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O uso de telas na infância: qual é o tempo saudável?

É impossível proibir seu filho de usar telas atualmente. Mas especialistas apontam para os riscos da prática exacerbada e dão dicas de como tornar isso saudável!

31 de Julho de 2023


Se você que está nos lendo é pai ou mãe, com certeza o uso de telas e os questionamentos ao redor do assunto já passaram pela sua cabeça. Em tempos modernos, onde nosso lazer, relações e até trabalho estão majoritariamente concentrados em um ambiente virtual, é quase ilusório imaginar uma rotina sem telas para os pequenos. 

Até porque, nem mesmo conseguiríamos dar esse exemplo, certo? E está tudo bem: usando com parcimônia e sabedoria, há muitos ganhos com a presença da tecnologia na infância. Mas, é preciso, claro, alguns cuidados. Ouvir o que os especialistas dizem pode ser sempre o primeiro e melhor caminho! 

A primeiríssima infância

A “Velha Infância”, cantada pelo grupo nacional Os Tribalistas, aqui pode ser cravada como a primeira infância. Segundo o Ministério da Saúde, esse período se dá desde a concepção do bebê - que é um feto, mas que já sente os estímulos externos -, até os seis de anos de idade. 

O que a ciência já sabe é que essa é uma fase bastante importante e extremamente sensível para o desenvolvimento do ser humano no futuro. É nesse período, afinal, que toda a sua estrutura emocional e afetiva é formada e que áreas fundamentais do cérebro relacionadas à personalidade, ao caráter e à capacidade de aprendizado são desenvolvidas.

E é por isso também que as experiências vividas nesse período, incluindo a própria gestação, como comentamos, influenciam e perduram por toda a vida. Neste artigo, te contamos um pouco mais sobre como o que carregamos dentro de nós desde que somos crianças reverbera até a nossa maturidade - e o que pode ser feito a respeito.

A boa notícia é que nessa fase, os estímulos positivos também são mais absorvidos e ficam igualmente marcados nessa criança. A primeira infância é, portanto, uma janela de oportunidades para que esse indivíduo desenvolva todo o seu potencial e forme uma arquitetura cerebral sólida e consistente. Aqui, é bem-vindo usar e abusar da neuroplasticidade, capacidade cerebral que todos nós temos, mas que é ainda mais potente na infância - e que te contamos com mais profundidade aqui. 

A iniciação tecnológica

Segundo a Organização Mundial da Saúde, antes dos dois anos de idade, a exposição a telas eletrônicas, seja por qualquer período de tempo, não é recomendada. Entre os dois e quatro anos de idade, esse tempo de tela “sedentário”, ou seja, que não possui nenhuma função educacional, por exemplo, não deve ser superior a uma hora por dia. Veja abaixo as recomendações: 

  • De 0 a 2 anos de idade: a exposição a telas não é recomendada

  • De 2 a 5 anos de idade: o mínimo possível, nunca ultrapassando 1 hora

  • Dos 5 aos 17 anos de idade: no máximo, duas horas por dia

A Sociedade Brasileira de Pediatria, em documento oficial, também endossou as mesmas diretrizes e ainda acrescentou mais algumas. São essas orientações:

  • Limitar o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão para crianças com idades entre seis e 10 anos;

  • Limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, sempre com supervisão; nunca “virar a noite” jogando para adolescentes com idades entre 11 e 18 anos;

  • Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir;

  • Oferecer como alternativas: atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável;

  • Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar;

  • Encontros com desconhecidos online ou off-line devem ser evitados; saber com quem e onde seu filho está, e o que está jogando ou sobre conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam), é responsabilidade legal dos pais/cuidadores;

  • Conteúdos ou vídeos com teor de violência, abusos, exploração sexual, nudez, pornografia ou produções inadequadas e danosas ao desenvolvimento cerebral e mental de crianças e adolescentes, postados por cyber criminosos devem ser denunciados e retirados pelas empresas de entretenimento ou publicidade responsáveis.

Os percalços tecnológicos

Segundo o mesmo documento, as novas mídias trazem um problema específico, que é preencher vácuos importantes para a formação de um ser. O ócio, tédio, necessidade de entretenimento, abandono afetivo ou mesmo pais ocupados, muitas vezes, com seus próprios celulares, são parte desse problema. 

As consequências, tanto do acesso a conteúdo inadequado quanto do uso excessivo, são várias: abusos de privacidade, distúrbios de aprendizado, baixo desempenho escolar, atrasos no desenvolvimento, entre outros. A SPB ainda reforça que, “experiências adquiridas por crianças e adolescentes por meio das telas – como a aprendizagem da agressividade e intolerância manifesta nos jogos e redes –, se não forem melhor reguladas, terão impacto no comportamento e estilo de vida até a fase adulta.”

Por fim, além dos problemas cognitivos já mencionados, o abuso de telas pode contribuir ainda para: 

  • Dependência Digital e Uso Problemático das Mídias Interativas;

  • Problemas de saúde mental: irritabilidade, ansiedade e depressão;

  • Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade;

  • Transtornos do sono e de alimentação: sobrepeso/obesidade e anorexia/bulimia;

  • Sedentarismo e falta da prática de exercícios;

  • Bullying & cyberbullying;

  • Transtornos da imagem corporal e da autoestima;

  • Riscos da sexualidade, nudez, sexting, sextorsão, abuso sexual, estupro virtual;

  • Comportamentos autolesivos, indução e riscos de suicídio;

  • Aumento da violência, abusos e fatalidades;

  • Problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador;

  • Problemas auditivos e PAIR, perda auditiva induzida pelo ruído;

  • Transtornos posturais e músculo-esqueléticos;

  • Uso de nicotina, vaping, bebidas alcoólicas, maconha, anabolizantes e outras drogas.

Nem tudo são espinhos

Se nem tudo são flores, nem tudo são espinhos. O documento assusta - e deve mesmo assustar, afinal, trata-se de um assunto sério. Mas, é tudo uma questão de hábito. Se o seu filho se habituou a ficar horas e horas em frente a tela, ele pode se habituar ao desmame também. 

Grande parte desse desmame precisará de uma atuação intensa dos pais. No lugar de uma tela para distraí-lo, é preciso que você enquanto tutor ofereça carinho e tempo de qualidade. Com o trabalho e as muitas demandas do dia a dia, isso pode ser um desafio, nós sabemos. Mas, como explica a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Grupo de Trabalho e uma das autoras do Manual da SBP nada substitui o afeto humano. 

“O olhar, a expressão facial, todo esse contato com a família é vital para a criança pequena. Uma fonte instintiva de estímulos e cuidados que não pode ser trocada por telas e tecnologias e são fundamentais para o desenvolvimento da linguagem, das habilidades cognitivas e sociais. Atrasos nessas áreas são frequentes em bebês que ficam passivamente expostos às telas, por períodos prolongados”, disse.

Além disso, mesmo durante o uso permitido, a mediação dos pais é extremamente necessária para a proteção até mesmo da integridade dos seus filhos. Respeitar a idade estipulada para cada vídeo ou filme, por exemplo, é um caminho seguro. Travar determinados conteúdos que podem ser inapropriados e até estar ao lado dele durante esse uso, mergulhando nesse universo, também. 

Você deve ainda servir de exemplo. Não use o celular à mesa ou em momentos familiares e restrinja o seu próprio tempo de tela - que fará bem para a sua saúde também, consequentemente - e, assim, observe os benefícios em sua relação. Práticas como sharentingque te contamos aqui, devem ser evitadas, ou seja, a alta exposição da imagem do seu filho circulando em suas mídias sociais.

O uso de telas irá acontecer, invariavelmente, como já dissemos. Mas, que tal instigar o seu filho para que esse uso seja destinado a coisas mais educativas, como canais específicos para sua idade e que tragam algum tipo de informação útil? Tudo de maneira muito lúdica, é claro, mas isso é unir o útil ao agradável. 

Por fim, se o problema for muito grave e o vício for intenso, psicólogos infantis já estão aptos a lidarem com essa situação que é uma herança dos novos tempos, impossível de fugir. Você pode procurar um profissional de sua confiança que irá ou não encaminhar para outros profissionais, em um tratamento multidisciplinar. Uma coisa é certa: estar atento ao problema já é o primeiro passo rumo à cura - que existe!

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Cinco dicas (naturais) para aliviar a ansiedade

A ansiedade pode virar a vida do avesso, pois afeta diretamente atividades básicas como o sono, a produtividade e a energia.

16 de Julho de 2018


A ansiedade pode virar a vida do avesso, pois afeta diretamente atividades básicas como o sono, a produtividade e a energia. Abaixo, seguem cinco técnicas naturais que ajudam a reconquistar o equilíbrio – que é fundamental quando você precisa de tempo exatamente para analisar e abordar as questões mais profundas que causam o estresse e a ansiedade.
    1. Elimine bebidas estimulantes - A ansiedade muitas vezes invoca a autoindulgência em uma tentativa de acalmar os nervos. Elimine ou reduza o consumo de açúcar, cafeína e álcool. Comendo proteínas a cada 2 ou 3 horas, você mantém regular o açúcar no sangue e recarrega a energia para continuar ativo e evitar ataques de fome. Para isso, faça um potinho com nozes ou um shake de proteínas para ter sempre à mão. Quando você sente aquela vontade irresistível de açúcar, dê uma ajuda a você mesmo escolhendo sabiamente e deliberadamente frutas orgânicas ou chocolate escuro orgânico. Esforce-se pelo equilíbrio, não pela perfeição. Não há nada de errado com indulgências inteligentes e prazerosas, especialmente quando você precisa de um pouco de conforto.
    1. Suplementos - Os suplementos naturais podem resolver a ansiedade sem os efeitos colaterais associados aos medicamentos. Cada corpo é único e responde de forma diferente aos gatilhos emocionais, ambientais, físicos e psicológicos. Consulte o médico e explore o que é mais eficaz para o seu corpo. Sempre faça uma boa pesquisa para encontrar suplementos de alta qualidade produzidos por empresas confiáveis. Os seguintes suplementos fornecem suporte extra durante os momentos de estresse:
      • O magnésio é considerado o mineral mais poderoso disponível para o relaxamento. Crítico para várias funções do corpo, esgota-se facilmente com o estresse.
      • As vitaminas B também abandonam o corpo durante períodos estressantes. Inclua, como suplemento, o Complexo B para melhorar o humor, energia e função cerebral.
      • A melatonina induz o sono profundo.
      • L-Teanina , componente natural do chá verde, é um aminoácido conhecido por reduzir a ansiedade e induzir a calma. Também pode aprimorar o foco mental. Funciona bem em ambientes de trabalho.
      • Plantas medicinais contra o estresse, como ginseng, rhodiola, manjericão sagrado, maca e ashwaganda, diminuem naturalmente os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e reabastecem as glândulas adrenais. Elas abordam simultaneamente outras questões como o desequilíbrio de açúcar no sangue, o sistema imunológico deprimido, níveis baixos de energia e libido.
  1. Óleos essenciais - Uma maneira barata de relaxar é manter uma garrafa ou duas de óleos essenciais na sua mesa de trabalho, bolsa ou armário de medicamentos. Inale ou coloque uma ou duas gotas na ponta dos dedos e bata levemente em suas têmporas, pulsos internos, terceiro olho, pescoço ou pés. Pode adicioná-los ao banho ou a um difusor. Há misturas de óleos essenciais feitas especificamente para enfrentar o estresse e a ansiedade. Os remédios à base de flores são outra opção, como as Florais de Bach, uma mistura suave de essências criadas pelo Dr. Bach para emergências e situações estressantes. A seguir, três tipos de óleos e suas funções:
    • Lavanda. Acalma o sistema nervoso.
    • Rosa. Eficaz para trauma romântico e estresse emocional.
    • Laranja. Potente analgésico aromático que os aromaterapeutas recomendam frequentemente como um tranquilizante.
  2. Respiração consciente - Prática simples e eficaz para aliviar a ansiedade e diminuir o estresse. Leva um minuto ou cinco (se você tiver) para respirar profundamente e redefinir seu sistema emocional. Em seguida, pergunte a si mesmo, onde a tensão se manifesta? Um estômago embrulhado? Um coração acelerado? Um nó em seu ombro? Uma dor de cabeça? O simples ato de reconhecer seu momento atual é, muitas vezes, suficiente para resolver a questão. Nunca perca a oportunidade de sintonizar-se com seu corpo, pois é aí que a magia acontece.
  3. Compaixão - Pratique a autocompaixão. Pode ser fácil olhar os erros das outras pessoas com compaixão e perdão, mas é mais difícil ter esse sentimento em relação a si mesmo. Comece a se olhar com compaixão. Aceite e perdoe as próprias fraquezas, dores e falhas. Estudos mostram que as pessoas que praticam a autocompaixão não são apenas menos ansiosas e menos deprimidas, elas são mais felizes e mais propensas a ter sucesso.
Leia o artigo original aqui.

Fonte: Monet Euan Síntese: Equipe Plenae

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