Parada obrigatória

Você olhou para o outro esse mês?

O que foi falado no Plenae em maio

4 de Junho de 2024


Você olhou para o outro esse mês?

Você olhou para o outro esse mês?
Começamos a newsletter deste mês levantando esse questionamento do título: você olhou para o outro nesses últimos dias? Ouviu do que ele estava precisando? Sentiu sua dor e suas alegrias junto com ele? Os recentes acontecimentos no Rio Grande do Sul evidenciaram essa máxima que é antiga, mas que por vezes esquecemos: fazer o bem sem ver a quem. 

A corrente de solidariedade nos lembrou de que juntos somos mais fortes e que apesar da tragédia, estender a mão ainda é o melhor que podemos fazer. E não é preciso esperar algo grandioso acontecer para colocar isso em prática. O fio condutor de muitos de nossos conteúdos de maio foi, sem querer, ajuda - em suas mais várias maneiras. Confira abaixo o que passou por aqui!
To do list com propósito
Ter uma lista de “coisas para fazer antes de morrer” pode te trazer propósito e um norte para a sua vida. Te contamos como e porquê isso pode ajudar no conteúdo relacionado ao quinto episódio da décima quinta temporada do Podcast Plenae, de Simone Mozzilli!
Da quebrada para o mundo
E o último episódio da décima quinta temporada do Podcast Plenae ficou por conta do produtor audiovisual Konrad Dantas, também conhecido como Kondzilla. Ele, que representou o pilar Contexto, contou sobre os caminhos que o levaram até os números de sucesso que conhecemos hoje e a importância da cultura nas favelas.
A arte como ferramenta
E pegando o gancho dessa fala tão importante de Konrad, fomos entender melhor sobre essa importância da cena cultural em comunidades. Descobrimos que a arte e suas diferentes manifestações trazem benefícios não só para a sociedade e para a mente de cada um, mas até mesmo para a economia local. 
Onde mora uma mãe?
Mora na suavidade do toque, que cura onde dói com a sutileza de uma brisa de outono. Mora no tempero do mais simples prato que se torna um banquete na velocidade da luz. Mora no olhar que compreende e parece enxergar o que ninguém é capaz e mora intimidade única, impossível de ser comparada. Feliz dia das mães!
Se organizar direitinho…
Todo mundo se fala sem brigar! Nessa matéria, trouxemos dicas de aplicativos que podem ajudar na rotina familiar das famílias que estão sofrendo com certos ruídos. Ao final, falamos com a fundadora do aplicativo Os Nossos, especialista em mediação familiar para casais já divorciados. Confira!
Virar chefe? Não, obrigada!
Estreamos mais um novo canal com você: os artigos no Linkedin! Por lá, falaremos sobre o mundo dos negócios, sempre com o olhar de qualidade de vida e hábitos do Plenae que você já conhece. E no nosso primeiro artigo, falamos sobre a tendência da nova geração em rejeitar cargos de liderança por ter outras prioridades.
E falando em trabalho…
Pode ser que você esteja perdido na sua carreira e mais: pode ser que se ache “velho demais” para esse tipo de dúvida. Mas fique tranquilo! É mais normal do que se imagina. No Plenae Entrevista de maio, conversamos com duas especialistas em orientação vocacional para entender mais sobre a área e trazer novos insights!
A força da solidariedade
Se você teve acesso à Internet nos últimos dias, então soube da tragédia no Rio Grande do Sul. Um sentimento em comum nos invadiu: como posso ajudar diante de um acontecimento que parece maior e mais forte do que todos os nossos braços juntos? E então, nos unimos. Falamos por aqui sobre a força da solidariedade!
O surto é coletivo…
Parece piada, mas não é: as pessoas estão muito estressadas e tem um lugar que parece pior lugar para isso: 72% dos brasileiros ativos no mercado de trabalho relatam sofrer de estresse. Falamos mais sobre esse assunto no nosso segundo artigo no Linkedin!
… E é contagioso!
Os dois assuntos se conectam: o estresse é contagioso. Mas por que isso acontece? É sempre negativo ou há algum lado positivo? Somos a única espécie a sofrer com isso? O que fazer a respeito? Essas e outras dúvidas foram respondidas por uma neurocientista em nosso artigo completo! 
Nos vemos em junho com mais novidades, mais conteúdo e muitas possibilidades de olhar para dentro com a seriedade e profundidade que o assunto merece. Fique atento às nossas redes e à sua rede de pessoas. Olhe sempre para o lado e sempre para dentro - e conte com a gente nessa jornada! Até breve!

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#PlenaeApresenta Regis Adriano e os recomeços improváveis

Na décima quarta temporada do Podcast Plenae, conhecemos a força de vontade que vence mesmo as piores adversidades em Corpo.

11 de Dezembro de 2023



A dependência química é uma doença. Esse fato que acabamos de constatar na última frase pode parecer óbvio para alguns, mas nem tanto para outros. Isso porque os dependentes químicos – as vítimas dessa doença -, são constantemente menosprezados e sofrem preconceitos diariamente por aqueles que acham que falta “força de vontade” em sua jornada.

Regis Adriano, representante do pilar Corpo na décima quarta temporada do Podcast Plenae, sentiu essa violência na pele. Ex-usuário de drogas, o seu vício o levou às ruas da Cracolândia, região onde se concentram usuários de todo tipo de substância, principalmente o crack, na cidade de São Paulo.

Mas é claro que esse triste cenário não se deu de um dia para o outro. Para contar essa história, Regis volta alguns anos em sua vida e constata ter sido sempre um “rebelde por natureza”. De pequenos furtos ao skate nos anos 80 – prática que era até mesmo proibida -, o hoje escritor traz em suas lembranças um quê de intransigência que parece fazer parte de seu DNA.

“Um dia, a minha mãe desconfiou que eu tava usando droga. Ela falou, brava: “Seu olho tá vermelho! Vem aqui, deixa eu cheirar a sua mão!”. Mas eu nunca tinha usado nada. Só porque ela me desafiou, aí que eu quis usar mesmo. Quando eu encontrei um amigo do skate fumando um baseado, pedi um trago. O que eu não sabia é que eu tenho predisposição genética pra ser adicto”, relembra.

Desde o primeiro trago, Regis gostou da sensação. De lá, passou para cocaína até que chegou ao crack. E nessa “loteria” invertida, onde o indivíduo não sabe se possui justamente essa tendência para o vício, Regis foi “sorteado” e entrou de vez para uma vida onde as violências estariam apenas começando.


“No terceiro ano, me envolvi com o tráfico. Eu achava que a vida dos traficantes era mais glamurosa que a minha. Eu pegava trem e entrava no trabalho às 7 da manhã. Enquanto isso, os traficantes andavam de carro e sempre tinham umas minas do lado. (...) No primeiro ano de tráfico, eu fui preso e condenado a 4 anos e seis meses de prisão. Eu fiquei 2 anos, 9 meses e 22 dias na cadeia”, relembra.

Nem mesmo nesse período, Regis largou a droga – pelo contrário, contraiu dívidas dentro da penitenciária para sustentar o seu vício. Mesmo depois de ganhar a liberdade e até mesmo um emprego para se reerguer, ele seguia perdendo para essa dependência que o levou a abdicar de tudo: dos bens materiais até a sua própria família.

Nada disso acontecia por “falta de vontade”, é claro. Regis relembra as diversas vezes em que se internou em casas de reabilitação, mas no momento da alta, a recaída vinha. Em uma dessas recaídas, ele desistiu e resolveu morar na rua, mais especificamente na Cracolândia, como te contamos anteriormente.

As violências por lá são muitas: a fome, a falta de banho, de dignidade, de olhar para um skatista e pensar que poderia ter sido esse o seu caminho, e até mesmo a violência verbal dos que passam e a física – seja da polícia ou de um skin head, como ele conta. A vida só começou a mudar quando Regis começou a olhar para o problema com a ajuda de um profissional do Centro de Apoio Psicossocial, o CAPS.

“O primeiro passo foi enxergar a minha responsabilidade por aquela situação de vida. Várias vezes eu falava: “Ah, o cara me ofereceu droga”. Eu punha a culpa no outro, não em mim. Aí o psicólogo me falou: “O que acontecer aqui é culpa sua”. Eu entendi que as drogas sempre vão existir no mundo. Depende de mim estender o braço pra pegar ou não”, pontua.

O mergulho proposto pela psicoterapia, como de praxe, foi sem volta. Mas foi só a partir desse mergulho que Regis conseguiu enfim voltar à margem, reconhecer os seus gatilhos e também o seu valor. O resto dessa jornada você confere no episódio completo e vale a pena ouvir, mas prepare-se para se emocionar. Aperte o play e inspire-se!

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