São Paulo: há beleza em meio ao caos

São Paulo nem sempre é hostil.

25 de Janeiro de 2023


São Paulo nem sempre é hostil. Mas quando é, o faz com maestria. Te chacoalha, esmaga, condensa. Molha a barra do seu jeans para que o incômodo perdure por todo o dia, como um breve lembrete da vil capital que grita “a esquerda é livre!” no ouvido do desavisado.⁠

Por vezes, muda o clima. Em um mesmo dia, te faz suar e tremer, sentir que errou a roupa, o caminho, todas as suas escolhas. Paralisa em um trânsito de horas que te obriga a achar distrações. Mas te faz ser grato: poderia ser pior, poderia ser o metrô. Lar de todas as pessoas que começam o dia esperançosas ou sonolentas demais para pensar sobre. É um ponto de encontro de almas que gostariam de estar em outro lugar, mas há calor humano, não se pode negar.⁠

São Paulo te dá tantas opções de entretenimento que você acaba solitário no mesmo bar que frequenta há anos, tomando o mesmo drink que já fora mais gostoso. Mas de repente, ela te presenteia com um esplendoroso pôr do sol que insiste em aparecer mesmo sufocado por prédios que despontam de toda a parte, ainda que o espetáculo tenha alguma poluição envolvida. O amanhecer que cheira a chuva, gotas que lavaram a sujeira e renovam as apostas.⁠

SP é também a consciência do coletivo, o sorriso do morador de rua que te atinge no meio de uma passada rápida na calçada e te acompanha por todo o percurso. É a prestação de um serviço caro, mas eficaz, é o cachorro na rua que te segue da feira ao trabalho, deixando uma saudade genuína do que é simples.⁠

São as ruas, povoadas, pipocadas, coloridas. Cheias de vida 24 horas por dia, ora dolorosa, ora sorridente, mas viva. Pronta para te acolher, te oferecer, te ensinar um pouco mais sobre o outro, sobre si e sobre espaço. Uma vitrine de pequenos universos particulares que viajam em seus próprios fones, livros, celulares.⁠

É preciso assumir suas falhas e seus defeitos, não romantizar os seus desalentos. Mas é necessário enxergar beleza no que não se vê, assumir o belo que insiste em habitar até mesmo o duro concreto de suas curvas, que abrigam poesias não decifradas. Cabe a você entender a mensagem ruidosa de uma ligação sem sinal dentro de um túnel que São Paulo tenta te enviar. Você consegue?

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Para Inspirar

Evento Plenae: Qual o objetivo do Plenae

O objetivo é disseminar informações de uma maneira democrática sobre uma vida mais longa e saudável a partir de qualquer idade.

25 de Junho de 2018


Fundador e diretor de pesquisa e desenvolvimento da MetaIntegral , Sean Esbjörn-Hargens, um dos curadores de conteúdo do Plenae, teve uma das missões mais importantes no evento de lançamento da plataforma, ocorrido em São Paulo, em maio de 2018. Ele explicou ao público como e por que o portal nasceu.
O objetivo é disseminar informações de uma maneira democrática sobre uma vida mais longa e saudável a partir de qualquer idade. “Encontramos tantas informações sobre o tema que se tornou necessário evidenciar as conexões entre elas”, explicou Esbjörn-Hargens ao subir ao palco no evento de lançamento da plataforma. Sean mostrou um infográfico realizado pela Singularity University, que produziu um documento de 810 páginas sobre Longevidade em 2017. Ali, foram identificadas 600 entidades que estudam o assunto. São laboratórios, sites, livros e organizações que reúnem as mais diversas pesquisas. O desafio da equipe de Abilio Diniz, mentor do portal, é grande.
Outro desafio era buscar a conexão entre essas informações. Sean pontuou algumas:
  1. Supercentenários raramente vão além dos 115 anos. Hoje, esse é o teto da sobrevivência do organismo, mas isso está mudando.
  2. Alguns animais não envelhecem. Morrem ao virar alimento de outros seres vivos ou se ficarem doentes. É o caso da medusa.
  3. Em algumas categorias, as pessoas estão morrendo mais velhas e em outra, mais jovens.
  4. Pessoas que ganham o Nobel da Paz, em qualquer categoria, vivem mais um ou dois anos, quando comparados com os não ganhadores.
  5. As atitudes em relação ao envelhecer são mais importantes que dietas e exercícios para estender a vida.
  6. Os amigos – e não só a família – aumentam a expectativa de vida.
  7. Mais escolaridade significa bônus de anos de vida.
  8. As mulheres vivem mais do que os homens.
  9. Nos próximos 35 anos, as pessoas com mais de 65 anos serão o dobro no planeta.
  10. Hoje, as pessoas vivem mais, porém a maioria sofre com doenças crônicas.
  11. Mais sexo significa mais longevidade.
  12. Depois dos 25 anos, ficar sentado vendo TV reduz a vida em 22 minutos a cada hora assistida.
  13. Pessoas que vão à igreja vivem mais.
“Há muitos fatores de áreas diferentes que impactam na longevidade. Precisamos integrá-los. Por isso viemos com o Planae”, disse Sean à plateia. Antes de montar a própria empresa, a MetaIntegral, o curador trabalhou como presidente do Departamento de Teoria Integral e diretor do Centro de Pesquisa Integral da Universidade John Kennedy. Trata-se de uma linha que reúne todas as áreas –Psicologia, Filosofia, Ciência, Desenvolvimento Humano e dezenas de outros campos para a compreensão da humanidade. Hoje, o Plenae tem dezenas artigos divididos em quatro níveis de complexidade: geral (publicações de outros portais), profissional, acadêmico e pesquisa. O conhecimento disponibilizado foi dividido em seis pilares intrinsecamente conectados e com finalidade de promover o envelhecimento saudável.

Os seis pilares

  1. Corpo
  2. Mente
  3. Relações
  4. Espirito/Fé
  5. Contexto
  6. Propósito
“Um de nossos objetivos também era descobrir como traduziríamos essas informações em pequenas dicas para mudanças de hábitos de vida, que contribuíssem para que as pessoas adotassem atitudes colaborativas para o envelhecimento saudável.” Sabe-se que estas informações geram impacto na forma de pensar e agir e podem provocar mudanças importantes no dia a dia das pessoas que visitam o portal. “Quando comecei a trabalhar na plataforma, fui exposto a uma série de estudos. Então perguntei à minha mulher com quantos anos ela esperava morrer. Ela respondeu: ‘90 anos’. Pelos registros das pesquisas que havia lido, a expectativa dela era menor do que a real. Hoje, a minha geração pode viver até 120 anos. Já as minhas filhas, podem chegar a 150. Pensar nisso mudou meu mindset”, Sean conclui.

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