O ingrediente secreto dos avós

Com as mãos enrugadas, ela estica a massa.

26 de Julho de 2023


Com as mãos enrugadas, ela estica a massa. Sova o conjunto de farinha, ovos, leite, fermento, tudo com uma força e delicadeza que não são antagônicas, mas sim, mágicas. A paciência é o melhor tempero, ela sempre dizia. Mas eu discordo: é o amor daquele ato de serviço que torna tudo inesquecivelmente saboroso e deixa uma sensação de que nada nunca mais será igual.

Falar de avós é ir além do cheiro da cozinha que toma todo o ambiente e embala em uma nuvem de afeto e segurança. É mais do que isso. Falar de avós é fechar os olhos e imediatamente ser transportado para um outro espaço-tempo do universo, onde esse laço parecia ser o suficiente para manter tudo, absolutamente tudo, amarrado. 

Falar de avós é falar também de ancestralidade. Do segredo que aqueles que vieram muito antes parecem guardar em um simples olhar. Do esforço para compreender, sejam as novas tecnologias, sejam as escolhas de seus netos que, em um outro tempo, não fariam sentido. De fé inabalável, seja ela qual for. 

Falar de avó é inundar-se de um bem querer imediato, de um respeito intransponível. É recordar de bordões hilários, de lições sábias e de ingredientes secretos. Mas a lembrança principal que os avós nos trazem é o colo. A doação. A continuidade. O abraço onde cabe o mundo, ainda que esse mundo seja somente uma família inteira. 

Para os que estão com a gente ou para aqueles que já completaram a sua linda trajetória: um feliz Dia dos Avós! A todos eles que pavimentaram os caminhos com doçura e destreza para que hoje a gente possa caminhar com liberdade. 

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Em colaboração com o serviço de notícias Inewsource, em San Diego, a repórter Joanne Faryon, da rede pública de televisão norte-americana PBS, relata como a música está atingindo aqueles que antes eram considerados intratáveis. Assista a reportagem completa em inglês aqui.


Fonte: PBS
Síntese: Equipe Plenae

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