Para Inspirar

A relação entre o cérebro e os diferentes exercícios físicos

Qual o efeito positivo que uma atividade física pode gerar em nosso cérebro? Como nossa produção hormonal responde a esses estímulos? Confira essas outras respostas

2 de Julho de 2020


Que o exercício físico é valioso para sua saúde física, isso você já sabe. Explicamos aqui como ele também pode melhorar a sua saúde mental e comorbidades relacionadas ao emocional, como a depressão. Mas e o seu cérebro?

Um único exercício pode beneficiar diferentes frentes da sua vida

E não importa qual seja ele. Estudos guiados pela Universidade de Harvard já comprovaram o poder que a dança, por exemplo, possui de fortalecer nossos processos cognitivos básicos, como memória e coordenação. Explicamos aqui também como correr pode ser uma atividade potente para diferentes frentes na sua vida.

Isso mesmo: atividades lúdicas e até de lazer como os dois exemplos acima, podem ser na verdade extremamente benéficas para sua saúde. E não importa o horário que elas sejam feitas: como explicamos nesta matéria , não há uma regra científica que o defina, o importante é que ele funcione dentro dos seus gostos e rotinas.

Não importa o exercício, o importante é se manter em movimento!

Mas então, qual é a novidade? Há ainda algo que você não saiba sobre os benefícios do exercício físico? Provavelmente sim! Em primeiro lugar porque há muito sobre esse universo que nem mesmo os cientistas saibam. O tema serve de constante material para os mais diversos estudos, sendo atualizado com frequência.

E graças a esses avanços, chegamos ao segundo ponto. Hoje já sabemos que o exercício físico é um potente aliado de um dos mais importantes órgãos do nosso corpo: o cérebro .

Assim como os músculos do corpo, quando exercitado o cérebro também se fortalece


Como isso funciona?

Assim como nossos músculos ou nossa potência respiratória, o cérebro e todo o seu conjunto de tecidos são fortalecidos quando estimulados a desempenhar diferentes atividades - e a física é uma delas.

No Canadá, mais especificamente em Vancouver, cientistas da University of British Columbia concluíram, após estudo com voluntários acima de 40 anos que, o simples fato de não passar o dia em frente a um computador, realizando movimentações simples no seu dia, já melhora seu desempenho em testes cognitivos e também atrasa processos como o da demência.

Esse mesmo estudo, quando mais aprofundado, levantou resultados positivos no que diz respeito a prática de exercícios físicos mais estruturados e complexos em relação a um fortalecimento cerebral. Práticas que exigem uma resposta rápida de improviso e interação com outros - como o vôlei, por exemplo - incitaram um grupo grande de neurônios a agir e se multiplicarem com maior velocidade.

Isso porque mexer o corpo ajuda a elevar a produção de uma molécula chamada BDNF, responsável por essa multiplicação de neurônios. Essa movimentação do corpo também produz em maior escala uma substância denominada por VEGF. É graças a ela que há um aumento nos vasos sanguíneos cerebrais.

Quanto mais exercícios, maior e mais diferentes os benefícios para seu cérebro

om isso essas células nervosas também passam a receber mais sangue no momento do exercício e, consequentemente ganham mais ramificações, para poder se comunicarem melhor. Isso é extremamente positivo para os processos que envolvem aprendizagem, por exemplo.

Outros fatores, outras melhorias

Se você pensa que acabou, está enganado. Um cérebro ativado por meio de exercício físico é ainda capaz de:

  • Produzir uma maior quantidade do hormônio Irisina, que realiza diversas reações químicas por todo o corpo, voltadas para o metabolismo energético. Isso é positivo para estudos voltados ao mal de Alzheimer, em boa parte causado por mudanças na forma que as células cerebrais usam a energia.
  • Produção das substâncias já amplamente conhecidas, serotonina e endorfina. Seu efeito de bem-estar no corpo gera o que cientistas chamam de “estabilização afetiva”, capaz de ajudar em melhorias no processo de memorização e raciocínio.
  • Melhora a qualidade do sono, o que mantém o processo de renovação celular mais acentuado e saudável. Como dissemos aqui , uma boa noite do sono é sinônimo de uma regeneração celular equilibrada. Isso ajuda o cérebro a se manter jovem, mais ativo e até mais criativo.
  • Melhora nosso estado de alerta e percepção, graças a ativação massiva das células neurais da parte pré-frontal do cérebro, responsável pelo nosso -pensamento crítico e tomada de decisão.
  • A coordenação motora é também uma das beneficiadas. Os exercícios estimulam o cerebelo, região cerebral que coordena nossas funções motoras.

Por trás de toda melhoria física, há um cérebro ativo e atuante para fazer o espetáculo do corpo e vida humana acontecer. Crie sua rotina de exercícios diária e, mais do que isso, enxergue-o como seu aliado, algo prazeroso a ser feito, e não obrigatório. Essa pequena mudança de mindset é também parte do processo organizacional e educativo do seu cérebro.

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Por que os voluntários vivem mais?

Quem doa seu tempo para outras pessoas colhe bem-estar, relações sociais e autocuidado

22 de Maio de 2019


Uma vez por mês, trabalho como voluntário ajudando a servir comida a pessoas que precisam. No fim do turno, depois que a cozinha e o salão estão limpos, sinto uma sensação de satisfação e reconexão com um propósito.

O pesquisador americano Allan Luks cunhou a sensação de euforia experimentada logo depois de auxiliar alguém de o "barato de quem ajuda". Luks definiu duas fases nesse processo: a primeira caracteriza-se por um humor elevado; a segunda, por um senso de calma mais duradouro. Esses efeitos eram maiores quando voluntários ajudavam estranhos. O voluntariado está associado a um risco de 20 a 60% menor de morrer, a depender do estudo.

As observações vêm de pesquisas epidemiológicas de longa duração. Uma pesquisa europeia recente constatou que as avaliações de saúde foram significativamente melhores em voluntários do que em não voluntários. A diferença equivale a cerca de 5 anos de envelhecimento.

Como o voluntariado poderia reduzir o risco de morte?

Existem vários fatores em jogo. O primeiro, e provavelmente mais significativo, é que a ação eleva o humor e, consequentemente, combate o estresse. Vários estudos forneceram evidências de que o voluntariado promove bem-estar e fortalece relações sociais, por exemplo.

Em segundo lugar, quem doa seu tempo regularmente também cuida melhor de si mesmo. Finalmente, voluntários podem ser mais ativos fisicamente. No levantamento Baltimore Experience Corps Trial, feito com idosos, as mulheres (mas não os homens) voluntárias caminhavam significativamente mais por dia do que aquelas que não faziam esse tipo de trabalho.

Alcançar conexão, propósito e significado é fundamental para atenuar elementos estressores da vida, particularmente a solidão. Quando temos propósito e estamos conectados a outras pessoas, tendemos a cuidar melhor de nós mesmos. Nossos antepassados compreenderam esses benefícios sem precisar de técnicas científicas modernas.

Fonte: David Fryburg
Síntese: Equipe Plenae
 Leia o artigo completo aqui .

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