Coloque em prática

Exercícios emocionais para fortalecer a saúde mental

Saúde mental é assunto sério e demanda acompanhamento de especialistas muitas vezes. Mas, existem alguns exercícios que você pode praticar para fortalecê-la!

17 de Março de 2023


Estamos em 2023 e o assunto saúde mental finalmente tomou força e forma. Deixando cada dia mais de ser um tabu, o tema tomou as mesas de família, os locais de trabalho e até as conversas mais frívolas de bar. Todo mundo conhece alguém que já tenha sofrido alguma questão de ordem emocional ou se encaixa no quadro pessoalmente falando. 

Por aqui, o assunto é exaustivamente trabalhado, sobretudo pelo nosso pilar Mente. Procuramos constantemente novas formas de abordá-lo, sob novas perspectivas e entendimentos. Na décima primeira temporada do Podcast Plenae, por exemplo, trouxemos Roman Romancini, um dos brasileiros a escalar o temido Monte Everest, para falar sobre sua preparação.

O que poucos sabem, por trás de sua conquista, foram os percalços que ele enfrentou para chegar lá naquele topo. É a história que se repete: sabemos dos ganhos, mas não sabemos dos esforços empenhados para esse ganho. E com Roman, não foi diferente.

Sem mais spoilers, vale a pena conferir o seu episódio na íntegra, que está de tirar o fôlego, como uma subida a uma montanha de milhares de metros. Mas esse episódio nos fez refletir: se é preciso tanta preparação física para essa empreitada, é preciso também muita preparação emocional - e isso é inclusive mencionado pelo próprio Roman ao longo do episódio.

Nem todo mundo irá subir o Monte Everest, isso é um fato. Aliás, pouquíssimos de nós, verdade seja dita, subirá sequer uma montanha um pouco mais íngreme aqui pelo Brasil mesmo. Mas todos nós enfrentamos desafios diários que podem ser equivalentes a essa subida, dependendo da perspectiva.

Partindo desse princípio, é de se esperar então que estejamos preparados para isso. Separamos, a seguir, alguns exercícios para fortalecer a sua saúde mental.

Os caminhos para a resiliência

Te contamos neste artigo como ser mais resiliente, essa atitude tão importante para o seu fortalecimento emocional e para lidar com as inevitáveis adversidades da vida. Todos começam com a letra A e podem ser colocados em prática por qualquer um: adaptação, assertividade, aprendizado, alívio, autoestima e amigos. 

Adaptar-se é uma das principais capacidades humanas, e se nossa espécie consegue, você, pessoalmente, também. Assertividade e aprendizado é saber aprender com os seus erros e passar para a próxima página de forma prática e superada. 

Alívio é encontrar maneiras de tirar o foco dos problemas que nos esmagam no dia a dia. Autoestima é saber que todo mundo vai errar e que isso não muda quem você é, afinal, os seus erros não te definem. E amigos é saber que você tem para onde correr em um momento difícil, para se fortalecer nessas relações.

O subjetivo como aliado

A espiritualidade é um dos nossos pilares Plenae e, além de fortalecer sua mente, pode servir de muito alívio e conhecimento também. No caso do estoicismo, que é uma corrente filosófica que desmistificamos por aqui, destacamos um de seus ensinamentos principais que podem servir de exercício para você. 

Chama-se visualização negativa e seu objetivo é justamente projetar o que de pior pode acontecer diante de um problema. Até onde ele pode chegar? Como ele pode me prejudicar? Uma vez que você tenha feito essa projeção, pode se dar conta que mesmo o pior dos cenários não é tão ruim assim, e visualizando-o previamente, pode também traçar caminhos para sair dessa situação. 

Gratidão, para que te quero?

Apesar da banalização dessa palavra em tempos de mídias sociais, a gratidão é um sentimento tão positivo e poderoso que vem sendo estudado há um tempo pela ciência em relação aos seus benefícios, como te contamos aqui. Mas sabemos que não é fácil senti-la assim, de um dia para o outro. Tanto que dedicamos um Plenae Apresenta todinho só para te ensinar como desenvolvê-la mais. 

Um dos atalhos possíveis para ser mais grato é manter um diário que deve ser preenchido diariamente com acontecimentos daquele dia que te fizeram se sentir grato. Isso pode ser difícil no começo, mas com o tempo e com a prática, você começa a sentir mais facilidade em enxergar as coisas boas ao seu redor, mudando sua perspectiva de vida para melhor e, claro, fortalecendo seu emocional, que é o foco deste artigo. 

Flexões emocionais: sim, isso existe

Proposta pela psicóloga clínica Emily Anhalt para seus pacientes durante a pandemia - e que ela contou ao Washington Post - as flexões emocionais teriam o mesmo objetivo de exercícios físicos, ou seja, o fortalecimento de um músculo. Nesse caso, o músculo seria o seu cérebro e ele estaria mais preparado para receber cargas emocionais mais complexas e lidar com o estresse, por exemplo. 

Mas, assim como sua musculação, é preciso colocá-los em prática com frequência, de preferência todos os dias. “Assim como malhar previne pressão alta e doenças cardíacas, estar em boa forma emocional pode ser uma postura proativa em relação ao controle do estresse”, diz ela. 

A terapia, é claro, dispensa comentários sobre sua importância. Porém, nem todos conseguem ter acesso a ela e, os que conseguem, precisam muitas vezes de reforços. Então suas dicas nesse sentido foram: 

  • Marque um encontro com a sua preocupação. “Defina um horário na sua agenda para se preocupar e ficar ruminando as coisas”, sugere. Reserve de 10 a 15 minutos para anotar seus problemas e, dessa forma, você consegue .

impedir que esse sentimento desconfortável assuma o controle.


  • Pratique a autorreflexão. Te contamos neste artigo a importância dessa prática, aliás, que agora é reforçada por essa especialista. Sentir mágoa ou irritação com o comportamento de outra pessoa pode refletir algo que não gostamos em nós mesmos, e desenvolver essa autoconsciência pode aumentar a empatia cognitiva, que é nossa capacidade de entender as emoções de outra pessoa a partir de sua perspectiva.


  • Faça as pazes com as emoções difíceis. Aprenda, por exemplo, a nomeá-las, como te contamos nesse artigo, porque assim é mais fácil gerenciá-las. Tentar esquecê-las é uma forma de escapar e não encarar o problema de frente, atitude que é essencial para a superação.


  • Exercite a curiosidade sobre si mesmo. Em um momento de ansiedade, por exemplo, ative o Sherlock Holmes que mora em você e se pergunte: de onde veio esse sentimento? O que eu estava fazendo antes dele chegar? Isso te indicará a origem para que você consiga visualizar o gatilho. 


  • Ainda sobre essa curiosidade, ela pode servir para te dar ainda mais autoconsciência quando aplicada no seu corpo. Durante uma crise de ansiedade, esteja curioso a respeito dos seus movimentos corporais. Pergunte-se qual pé está mais quente do que o outro, como está sua respiração. Isso irá acalmá-lo, distraí-lo e aumentar sua autopercepção.

Pronto! Agora você já tem caminhos de sobra para colocar em prática o quanto antes e se fortalecer. Lembre-se que momentos sensíveis não são sinais de fraqueza, mas sim, de humanidade, e que todos nós passaremos por ele em algum momento. Mas é preciso estar atento e forte, como nos ensinou Gal Costa.

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Por dentro do aromaverso

A tendência do momento é na realidade uma sabedoria antiga, mas que vem ganhando mais adeptos e mais estudos a respeito

5 de Setembro de 2023


Você pode até não saber, mas os cheiros não são parte dos nossos cinco sentidos essenciais de forma leviana. Vai muito além de somente sensações ou odores agradáveis: é graças ao cheiro que conseguimos nos salvar de situações perigosas, como vazamento de gás, que conseguimos distinguir comidas estragadas, dentre outras funções. 

Quando ficamos com esse sentido prejudicado, temos o que a ciência chama de anosmia, que é a perda total dessa capacidade. Sua perda parcial é chamada de hiposmia. Essas sensações ficaram bem constantes e ganharam mais notoriedade durante a pandemia da covid-19, já que esse era um dos sintomas clássicos de infecção das primeiras cepas. 

Os odores são tão importantes para a nossa espécie que exercem efeito até mesmo em nossas relações, segundo estudos. Sabe aquelas amizades em que o “santo bate” assim, de cara? Segundo pesquisadores, quando dois desconhecidos se dão bem de forma tão espontânea e imediata, é porque há uma semelhança de odor corporal entre ambos. 

Da mesma forma, o mecanismo dos odores atua na nossa reprodução. O chamado ferormônio é uma substância liberada em mamíferos e até insetos do sexo feminino que atrai de forma inconsciente um parceiro sexual. Ele funciona como uma mensagem de que aquela fêmea está fértil e pronta para acasalar. Nós, seres humanos, não fugimos a essa regra, mas esse odor age de forma muito sutil, não somos exatamente capazes de o sentir. 

Os cheiros gostosos - a aromaterapia

Agora que já falamos sobre esses cheiros, digamos, funcionais, ou seja, que possuem alguma função específica e não são necessariamente bons, é hora de falar sobre os odores agradáveis que também exercem alguma função no nosso corpo. 

A aromaterapia é uma terapia complementar que utiliza o aroma e as partículas liberadas pelos óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro, como explica esse artigo. Apesar de não constar como terapia autorizada pelo Conselho Federal de Medicina, que alega carecer de mais comprovações científicas, a prática já é amplamente adotada - inclusive pelo nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, nas chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

Sua função vai desde aliviar sintomas da ansiedade e depressão, até descongestionar nariz, auxiliar na concentração e aliviar dores musculares, alergias ou lesões. A aromaterapia é uma prática complementar, ou seja, ela não substitui um tratamento médico, mas sim, o auxilia e o otimiza. 

Além disso, é preciso consultar um especialista no assunto, afinal, cada odor possui a sua função específica, a sua dosagem, forma de aplicar - seja na pele, no travesseiro ou mesmo em um umidificador de ambientes - e alguns podem ser tóxicos em algum nível e gerar desde sintomas mais brandos, como dores de cabeça e náusea, até mesmo um nível de toxicidade maior que pode trazer problemas respiratórios mais sérios. 

Funções da aromaterapia

Como mencionamos anteriormente, a aromaterapia tem diferentes tipos de aplicações. As mais conhecidas são: 

  • Sintomas emocionais como ansiedade, depressão, estresse, agitação e irritabilidade;

  • Cansaço físico ou mental

  • Dificuldade de concentração

  • Falta de memória ou de energia

  • Insônia

  • Dor crônica, neuropatia periférica, dor nas articulações, dores de cabeça comuns, enxaqueca ou dor e tensão muscular

  • Reumatismo

  • Feridas, infecções na pele e acnes

  • Aumento da libido

  • Cólicas menstruais 

  • Má digestão e alívio de náuseas

  • Fortalecimento do sistema imunológico;

  • Gripes, resfriados e seus sintomas como tosse, nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta, etc. 

  • Tratamentos de alívio nos efeitos colaterais da quimioterapia ou em cuidados paliativos. 

Há alguns óleos mais famosos do que outros, seja pelo seu agradável odor ou pela amplitude de tratamentos que ele oferece. É o caso do óleo de lavanda, talvez o mais famoso de todos eles, que pode oferecer alívio nos sintomas de insônia, cansaço, irritabilidade, entre outros. 

Óleos como o de bergamota, alecrim, jasmim, manjericão, erva-cidreira, sândalo, patchouli, Ilangue-ilangue, eucalipto, entre outros, também figuram nas indicações de especialistas e nas prateleiras de lojas de produtos naturais.

Cada um oferece os seus respectivos benefícios. Para o alívio de acne, candidíase, micose e outros problemas de pele, por exemplo, o óleo de melaleuca costuma ser o mais indicado. Para emagrecer, há óleos que ajudam a acelerar o metabolismo, melhorar a digestão e a disposição para se exercitar ou inibir a fome, por exemplo. Limão, canela, hortelã-pimenta, gengibre são alguns dos principais nomes. 

Óleos como eucalipto, lavanda, gengibre ou cúrcuma possuem propriedades anti-inflamatórias que ajudam a aliviar os sintomas do reumatismo e dores musculares em geral. Mas o de lavanda, como já dissemos, também ajuda na insônia, justamente por trazer esse relaxamento total para o corpo. 

O uso da aromaterapia de forma aplicada

Há vários meios para usufruir desses benefícios dos óleos essenciais. Você pode pingar no chão do seu banheiro e esperar que o vapor do banho traga o seu odor, ou no caso de insônia, pingar no seu travesseiro. Há até alguns travesseiros que já são específicos para isso, como o Zen Sleep, que oferece os aromas de lavanda, camomila, entre outros.

Você pode usá-los ainda em massagens, preso a um colar específico para isso, sprays ou aromatizador - e bastam sempre poucas gotas, de 2 a 3 no máximo. Mas, no fim, todos possuem a mesma finalidade: serem inalados. Portanto, o meio mais eficaz de usufruir dos óleos essenciais é inalando ele diretamente, pois dessa forma as moléculas conseguem chegar mais rapidamente e facilmente no sistema límbico do cérebro, criando alterações buscadas no funcionamento do corpo. 

Mas, aqui vão algumas dicas para fazer um bom uso:

  • Inicie com com inalações leves e depois vá aumentando o número de inalações e a intensidade. 

  • Essa inalação pode ser feita diretamente do frasco ou então, pingue uma gota em seu pulso e as realize.

  • Comece com as inalações curtas, de 3 a 7 respirações seguidas, várias vezes ao dia. 

  • Depois as médias, de 10 a 15 respirações seguidas. 

  • Enfim, chegue às longas, de 10 a 15 minutos de respirações seguidas, 2 a 3 vezes ao dia

  • Para fazer as inalações corretamente deve-se respirar o óleo diretamente do frasco, inspirando profundamente e depois segurando o ar por 2 a 3 segundos, antes de expirar, como explicam os especialistas. 

Por fim, a aromaterapia não deve ser nunca feita por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação sem o acompanhamento de seu médico de confiança. Converse sempre com um especialista para gozar dos benefícios sem riscos!

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