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Seis maneiras de fazer novos amigos

Comprovadamente um dos pilares importantes para a nossa saúde, aprenda a fazer novas conexões de forma mais natural e espontânea

13 de Fevereiro de 2019


1. Aprenda a identificar oportunidades
“Nós perdemos chances de fazer amigos todos os dias”, diz Kate Leaver em seu livro The Friendship Cure (A Cura da Amizade, em tradução livre). Leaver aconselha ter coragem de dar pequenos passos quando as oportunidades surgirem.

“Em vez de forçar uma conversinha com o seu vizinho gentil, peça-lhe um pouco de café e faça disso uma oportunidade para conhecê-lo. Em vez de deixar uma festa sem pegar o contato da irmã do namorado da sua amiga, adicione-a no Facebook e convide-a para um café. Você ficará surpreso com quantos amigos em potencial já estão em sua órbita”, afirma ela.

2. Siga seus interesses
Participar de um grupo, clube ou aula é uma forma eficaz de conhecer pessoas. “Unir-se para uma atividade, projeto ou meta compartilhada é uma experiência que pode promover vínculos e conexões”, diz a terapeuta Miriam Kirmayer. Escolha um desafio ou habilidade pelo qual você é apaixonado, porque assim se divertirá e se sentirá mais à vontade para iniciar uma conversa.

3. Permita-se ser vulnerável
Pode ser assustador tentar fazer amigos. E se suas iniciativas forem rejeitadas? Leaver e Kirmayer dizem que um grau de vulnerabilidade é necessário para tentar fazer amizade. Mas se fechar para o mundo não vai ajudá-lo.

4. Use tecnologia - mas não exclusivamente
"Mídias sociais podem ser extremamente benéficas para fazer amigos quando adulto”, diz Kirmayer. Mas, acrescenta ela, as redes não substituem as interações pessoais. “Quanto mais confiamos nos aplicativos, menos prática temos com os tipos de conversas e experiências que realmente nos permitem criar amizades íntimas, em oposição a conexões superficiais.”

5. Não coloque muita pressão nisso
À medida que envelhecemos, nossas amizades inevitavelmente mudam. De acordo com um estudo publicado em 2016, atingimos nosso pico de amizades aos 25 anos. Quando tentar fazer amigos na vida adulta, não coloque muita pressão sobre a outra pessoa, nem espere muito dela.

6. Faça perguntas e ouça
Uma dica simples, diz Leaver, é fazer perguntas e escutar ativamente. Isso não quer dizer que você deve sair por aí interrogando pessoas, mas demonstrar interesse genuíno pelo outro. Fazer perguntas e ouvir as respostas pode levar você a um longo caminho no sentido de estabelecer conexões mais significativas.

Leia o artigo completo aqui.
Fonte: Amy Sedghi
Síntese: Equipe Plenae

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Coloque em prática

Como me reconectar com meus filhos?

Se esse laço está um pouco frouxo, respire fundo, pois nem tudo está perdido. É possível apertá-lo com ajuda de algumas dicas e uma dose de paciência e empatia

17 de Janeiro de 2024


Nos primeiros anos de vida de um ser humano, os tutores são o grande norte de sua vida e representam tudo que ele tem. Com o passar do tempo, é natural - e até mesmo esperado - que essa criança ganhe independência e explore novos horizontes. 

Nesse processo, o mundo lá fora parece ganhar uma amplitude nunca antes vista e uma importância maior do que qualquer outra coisa em sua vida. Os amigos se tornam parte fundamental da sua formação e o distanciamento em casa pode acontecer.

Mas, o que fazer a respeito? Como se reconectar com esse filho que pode ir ficando cada vez mais distante? Te contamos melhor abaixo!

Entendendo as fases


Nascemos, crescemos e morremos - essa é a ordem para todos nós se não houver nenhuma infeliz intercorrência no meio do caminho. Mas o segredo está nessa segunda fase: crescemos. Afinal, esse crescimento não se dá da mesma maneira para todos, tanto no âmbito individual quanto social.


Há, por exemplo, a primeira infância, que como te explicamos neste artigo, é um período que reverbera por toda a vida adulta. Já a adolescência é um conceito moderno, visto que há cem anos um jovem de 14 anos possuía outras atribuições e expectativas do que o mesmo jovem hoje em dia. 

O recorte cultural e socioeconômico também vai exercer um papel importante no entendimento desses conceitos. A falta de independência e prolongamento dos estudos são alguns dos fatores que fazem a adolescência ir para além dos 18 anos, como explica esse artigo no Jornal da USP.

Mas há um consenso entre a academia científica e, claro, os tutores: esse período que se estende, aproximadamente, dos 12 aos 18 anos, pode ser desafiador em diferentes aspectos. Essa fusão entre muitos hormônios que interferem no humor do indivíduo, atrelado a uma criação neuropsíquica de sua autonomia e independência, podem trazer ruídos dentro de casa. 

Isso porque esse jovem, que ainda está com o seu cérebro em desenvolvimento, pode ter dificuldade em se expressar da forma que os pais esperam, bem como ter a sua tomada de decisões afetada por um córtex pré-frontal ainda imaturo e uma necessidade social de estar com os seus semelhantes - a velha preferência pelos amigos que todo mundo já conhece.
 

O que fazer


Pensando nessa conexão, entrevistamos então um… adolescente! O resultado completo está neste artigo, publicado aqui no Plenae em 2021. Dentre suas dicas aos pais, Leonardo pontua: 

  • Deixar crenças positivas para seus filhos, dizendo “você consegue, tenha fé, compare você somente com você mesmo” 

  • Ser um espelho positivo 

  • Ensinar a importância de ter gratidão e do valor do esforço 

  • Evitar o excesso de “nãos” que pode ser prejudicial para a autoestima e também minar o seu livre arbítrio e a vontade de vencer na vida. 

  • Incluir os filhos na conversa da família, tanto no âmbito profissional quanto pessoal, pois prepara seu seu filho para o futuro desde já

Neste artigo do Washington Post, traduzido pelo jornal Estadão, o psicólogo, professor associado e codiretor do Programa de Psicologia Escolar e da Escola Colaborativa de Saúde Mental da Universidade de Wisconsin em Madison, Andy Garbacz, separa ainda outras dicas: 


  • Preste mais atenção ao positivo. “Nossos filhos nos mostram mais das coisas a que damos atenção – sejam positivas ou negativas. Preste atenção às coisas positivas, e as crianças vão mostrar comportamentos mais positivos. Da próxima vez que seu filho escovar os dentes, guardar os brinquedos ou disser algo gentil a um amigo, preste atenção, comente, diga que você percebeu e como está feliz”, diz. 

  • Confie em seus pontos fortes. “Reserve um tempo a cada semana para escrever o que ter filhos significa para você e quais são seus pontos fortes como pai ou mãe.”

  • Elogie seu filho quando ele seguir as expectativas - mas saiba acolher quando não. “Escreva algumas expectativas da família com as quais todos possam concordar, como guardar itens quando terminarmos de usá-los ou tratar os outros como você gostaria de ser tratado. Depois que todos concordarem com três a cinco expectativas, observe se seu filho as segue – elogie, encoraje, saiam para um passeio como comemoração.”

  • Conecte-se com a escola do seu filho. “Nossos filhos se beneficiam da consistência e, quando os adultos de suas vidas trabalham juntos, há mais consistência em casa e na escola.” Estar próximo aos amigos do seu filho também é importante para você e para ele!

Outra dica de ouro para restaurar qualquer relacionamento é a empatia, esse sentimento que falamos mais por aqui e que nos dá a capacidade de nos colocar no lugar do outro. É possível exercitá-la e achar a medida certa para senti-la, afinal, ela em excesso pode ser um problema também. 

Por fim, não se esqueça nunca de que você é o adulto da relação e deve estar mais preparado para lidar com esse indivíduo que está em formação - e que até mesmo a mentira tem um papel nesse processo, como te contamos aqui. Acredite: você é capaz inclusive de fazê-lo tomar melhores decisões, como também falamos por aqui. Paciência e amor, em primeiro lugar. 

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