foi justamente por essas pessoas que eu resolvi contar sobre a minha história. Eu postei um vídeo expondo a minha orientação sexual e perdi mais de 5 mil seguidores em um dia só.

Talvez essas pessoas lidem mal com a própria sexualidade, eu não sei..., mas isso foi só um detalhe. Eu recebi e continuo recebendo milhares de relatos maravilhosos e de mensagens de agradecimento. Eu também compartilhei a minha história em um TEDx e em um livro que eu publiquei. Dediquei o livro ao meu padrinho, um homem gay que hoje tem 94 anos.

A sexualidade dele era um tabu imenso na família. Ninguém falava sobre isso, a começar por ele mesmo. O meu padrinho precisou de 93 anos pra conseguir se aceitar. Hoje em dia, ele me liga toda semana pra falar que me ama e o quanto o meu livro mudou a vida dele.

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 Se há 10 anos uma vidente virasse e falasse pra mim: “Quando você tiver 31 anos, você vai tá namorando um homem, vai ser influenciador digital de literatura, vai ter feito um TEDx falando sobre sua sexualidade, vai ter escrito um livro autobiográfico e vai ter dedicado esse livro pro seu padrinho”, eu diria: “Você só pode tá confundindo a pessoa”.

Desde que publique meu livro em agosto de 2023, o “Trinta segundos sem pensar no medo”, eu recebo diariamente mensagens lindas de pessoas que se identificam com a minha história. Elas dizem: “Parece que você tá escrevendo sobre a minha vida; parece que você tá lendo o que se passa na minha cabeça”.

 E é maravilhoso poder ajudar os outros a enfrentarem seus medos, a terem orgulho das diferenças, a entenderem que os livros são uma companhia pras suas dores. É muito reconfortante a sensação de que a gente não tá sozinho. Na literatura, eu encontrei a sensação de acolhimento e de pertencimento. Os livros me ajudaram a assumir o meu verdadeiro eu e me mostraram um caminho de orgulho.

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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.

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Para Inspirar

O que vem antes: felicidade ou sucesso?

Pesquisadores buscaram desvendar a resposta de uma questão milenar que, por mais individual que pareça, pode encontrar ecos no coletivo.

21 de Janeiro de 2023


Felicidade é um assunto espinhoso. Ao fechar os olhos, seu ideal de felicidade pode ser completamente diferente da pessoa ao seu lado. Ainda assim, há algumas métricas que buscam olhar para esse termo de forma coletiva e científica. É o caso do bem-estar subjetivo, que te explicamos neste artigo, ou até mesmo das discussões mantidas no Congresso Internacional da Felicidade - cujo organizador também já esteve por aqui. 

Mas o assunto felicidade pode se tornar ainda mais complexo e espinhoso quando a carreira entra na jogada. Em uma sociedade capitalista, tendemos a confundir o que há de mais íntimo em nossa personalidade com a nossa versão do trabalho. E logo, trabalho e vida pessoal viram um só, assim como a nossa leitura de nós mesmos. 

Há um exercício simples que evidencia bastante essa complexidade: quando você vai se apresentar para alguém novo, quanto tempo você leva para dizer sua profissão? Provavelmente, é uma das primeiras coisas ditas nesse diálogo, logo após o seu nome e sua idade. 

E não há nada de errado nisso, importante dizer. A menos que você passe a se enxergar somente do trabalho e entenda sucesso somente como os ganhos na carreira. Neste artigo, inclusive, discutimos o porquê é importante falar de si mesmo e como fazer isso. 

O que vem antes…

Parece até mesmo discussão filosófica do tipo “o que veio antes, o ovo ou a galinha?”. E talvez seja. Mas afinal, o que vem antes, felicidade ou sucesso? Foi a pergunta que Paul Lester, professor associado de administração da Naval Postgraduate School, Martin Seligman, diretor do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia, e o falecido Ed Diener, um influente psicólogo americano, tentaram responder - e que a Fast Company publicou na íntegra.

Por cinco anos, os três pesquisadores acompanharam quase 1 milhão de funcionários do Departamento de Defesa dos EUA em todas as suas funções de trabalho, medindo sua relativa felicidade e otimismo com perguntas do Positive and Negative Affect Schedule e do Life Orientation Test (ferramentas usadas pelos militares para medir o bem-estar).

Essas respostas eram comparadas ao número de prêmios que cada um desses funcionários ganhou e suas descobertas foram publicadas no MIT Sloan Management Review, em um artigo intitulado como “Soldados felizes têm melhor desempenho”. Nesse caso, por ter prêmios envolvidos, o caminho para entender o que vinha antes foi até relativamente mais fácil.

A resposta que eles chegaram foi: aqueles com os maiores efeitos positivos de bem-estar tiveram quase quatro vezes o número de reconhecimentos de prêmios do grupo com as pontuações de bem-estar mais baixas. Eles ainda descobriram que, embora sentimentos negativos como tristeza e raiva levavam o indivíduo a conquistar menos prêmios, ter baixos níveis de emoções positivas, uma espécie de “apatia”, também surtiam o mesmo efeito..

“Conseguimos focar no impacto da felicidade como um preditor de desempenho”, diz Lester, um dos pesquisadores envolvidos. “Altos sentimentos negativos interferem no bom desempenho, e alto otimismo prevê maiores chances de desempenho superior no trabalho.”

O ponto principal do estudo é que você não precisa ter sucesso para ser feliz e não precisa ser feliz para encontrar o sucesso, já que as pessoas poderiam ser consideradas infelizes em comparação com seus colegas e, ainda sim, ganharem prêmios por desempenho. Mas houve sim uma taxa menor do que as pessoas que eram felizes em geral.

Portanto, a felicidade pode lhe dar uma chance maior de ser bem-sucedido. E com isso, não quer dizer que habilidades e conhecimento são menos importantes nessa conta, mas sim que a felicidade contribui e muito. Mas lembrando da questão que levantamos ainda no começo: esse sentimento pode variar muito conforme o que você considera que te faz feliz.

O que te faz feliz?

A pesquisa mencionada buscou pluralidade nessa resposta, já que foi feita com funcionários do Departamento de Defesa americano, o maior empregador individual do mundo. Por lá, há cerca de 190 tipos diferentes de empregos - de caminhoneiros e pilotos a médicos e advogados. Os pesquisadores foram capazes de analisar uma ampla faixa de campos e dados demográficos, raça, gênero, posse e características do trabalho.

E é justamente pela conclusão do estudo e por saberem que a felicidade pode ter várias faces que os pesquisadores incentivam as organizações a se concentrarem no bem-estar e no otimismo dos funcionários, já que isso é até mais fácil de garantir uma uniformidade. “A felicidade é importante e deve ser medida”, diz ele. “De certa forma, é um representante da saúde da própria organização. Há valor em medi-lo e desenvolvê-lo.”

Para isso, é preferível usar verdadeiras ferramentas de avaliação com os funcionários - como é o caso do Grau Plenae - em vez de confiar na intuição da gerência. Triagens comportamentais contratadas por essas instituições devem, preferivelmente, incluir perguntas sobre felicidade e otimismo. 

As organizações também devem prestar atenção à liderança e funcionários que podem deixar o ambiente tóxico, causando infelicidade em outras pessoas e impactando o desempenho. Te contamos neste artigo como perceber se o ambiente que você está é tóxico - alguns sinais são óbvios, mas outros podem ser mais sutis. 

Os pesquisadores ainda acreditam que é preciso treinar líderes para gerenciar melhor os funcionários pode ajudar, mas medidas mais severas, como demitir os funcionários mencionados no parágrafo anterior, possam ser necessárias para proteger a saúde mental geral da equipe.

Outro passo, ainda segundo o trio, é desenvolver a felicidade em sua força de trabalho. Para isso, os pesquisadores sugerem a implementação de exercícios simples, como incentivar os funcionários a prestarem depoimentos de gratidão a alguém que mudou sua vida para melhor, ou escreverem três coisas que correram bem todos os dias durante uma semana.

Por fim, os líderes precisam entender que são modelo para tudo, inclusive nesse aspecto. “Se os líderes desejam melhorar a felicidade dos funcionários, devem modelar o que é ensinado para que se torne parte integrante do léxico e da cultura da organização”, diz ele. “Aprendemos melhor observando outras pessoas. A grande lição é que a felicidade de seus funcionários é importante.”

Para o comunicador e artista Raphael Negrão, em entrevista ao portal Plenae, um líder precisa saber brincar, e saber brincar passa, obrigatoriamente, por saber ouvir atentamente e a partir dessa escuta, saber decifrar o que é divertido para cada um. Muitas vezes, um simples gif no meio de uma meia conversa já pode ajudar, comenta ele. 

Há muito o que discutir a respeito do tema, como por exemplo, o conceito de salário emocional que desmistificamos por aqui, que basicamente fala sobre todos os benefícios que ajudam a reconhecer aquele funcionário e tornar seus dias melhores sem ser necessariamente financeiro.  

O importante é saber priorizar o seu bem-estar - seja em um novo emprego, como te ensinamos aqui, ou em um emprego antigo - e lembrar que funcionário eficiente é funcionário que, antes de mais nada, é feliz consigo e com a vida que leva. E isso vale para o trabalhador comum e, principalmente, para os líderes, que devem estar atentos a esse trabalhador. 

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