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Contato de 20 minutos com a natureza reduz o estresse

Segundo estudo, esse tempo é suficiente para reduzir o nível de cortisol no organismo

3 de Dezembro de 2019


O que o seu médico prescreve para o estresse? Segundo uma nova pesquisa científica, um tratamento barato e eficaz consiste em ter contato com a natureza por 20 minutos. Esse tempo é suficiente para reduzir significativamente no organismo o cortisol, hormônio do estresse. Estudos anteriores já vincularam experiências ao ar livre e bem-estar.

O avanço desta pesquisa foi determinar o período ideal de tempo em espaços verdes para obter o benefício. De acordo com uma das autoras do estudo, MaryCarol Hunter, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, uma pessoa deve passar de 20 a 30 minutos sentada ou caminhando em um local onde sinta a presença da natureza.

Para chegar a essa conclusão, Hunter e seus colegas pediram aos participantes que estivessem em contato com a natureza pelo menos três vezes por semana. Eles então testaram os níveis de cortisol por meio de amostras de saliva antes e depois da experiência ao ar livre. Os participantes foram incentivados a passar pelo menos 10 minutos fora de casa, sem duração máxima.

Eles também tinham liberdade para personalizar seus passeios, de acordo com seu estilo de vida e ambiente. As únicas restrições do estudo eram que, durante o período ao ar livre, as pessoas não praticassem exercícios aeróbicos extenuantes, não usassem o telefone ou a internet, não conversassem e não lessem.

Os pesquisadores descobriram que as maiores quedas no nível de cortisol foram observadas quando as pessoas passavam de 20 a 30 minutos sentadas ou caminhando. Espaços verdes em ambientes urbanos e a proteção de reservas naturais são necessários para a saúde a longo prazo de uma população cada vez mais urbanizada.

Fonte: Trevor Nance, para Forbes
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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Desmistificando conceitos: o que é a Biofilia?

Termo citado ao longo dos anos por diferentes autores explica a nossa relação com a natureza e porque ela se faz tão importante.

16 de Março de 2021


Como muitos dos termos que são desmistificados no Plenae, Biofilia tem uma explicação etimológica bastante literal: do grego, philia significa amor, enquanto bio significa vida. Logo, podemos traduzir em um primeiro momento como “amor à vida”, ou a natureza. Mas dá para se aprofundar.

Foi o que fez o autor Edward Osborne Wilson, em sua obra, “Biophilia”, publicada em 1984 pela editora de livros da Universidade de Harvard. Ele, que também é biólogo e entomologista, define o termo como sendo “uma tendência natural do ser humano voltar sua atenção para as coisas vivas.”

Stephen Kellert, professor de ecologia na Universidade de Yale, não poderia concordar mais. Para ele, a biofilia seria essa “inclinação inata” que temos na nossa relação com os processos naturais do mundo. Em conjunto, os dois especialistas cravaram: mesmo em um mundo moderno, a necessidade de nos conectarmos com a natureza segue sendo fundamental para a nossa saúde como um todo.

Um outro grande entusiasta do termo é o cientista David Suzuki, que em diferentes oportunidades em sua carreira, trouxe o tema à tona. Uma delas foi em seu documentário de 2005, Suzuki Speaks, onde o especialista se propõe a demonstrar como é preciso estarmos ligados a outras espécies da natureza para sermos “plenamente humanos”.

Que o natural exerce um verdadeiro efeito calmante em nosso corpo e mente, isso nós já te contamos nessa matéria . Aliás, calmaria não é o único benefício que ela pode te trazer: somente aqui, listamos 5 dos muitos outros fatores que ela traz e que podem contribuir para uma vida melhor. Até mesmo um hábito acessível como a jardinagem já pode trazer mais equilíbrio para seus pilares.

A biofilia dos dias

Uma vez entendido o conceito, é hora de analisá-lo na prática. E uma das aplicações mais comuns e vantajosas da biofilia é a integração da natureza no nosso ambiente, capaz de nos fazer mais felizes, saudáveis e produtivos .

E é por isso que os estudiosos das áreas de design e arquitetura possuem um olhar ainda mais crítico, urgente e direcionado à necessidade de elementos naturais ocupando a nossa visão e o lugar onde ficamos mais tempo. É o caso de Nikos Salingaros, um matemático reconhecido principalmente por seu trabalho em teoria urbana, teoria arquitetônica, teoria da complexidade e filosofia do design.

Em 2019, Salingaros explica a biofilia como sendo “uma resposta humana a seres animados e a geometrias complexas do ambiente construído que remetem ao ambiente natural”. Somos organicamente afetados pela natureza principalmente porque, apesar de acreditarmos que as cidades são a única realidade possível, na história do mundo, temos mais tempo ao lado das plantas e animais do que dos carros e prédios.

Se hoje vivemos em ambientes artificialmente construídos, só conseguimos chegar até aqui graças aos nossos primatas, que por milhares de anos sobreviveram em meio a natureza selvagem. Isso está em nosso DNA mais profundo e longínquo, mas também está em nossos dias, como no nosso prato. Há pouquíssimos elementos em nossa alimentação que não sejam provenientes dela novamente: a natureza.

Ter essa consciência de que o meio ambiente não é só benéfico para nós, mas também parte de nós, nos ajuda a entender porque estar em contato com ele nos faz bem de uma maneira até então inexplicável. Também nos faz enxergar sua presença nas miudezas do nosso cotidiano.

Essa “hipótese biofílica”, como alguns estudiosos costumam chamar, é o conjunto desses estudos que culminam sempre na mesma resposta: a exposição ao ambiente natural é fonte de inúmeros benefícios porque à ela pertencemos. Até mesmo em hospitais, o mais moderno de todos os ambientes, bebe dessa fonte.

Ao redor do mundo, alguns centros extremamente avançados já incluem em sua suntuosa arquitetura jardins verticais, praças, sons que se assemelham ao barulho dos ambientes naturais, dentre outras táticas. E os resultados, para nossa surpresa (ou não) são demasiadamente positivos, sobretudo em pacientes que enfrentam um longo tratamento.

Benefícios do contato com a natureza:

  • Redução dos níveis de estresse e, consequentemente, hormônios atrelados a ele.
  • Diminuição da pressão sanguínea
  • Menor percepção da dor e melhora na recuperação após longos tratamentos
  • Aumento da performance em ambientes de trabalho
  • Benefícios para a autoestima, saúde mental e até senso de humor
  • Maiores chances de um alto desempenho em tarefas cognitivas, sensoriais e memoriais.
  • Na infância, o aumento da qualidade de vida proveniente do contato com a natureza diminui substancialmente a ocorrência de distúrbios psicológicos

Agora você já está convencido de que a biofilia é um conceito que veio para ficar? Inclua a natureza em sua rotina sempre que conseguir! Você verá os resultados em pouco tempo!

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