As causas do envelhecimento são complexas e pouco claras.
22 de Novembro de 2018
As causas do envelhecimento são complexas e pouco claras. O relatório mais completo sobre longevidade já lançado,
The Science of Longevity
(em português, A Ciência da Longevidade), apresenta dois caminhos possíveis para a intervenções promissoras no processo de envelhecimento.
Primeira proposta.
Entender as causas profundas do envelhecimento e detê-las antes que os danos se instalem. Seria o mesmo que mexer nas engrenagens de um relógio para fazê-lo voltar a funcionar corretamente, segundo o relatório.
Segunda proposta.
Aumentar os investimentos nas pesquisas com drogas que já mostram resultados. Entre elas, as geroprotetoras. Muitas vezes reaproveitadas a partir de medicamentos já disponíveis no mercado, elas visam atuar em uma grande variedade de caminhos metabólicos que desempenham algum papel no envelhecimento. Antioxidantes, anti-inflamatórios e medicamentos que imitam a restrição calórica, que comprovadamente amplia a saúde em animais de laboratório.
As nanotectologias também entrariam nessa cesta de possibilidades. Nanopartículas de carbono, por exemplo, já demonstraram combater infecções virais e íons perigosos, além de estimular o sistema imunológico e prolongar a vida útil em camundongos – embora ainda haja dúvidas sobre a validade dos resultados.
O sangue é outra fonte promissora e surpreendente da juventude: estudos recentes descobriram que as moléculas do sangue de jovens rejuvenescem o coração, o cérebro e os músculos de roedores idosos. Leia o artigo completo
aqui
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Se olharmos para o Reino Animal, encontraremos alguns exemplos impressionantes de longevidade.
25 de Abril de 2018
Se olharmos para o Reino Animal, encontraremos alguns exemplos impressionantes de longevidade. Esses seres podem ajudar na compreensão do que é possível biologicamente. O tema permite explorar as conexões entre os Pilares Sistemas e Corpo e tentar responder como a evolução do envelhecimento no Mundo Natural pode ajudar nossa compreensão sobre a longevidade humana.
Várias plantas e animais vivem um tempo extremamente longo. Conheça uma pequena amostra de exemplares da Natureza
[1]
Lagostas
- 140 anos
Tartaruga irradiada
- 185 anos
Tubarão-da-Groenlândia
- 400 anos
Quahog do oceano
(molusco) - 507 anos
Baleia-da-Groenlândia
- 211 anos
Recifes de corais
– 4.000+ anos
Matusalém
(pinheiro) – 5.066 anos
Algumas espécies são imortais - o que significa que elas não estão sujeitas ao envelhecimento e podem viver indefinidamente, desde que não sejam destruídas ou sucumbam a doenças ou lesões:
Hidras
- são capazes de manter comprimento de seus telômeros, extremidades livres de um cromossomo. Em outros animais, essa estrutura se deteriora com a divisão celular, o que causa envelhecimento.
Água-viva Imortal
- em caso de doença, reverte o processo de envelhecimento retornando ao seu estágio de pólipo. Desse modo, reinicia seu processo de envelhecimento.
Planárias
– vermes que regeneram qualquer tecido envelhecido ou danificado.
Algumas espécies de tartarugas
- que possuem órgãos que não envelhecem.
Ciência Investiga Animais Centenários
Exemplares biológicos de longevidade indefinida já citados – hidras, recifes de corais e planárias – inspiram conhecidos centros de estudo – caso da Fundação Matusalém e Fundação de Pesquisa SENS – a explorar mais profundamente a biologia da longevidade em seres humanos. São numerosas as estratégias investigadas para inaugurar a “Era da Vida Útil Ampliada”, incluindo terapias genéticas, animações suspensas, medicamentos a base de nanotecnologia e vários tratamentos farmacêuticos.
Espera-se que os estudos sobre a Natureza forneça informações fundamentais para vencer o envelhecimento do corpo humano. Ao observar esses seres, os cientistas estão aprendendo processos importantes como rejuvenescimento dos tecidos, reversão dos danos celulares, conservação das células-tronco, como a divisão celular pode evitar mutações, manutenção do comprimento do telômero e o funcionamento das proteínas antienvelhecimento. Processos comuns a esses animais e estranhos ainda ao homem.
Uma das principais fundações de estudo do tema, a Matusalém
[2]
, dedica-se à engenharia de tecidos e a terapias de medicina regenerativa destinadas ao “prolongamento da vida saudável”. Um de seus fundadores, o médico Aubrey de Grey também criou a Fundação de Pesquisa SENS
[3]
– Estratégias de Engenharia para tornar a Senescência Insignificante ou Strategies for Engineered Negligible Senescence – que segue caminho parecido.
Essa última determinou sete elementos específicos para a reversão dos diferentes tipos de dano que causam o envelhecimento (por exemplo, mutações em cromossomos, “lixo” dentro das células e perda celular). Segundo o pesquisador, todos poderão ser reparados dentro de um futuro previsível
[4]
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Grey é uma figura inspiradora e provocadora, que empurra os limites da teoria científica e da pesquisa. No livro Ending Aging (Envelhecimento Final, 2007), ainda sem tradução no Brasil, ele escreve ser possível derrotar o envelhecimento em poucas décadas. A palestra que realizou para o TED Global em 2005, “Um Roteiro para o Fim do Envelhecimento”, foi vista mais de 3 milhões de vezes
[5]
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