Coloque em prática

Os diferentes tipos de meditação - e como ela pode te ajudar

A prática milenar que ganha cada dia mais adeptos, pode ser feita de diferentes maneiras e trazer diversos benefícios.

18 de Fevereiro de 2020


Meditar, do latim meditari, é uma prática ancestral de origem incerta, justamente por ser tão antiga e difundida desde então. Contudo, seu significado literal encontrado em dicionários difere do significado que os estudiosos e praticantes utilizam para ela. Se procurarmos em dicionários de língua portuguesa, meditação estará relacionado a reflexão, estudo de pensamentos.

Mas o conceito oriental antigo é justamente o oposto desse, pois a meditação é foco, é conseguir parar de pensar e entrar em um nível mais avançado de percepção” explica Flávio Moreira, professor, palestrante de desenvolvimento pessoal e educador no Método DeRose.

Para as antigas tradições, a meditação seria um potente caminho para a evolução do ser humano. É como se fosse um próximo passo para que a inteligência emocional se aprimorasse, assim como a intuição se fortalecesse. Em outras palavras e desmitificando o processo: meditar é começar a treinar sua mente.

Por isso, seus benefícios a longo e a curto prazo são muitos.
“Já de imediato, a pessoa que entra nessa jornada começa a ter a melhoria do foco, queda de níveis altos de estresse, otimização até bioquímica do organismo e do cérebro, que é ativado em áreas antes inativadas, melhorando o conhecimento e a concentração. A longo prazo, o autoconhecimento que a prática gera segue por toda a sua vida e os benefícios mencionados perduram juntos” explica Flávio.

Até mesmo o seu sono e a forma como você encara a vida podem se modificar depois de um tempo praticando.
Não por coincidência, a prática e a longevidade têm muito em comum, pois vai retirando tudo que machuca e sobrecarrega do seu cenário. “A partir do momento que entende-se o corpo como seu eterno habitat, você começa a cuidar melhor dele. Os desafios continuam existindo, mas você os recebe de uma forma diferente.” explica Flávio.

Com isso, o ideal é que o indivíduo comece ainda jovem, para construir toda a sua vida em torno desse lifestyle mais leve, mas os resultados virão em qualquer fase da vida que se inicie a prática.
Mas então, como fazê-lo? Há duas formas principais: a primeira, mais indicada para iniciantes, é o foco através de símbolos, que podem ser imagens específicas para a prática, ou até imagens comuns, presentes no nosso dia a dia.

“Qualquer elemento serve, como um copo, ou até um ponto na parede que prenda sua atenção enquanto você aguarda em uma sala de espera, por exemplo” explica o educador. A ideia é focar nessa imagem escolhida por você e concentrar toda a sua atenção nela, afastando qualquer outro tipo de pensamento.

A segunda forma seria por meio de sons, que nada mais é do que uma troca de canal para aprimorar a técnica. Em meditações guiadas por profissionais, há mantras específicos, mas para encaixar no seu dia a dia, qualquer som contínuo já está valendo. “O som do ar condicionado, ou um tique-taque de relógio, por exemplo, ou de uma cachoeira e um riacho. Contanto que ele seja constante o suficiente para que você possa se concentrar nele e somente nele” diz Flávio.

A dica principal é não brigar mentalmente consigo mesmo. No início do treinamento, a mente vai querer se agitar por natureza. O praticante deve ir, com bastante estabilidade, de encontro a esses pensamentos. Cortá-los de imediato. Isso inclusive vai educar os campos cerebrais a responder somente aos seus comandos. Teve um pensamento no meio da meditação? Corte-o e volte para o seu ponto de atenção.

Outra dica que pode te ajudar é procurar um profissional com experiência na área, de preferência que lecione de forma sistêmica, tratando a meditação como parte de um processo maior, que é a evolução pessoal tanto do físico quanto do mental. “As pessoas têm muito foco em objetivos secundários, e começa a perder a alma da coisa. Cuidar do maior, que é sua qualidade de vida, é o essencial, porque o resto vem naturalmente e genuinamente” comenta Flávio.

Aplicativos que podem te guiar no começo também são bem-vindos!
“O tempo inicial recomendado é de 5 minutos, mas pode ser menos para uma pessoa ainda muito dispersa ou ocupada, mas a ideia é que ela deve subir gradativamente conforme ela sentir um aumento de foco no dia a dia” explica o especialista. Também não há regra de horários, mas a recomendação é meditar ao acordar, para começar o seu dia com a percepção otimizada e limpa, sem ruído e sem preocupação.

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Por dentro do aromaverso

A tendência do momento é na realidade uma sabedoria antiga, mas que vem ganhando mais adeptos e mais estudos a respeito

5 de Setembro de 2023


Você pode até não saber, mas os cheiros não são parte dos nossos cinco sentidos essenciais de forma leviana. Vai muito além de somente sensações ou odores agradáveis: é graças ao cheiro que conseguimos nos salvar de situações perigosas, como vazamento de gás, que conseguimos distinguir comidas estragadas, dentre outras funções. 

Quando ficamos com esse sentido prejudicado, temos o que a ciência chama de anosmia, que é a perda total dessa capacidade. Sua perda parcial é chamada de hiposmia. Essas sensações ficaram bem constantes e ganharam mais notoriedade durante a pandemia da covid-19, já que esse era um dos sintomas clássicos de infecção das primeiras cepas. 

Os odores são tão importantes para a nossa espécie que exercem efeito até mesmo em nossas relações, segundo estudos. Sabe aquelas amizades em que o “santo bate” assim, de cara? Segundo pesquisadores, quando dois desconhecidos se dão bem de forma tão espontânea e imediata, é porque há uma semelhança de odor corporal entre ambos. 

Da mesma forma, o mecanismo dos odores atua na nossa reprodução. O chamado ferormônio é uma substância liberada em mamíferos e até insetos do sexo feminino que atrai de forma inconsciente um parceiro sexual. Ele funciona como uma mensagem de que aquela fêmea está fértil e pronta para acasalar. Nós, seres humanos, não fugimos a essa regra, mas esse odor age de forma muito sutil, não somos exatamente capazes de o sentir. 

Os cheiros gostosos - a aromaterapia

Agora que já falamos sobre esses cheiros, digamos, funcionais, ou seja, que possuem alguma função específica e não são necessariamente bons, é hora de falar sobre os odores agradáveis que também exercem alguma função no nosso corpo. 

A aromaterapia é uma terapia complementar que utiliza o aroma e as partículas liberadas pelos óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro, como explica esse artigo. Apesar de não constar como terapia autorizada pelo Conselho Federal de Medicina, que alega carecer de mais comprovações científicas, a prática já é amplamente adotada - inclusive pelo nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, nas chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

Sua função vai desde aliviar sintomas da ansiedade e depressão, até descongestionar nariz, auxiliar na concentração e aliviar dores musculares, alergias ou lesões. A aromaterapia é uma prática complementar, ou seja, ela não substitui um tratamento médico, mas sim, o auxilia e o otimiza. 

Além disso, é preciso consultar um especialista no assunto, afinal, cada odor possui a sua função específica, a sua dosagem, forma de aplicar - seja na pele, no travesseiro ou mesmo em um umidificador de ambientes - e alguns podem ser tóxicos em algum nível e gerar desde sintomas mais brandos, como dores de cabeça e náusea, até mesmo um nível de toxicidade maior que pode trazer problemas respiratórios mais sérios. 

Funções da aromaterapia

Como mencionamos anteriormente, a aromaterapia tem diferentes tipos de aplicações. As mais conhecidas são: 

  • Sintomas emocionais como ansiedade, depressão, estresse, agitação e irritabilidade;

  • Cansaço físico ou mental

  • Dificuldade de concentração

  • Falta de memória ou de energia

  • Insônia

  • Dor crônica, neuropatia periférica, dor nas articulações, dores de cabeça comuns, enxaqueca ou dor e tensão muscular

  • Reumatismo

  • Feridas, infecções na pele e acnes

  • Aumento da libido

  • Cólicas menstruais 

  • Má digestão e alívio de náuseas

  • Fortalecimento do sistema imunológico;

  • Gripes, resfriados e seus sintomas como tosse, nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta, etc. 

  • Tratamentos de alívio nos efeitos colaterais da quimioterapia ou em cuidados paliativos. 

Há alguns óleos mais famosos do que outros, seja pelo seu agradável odor ou pela amplitude de tratamentos que ele oferece. É o caso do óleo de lavanda, talvez o mais famoso de todos eles, que pode oferecer alívio nos sintomas de insônia, cansaço, irritabilidade, entre outros. 

Óleos como o de bergamota, alecrim, jasmim, manjericão, erva-cidreira, sândalo, patchouli, Ilangue-ilangue, eucalipto, entre outros, também figuram nas indicações de especialistas e nas prateleiras de lojas de produtos naturais.

Cada um oferece os seus respectivos benefícios. Para o alívio de acne, candidíase, micose e outros problemas de pele, por exemplo, o óleo de melaleuca costuma ser o mais indicado. Para emagrecer, há óleos que ajudam a acelerar o metabolismo, melhorar a digestão e a disposição para se exercitar ou inibir a fome, por exemplo. Limão, canela, hortelã-pimenta, gengibre são alguns dos principais nomes. 

Óleos como eucalipto, lavanda, gengibre ou cúrcuma possuem propriedades anti-inflamatórias que ajudam a aliviar os sintomas do reumatismo e dores musculares em geral. Mas o de lavanda, como já dissemos, também ajuda na insônia, justamente por trazer esse relaxamento total para o corpo. 

O uso da aromaterapia de forma aplicada

Há vários meios para usufruir desses benefícios dos óleos essenciais. Você pode pingar no chão do seu banheiro e esperar que o vapor do banho traga o seu odor, ou no caso de insônia, pingar no seu travesseiro. Há até alguns travesseiros que já são específicos para isso, como o Zen Sleep, que oferece os aromas de lavanda, camomila, entre outros.

Você pode usá-los ainda em massagens, preso a um colar específico para isso, sprays ou aromatizador - e bastam sempre poucas gotas, de 2 a 3 no máximo. Mas, no fim, todos possuem a mesma finalidade: serem inalados. Portanto, o meio mais eficaz de usufruir dos óleos essenciais é inalando ele diretamente, pois dessa forma as moléculas conseguem chegar mais rapidamente e facilmente no sistema límbico do cérebro, criando alterações buscadas no funcionamento do corpo. 

Mas, aqui vão algumas dicas para fazer um bom uso:

  • Inicie com com inalações leves e depois vá aumentando o número de inalações e a intensidade. 

  • Essa inalação pode ser feita diretamente do frasco ou então, pingue uma gota em seu pulso e as realize.

  • Comece com as inalações curtas, de 3 a 7 respirações seguidas, várias vezes ao dia. 

  • Depois as médias, de 10 a 15 respirações seguidas. 

  • Enfim, chegue às longas, de 10 a 15 minutos de respirações seguidas, 2 a 3 vezes ao dia

  • Para fazer as inalações corretamente deve-se respirar o óleo diretamente do frasco, inspirando profundamente e depois segurando o ar por 2 a 3 segundos, antes de expirar, como explicam os especialistas. 

Por fim, a aromaterapia não deve ser nunca feita por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação sem o acompanhamento de seu médico de confiança. Converse sempre com um especialista para gozar dos benefícios sem riscos!

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