Para Inspirar

Evento Plenae: O Futuro da Saúde e da Medicina

Já existe uma série de descobertas muito significativas, mas em áreas diversas da medicina, que precisam ser interligadas.

29 de Junho de 2018


Dono de um discurso muito rápido e encadeado, Daniel Kraft é especialista em medicina exponencial e sócio-diretor na Singularity University, um centro norte-americano de formação educacional muito diferente da maioria das escolas do mundo. Essa universidade está voltada a preparar os líderes das maiores organizações do globo para o futuro. E hoje, para Kraft, o sinônimo de futuro é tecnologia. Ele é formado em Medicina pela Universidade de Stanford, em Bioquímica pela Brown com residência em Harvard no Hospital Geral de Massachusetts e no Hospital Infantil de Boston. Mais recentemente fundou a Bioniq Health, focada em medicina personalizada. Com base nessa experiência, Kraft deu uma palestra na abertura oficial do Plenae, em maio, em São Paulo, conectando realidade, perspectiva de futuro e tecnologia em saúde. “A tecnologia está acelerando numa velocidade incrível. Temos oportunidade de melhorar a saúde”, disse logo na abertura. Segundo ele, já existe uma série de descobertas muito significativas, mas em áreas diversas da medicina, que precisam ser interligadas. “Para que todos aproveitem o máximo desse avanço, falta ainda conectar pontos estratégicos de progresso”. “Por exemplo, sou médico pediatra e hematologista. Quando vou ao hospital de Stanford ou Massachusetts, parece que estou no futuro. Agora, digitamos ao invés de escrever a mão. Ao mesmo tempo, na recepção ainda usam fax e os pacientes precisam esperar horas para falar com os médicos”. Hoje, as pessoas que são tratadas de uma doença crônica possuem um registro intermitente de seus dados. Elas são submetidas a muitos exames constantes. A informação é todas as vezes repassada aos médicos. O que isso significa? De acordo com Kraft, ainda temos uma medicina reativa e um seguro de saúde de reembolso. Espera-se o paciente ficar doente, ter um AVC, por exemplo, para ser tratado. “Precisamos prevenir, otimizar a saúde. Já está na hora de praticarmos uma medicina de evidência.” Atualmente, já existem vários aplicativos para os pacientes escolherem o remédio com o melhor preço e para avaliar hospitais e médicos. O iPhone, por exemplo, já virou um dispositivo médico. O computador já cabe em um relógio que pode trazer um diagnóstico. No cotidiano, a “uberização” das coisas já é uma realidade. “A empresa Uber conectou motoristas diretamente aos potenciais passageiros. Logo, haverá um aplicativo para ligar os médicos aos pacientes, às farmácias e aos hospitais.” Do mesmo modo que muitas coisas chegam às pessoas pelo aplicativo, o mesmo processo acontecerá com a saúde. “Já existem drones que levam remédios a locais inóspitos, inacessíveis. Precisamos ligar os pontos para trazer essa tecnologia para a saúde.” “Há dez anos a empresa de telefones Nokia era líder em celular. Hoje, a Apple domina. Imagine o que pode acontecer em dez anos”, diz Kraft, lembrando que muitos de nós pensamos linearmente, mas que precisamos pensar exponencialmente. “Não queremos quebrar paradigmas. A Singularity não é uma universidade convencional. Reunimos pessoas inteligentes para entender a tecnologia e descobrir como usá-la para resolver problemas com a pobreza, a saúde e tantas outras questões. Eu comecei a medicina exponencial. Temos 50 brasileiros. A dificuldade não está nas novas ideias, mas em escapar das velhas.” Sabe-se hoje que o uso de muito álcool e o estresse podem levar a doenças. Então, Kraft faz a seguinte sugestão: “se começássemos a medir nosso comportamento cardiorrespiratório com sensores colocados no pulmão, por exemplo. É possível, por meio de aplicativos portáteis, medir o peso, a massa muscular, formato do corpo e a glicemia – há uma lente de contato que checa esse item do sangue, por exemplo.” Ele vai além, dando exemplos rotineiros. “Temos uma postura ruim ao falar ao telefone, o que poderia ser resolvido se existisse um dispositivo para colocar nas costas e melhorar a saúde. Avaliar o número de passos que dou por dia e a qualidade do sono também é possível.” Segundo ele, a Apple já comprou empresas de sensores que podem ser colocados sob do colchão. Verificar a qualidade do hálito. Bafômetro para detectar doenças. Sensores para medir tremores, calorias e até a umidade de uma fralda. Airbags para evitar a queda de idosos. Câmeras para medir a taxa respiratória de um bebê seriam uma tranquilidade para as mães. “Dá para pensar em tudo isso, mas ninguém quer usar dez aplicativos diferentes. É preciso interligar tudo”, avisa o especialista. Realidade virtual. É fantástico como a RV está ficando cada vez mais barata. Kraft avisa que se trata de um forma fantástica de estar em uma montanha-russa, por exemplo. “Essa tecnologia pode ser usada para uma terapia. Pode-se usar isso para educação, para aprender coisas mais complexas sobre cirurgias e mesmo para democratizar a medicina.” Hoje, os pilotos usam dessa ferramenta para ter aulas de voo ou aprender a dirigir novas aeronaves. Mas, a RV poderia ser usada pela medicina para que o cirurgião praticasse uma cirurgia antes que ela acontecesse. “O preço está mais acessível. Sequenciar o genoma está mais barato – sai por apenas 200 dólares - mas com isso, eu consigo comprar as drogas que são mais adequadas para o meu corpo”, diz Kraft. Isso possibilita que tudo seja personalizado, da dieta ao exercício físico. “Não pense como estamos agora. Pense exponencialmente como estaremos em uma década”, conclui.

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Comecei a fazer 80 anos com 29

Abilio Diniz, empresário de 81 anos, esteve no palco do TEDxSãoPaulo em maio de 2018 para apresentar uma palestra sobre suas principais experiências na vida.

26 de Junho de 2018


Abilio Diniz, empresário de 81 anos, esteve no palco do TEDxSãoPaulo (evento regional do TED, uma organização sem fins lucrativos que tem a missão de promover ideias inspiradoras globalmente) em maio de 2018 para apresentar uma palestra sobre suas principais experiências na vida. No seu relato, Abilio contou que atividade física, alimentação saudável, controle do estresse, autoconhecimento, espiritualidade, fé, relações significativas e propósito são os pilares que o guiam até hoje e o fazem querer compartilhar seus conhecimentos e vivências com todas as pessoas. E foi apoiado nesses pilares que Abilio idealizou o Plenae, plataforma digital repleta de conteúdos, propostas e experiências para ajudar as pessoas a mudar hábitos e a conquistar uma vida mais longa e plena. Além de idealizador do Plenae, Abilio é presidente do Conselho de Administração da Península Participações, empresa de investimentos de sua família e membro dos conselhos do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil. Assista o TEDx.

 

Foto: Tatiana Pagamisse 

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