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A epidemia da solidão e seus efeitos em nosso corpo e sociedade

Estamos cada vez mais separados uns dos outros - e isso é negativo de maneiras diferentes para a nossa espécie. Leia mais sobre!

20 de Março de 2024


Solidão e solitude: há uma diferença grande entre os dois termos, diferença essa que te contamos melhor nesse artigo, um dos mais lidos em nosso portal. O primeiro é um estado forçado, uma situação pela qual a pessoa não procurou efetivamente e sente angústia em estar enfrentando-a. 

Já o segundo termo se refere a um estado intencional, onde a pessoa procura gozar de sua própria companhia e não vê problemas em estar sem pessoas ao seu redor - até porque, não se trata de uma condição permanente, muitas vezes, e sim, temporária. 

A solitude é como fazer as pazes consigo mesmo e aprender a gostar de estar em sua própria companhia. A solidão, por sua vez, traz melancolia e marcas psíquicas que podem ser profundas e muito negativas para a sua saúde, tanto a física quanto a mental. E a má notícia é que esse estado solitário parece estar se tornando uma epidemia em diferentes lugares no mundo. 

A epidemia da solidão


De norte a sul, a solidão está se tornando um problema. Uma pesquisa conduzida pelo cirurgião norte-americano Vivek Murthy trouxe alguns dados bastante relevantes sobre o tema, tendo os EUA como centro dos resultados: 

  • O impacto na mortalidade de estar socialmente desconectado é semelhante ao de fumar 15 cigarros por dia

  • De 2003 a 2020, o isolamento social médio entre os cidadãos cresceu de 142 horas mensais para 166, o que representa um aumento de 24 horas na média

  • Os mais afetados por esta tendência são os jovens, cujo tempo com os amigos foi reduzido em 70% nas últimas duas décadas

  • A solidão traz um risco aumentado de doenças cardiovasculares, demência, acidente vascular cerebral (AVC), depressão, ansiedade e morte prematura.

A consultoria Ipsos também realizou a sua própria pesquisa a respeito do tema, em 2020, mas de olho em outras partes do mundo. Em uma entrevista com mais de 15 mil pessoas, revelou-se que o Brasil lidera o ranking de solitários da América Latina, tendo 36% dos entrevistados revelando se sentirem sozinhos. Na sequência vem o Peru, com 32%, Chile com 30%, e México e Argentina empatados com 25%. 

A causa é tão séria e generalizada que a Organização Mundial da Saúde, responsável por tratar de temas que afetam toda a população mundial, criou uma Comissão Internacional para Conexão Social, que deve durar três anos e prevê lutar contra o que eles classificam como epidemia e consideram “uma ameaça premente para a saúde”. 

A nova comissão da Organização Mundial da Saúde será liderada pelo diretor-geral da organização Tedros Adhanom Ghebreyesus, pelo cirurgião-geral norte-americano Vivek Murthy - responsável pela pesquisa que mencionamos acima - e pelo enviado da União Africana para a Juventude, Chido Mpemba. Ela ainda é composta por 11 políticos, líderes de opinião e defensores de causas, como conta a Agência Brasil.


Em alguns lugares, como Reino Unido e Japão, foi criado uma espécie de Ministério da Solidão diante do aumento dos problemas decorrentes desse isolamento, como o número de casos de suicídio e depressão. Entre as ações do plano britânico, conta o jornal Estadão, estão campanhas e um fundo de £4 milhões (cerca de R$26,2 milhões) para organizações que proponham atividades que conectem pessoas. 

O jornal ainda conta que, em 2012, o sociólogo americano Eric Klinenberg, da Universidade de Nova York, destacou em seu livro que os quatro países com a maior proporção de domicílios unipessoais são nórdicos: Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca - uma proporção de lares com só uma pessoa varia de 40% a 45% do total. O problema, afinal, é generalizado. 

O perfil do solitário


Em entrevista ao jornal BBC, a professora do Champlain College, em Vermont, Estados Unidos, Sheila Liming, autora do livro Hanging Out: The Radical Power of Killing Time ("Sair Para Se Divertir: O Poder Radical de Passar o Tempo", em tradução livre), traz alguns insights importantes sobre o tema. 

Para ela, os motivos por trás da crise de solidão dos EUA, especificamente, seu campo de estudo, são múltiplos e acontecem em diferentes frentes. “Um dos problemas desta crise tem a ver com o tempo. As pessoas não têm tempo suficiente para se dedicar à interação social. E, por outro lado, também sentem que a interação social em si é uma perda de tempo, por isso não a priorizam. Muitos se sentem culpados por não fazer nada, por passar tempo com alguém ou simplesmente por estar na presença de outras pessoas”, diz. 

Outro fator que contribui de forma significativa, segundo seus estudos, é “a falta de espaços e de acesso a espaços onde as pessoas possam se reunir, sair e existir na presença de outras pessoas. Lugares onde elas podem estar sem sentir que precisam de um motivo específico para visitar ou que precisam gastar dinheiro para ir.”

A privacidade, diz Liming, é algo visto como um privilégio pelos estadunidenses, motivo de honra e orgulho. Mas pode ser justamente ela que também está nos afastando. Viver em espaços compartilhados nos faria potencialmente mais felizes, mas essa é uma ideia que subverte muito a lógica do que é sucesso e que vem sendo construída ao longo das últimas décadas.

Por fim, Sheila ainda revela não ter uma idade específica para o perfil do solitário, apesar de muitos acharem que esse problema só se dá com os idosos. Sou professora universitária e trabalho com alunos que têm entre 18 e 24 anos, e isso é um grande problema para eles também. A ironia é que a faculdade deveria ser um dos momentos mais sociais da vida de uma pessoa. (...) Mas a população em idade universitária com quem trabalho é tão propensa à solidão, ao isolamento e aos problemas de saúde mental associados a isso como a população com mais de 65 anos”, conta.

O que fazer para driblar a solidão?


Neste artigo, te demos seis dicas para fazer novos amigos e neste outro, falamos sobre como é possível sim ter relações mais próximas e sólidas no ambiente de trabalho, sempre cheio de competitividade. Em geral, é importante estar vulnerável para a abertura dessa relação e ir atrás de forma intencional das novas conexões. Além disso, fazer perguntas e estar verdadeiramente escutando é outro atalho para fortalecer esses laços.

Ainda, é importante desconectar para se conectar. Fuja das interações majoritariamente online - apesar de terem seu valor, elas não substituem a troca real na presença física. “Quando você está em um ambiente mediado por uma rede social, conhece as regras e as formas de entrar e sair. Se algo ficar estranho, você sabe que pode encontrar uma saída sem muitos problemas”, pontua Sheila à BBC. 

“Nas interações pessoais, se você tentar se comportar da mesma maneira, alguém poderá pensar que você é muito rude e julgá-lo. Além da falta de controle, tememos o julgamento. As interações sociais presenciais estão sujeitas a regras diferentes daquelas que temos nas redes sociais, e isso pode nos deixar com medo”, continua.

Não é preciso ver as redes sociais como inimigas, porém. Só é preciso, como tudo na vida, encontrar o equilíbrio. Ela pode ajudar a quebrar o gelo, por exemplo, em relações que estão começando, ou até servir de ponte para conhecer pessoas com o mesmo interesse. Mas não podem se limitar somente às telas, é preciso que elas transcendam para o espaço físico em algum momento. 

“Se o ‘sair’ acontecer regularmente, isso deixará de ser estranho. Então você não enfrenta essas expectativas enormes sobre como deveria acontecer e quão perfeito deveria ser. Essa é a única maneira de o ‘sair’ parecer uma coisa normal, tornando-a uma atividade mais fácil de realizar”, conclui. Tenha amizades mais próximas, como te contamos aqui, e observe os benefícios em sua vida. Você verá que são muitos!

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Coloque em prática

5 aplicativos que vão te ajudar a organizar sua vida

Veja como a tecnologia pode organizar melhor o seu dia e fazer você ter mais tempo para se dedicar ao que realmente importa: você mesmo.

28 de Abril de 2020


Em um mundo moderno e imediatista como o nosso, cuidar da nossa vida sem pequenos auxílios parece tarefa impossível - ou pelo menos, muito difícil. Afinal, é preciso organizar as tarefas diárias, cuidar do corpo e da mente, e ainda ficar de olho nas finanças. Tudo isso ao mesmo tempo!


Mas fique calmo que a tecnologia pode te ajudar. A equipe Plenae separou alguns aplicativos que podem te ajudar nesse objetivo árduo que é manter-se em equilíbrio. Há uma infinidade de opções semelhantes aos nomes que apresentaremos a seguir, e até com funções que não foram citados por aqui.

Nosso foco não é contemplar todos eles, é claro, mas sim, gerar esse gatilho de mudança, para que você comece a usar cada vez mais o seu celular não somente para se distrair. Lembre-se: ele pode ser um forte aliado na sua rotina desde coisas simples até as mais complexas. Vamos lá!


Para cuidar das tarefas
O primeiro passo que você deve dar é organizar sua to do list . Isso pode ser feito manualmente e à moda antiga, em um caderninho de sua preferência ou até mesmo em um planner mais elaborado.

Mas existem aplicativos que desempenham a mesma função para você, com adendos bem interessantes, como sincronização de agenda e demais aplicativos, notificações que fazem seu celular apitar e te lembrar instantaneamente de algum compromisso, além de fácil compartilhamento com terceiros que possam estar envolvidos em seu planejamento de alguma forma.

O Wunderlist oferece tudo isso e muito mais. Disponível para android ou sistema iOS , o app é gratuito e possui uma das mais altas avaliações dentro de sua categoria, e é agora atrelado ao Microsoft To Do, antigo aplicativo com a mesma função. Ou seja, ele está ainda mais completo. Vale conferir e dar um start nas suas organizações!

Para cuidar das finanças
Uma vez que suas tarefas previstas estão devidamente organizadas, é hora de planejar o seu bolso e quanto essas atividades vão te custar. O aplicativo brasileiro Guiabolso tem como objetivo “te conectar com as melhores soluções financeiras para o seu momento”.

E o que isso significa? Que, uma vez que todas as suas contas estão conectadas, ele irá sincronizar os seus dados e te oferecer relatórios e dicas personalizadas com base no seu perfil e na sua realidade. Ele também categoriza os seus gastos para que você possa visualizar melhor para onde a maior parte do seu dinheiro está indo no seu mês.

Por fim, ele ainda oferece desconto em uma série de parceiros e até mesmo o serviço bancário de empréstimo. Para baixá-lo é só entrar na sua loja de aplicativos, pois ele é gratuito e disponível tanto para android quanto para sistema iOS . Importante: o aplicativo não realiza nenhuma movimentação financeira por você, ele somente tem acesso ao que você escolhe, conforme seus termos de uso, apresentar em termos de dados.

Para cuidar do corpo
Durante a quarentena, uma onda de aplicativos voltados à musculação vieram à tona. Essa é uma tendência que deve ser seguida e perpetuada mesmo quando toda a crise passar, pois ela democratiza a academia e torna os cuidados com o corpo mais acessíveis. Além disso, joga luz sobre esse tema tão importante.

Mas praticar exercícios físicos demanda ainda mais hidratação. O corpo humano necessita, em média, de 2 litros de água por dia. Se você estiver com sua musculação em dia, pode dobrar essa meta para 4 litros diários.

Um corpo bem hidratado mantém sua pele e cabelo igualmente hidratados, é benéfico para o bom funcionamento dos seus órgãos vitais, ajuda na diluição de gordura e sais minerais em excesso do nosso corpo, evita fadiga e dores de cabeça, entre outros muitos benefícios.

Como a quantidade pode ser alta para quem não tem o costume de beber água frequentemente, o aplicativo Hydro pode ser seu aliado nesse desafio. Apesar do nome em inglês, ele está inteirinho em português e é gratuito, tanto para iOS quanto para android

Além de calcular, com base no seu peso e altura, a quantidade de água aproximada que o seu corpo demanda, ele também traçará metas de hidratação que você deve atingir e te apresentará gráficos e estatísticas da sua evolução. Ele também oferece o sistema de notificações, que vão apitar em seu aparelho quando você deverá ingerir o líquido ao longo do seu dia.

Para cuidar da mente
Corpo e mente , como você já sabe, caminham juntos e devem estar em sincronia. Como já dissemos diversas vezes aqui no nosso portal, a meditação é uma prática milenar que ajuda a equilibrar os seus dois pilares e traz consigo ainda uma série de benefícios . Mas ela nem sempre é fácil, sobretudo aos que não estão acostumados a praticá-la.

Nessa matéria separamos algumas dicas valiosas que podem te ajudar nesse início. O aplicativo Medite.se tem como principal objetivo desmistificar a meditação e torná-la acessível a todos. Criado pelo brasileiro Tadashi Kadomoto, ele é gratuito, disponível para android e iOS e já conta com mais de 500 mil downloads.

A ideia é fazer de você o seu próprio personal trainer espiritual. Você conta com meditações guiadas, músicas próprias para a prática, estudos científicos que comprovam a eficácia do treinamento, gráficos da sua evolução, e ainda a informação de quantas pessoas meditaram junto com você naquele momento.

Para estudar e manter-se atualizado
Já sabemos: sua rotina é acelerada e provavelmente não comporta mais um curso, certo? Isso não é mais desculpas no século XXI. Você pode - e deve! - estudar onde e quando puder. Até porque, estudar pode te trazer propósito de vida. É para isso que iniciativas como o estudo a distância crescem e ganham cada vez mais força.

Nem mesmo aquele de línguas, que a tanto tempo você sonha em fazer, deve ficar de fora dessa. Existem vários apps que podem te apresentar novas línguas, ou ajudá-lo a praticar alguma que você já saiba, para não sair de forma. O mais antigo e bem avaliado de todos eles é o Duolingo .

Seu sistema é intuitivo e simples, fazendo com que o usuário rapidamente se encontre por ali e saiba mexer em pouco tempo. Seus módulos possuem um perfil de gamificação, ou seja, o uso de técnicas de design de jogos aplicados em seus ensinamentos, fazendo com que esse momento de estudo mais pareça uma partida de algum jogo qualquer, onde você conta com níveis e recompensas.

Ele ainda oferece sincronização com a sua conta profissional no Linkedin, permitindo o compartilhamento dos seus avanços no idioma para toda sua rede. Por fim, oferece inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e esperanto. Baixe gratuitamente na sua loja de aplicativos android ou iOS e comece ainda hoje a brincar de aprender.

Gostou das nossas dicas? Lembre-se que todas elas podem te ajudar a avançar um passinho de cada vez rumo a uma vida mais plena, com seus pilares equilibrados, e assim, atingir bem-estar e porque não, longevidade. Compartilhe com a gente pelo Instagram sua evolução nesses e outros aplicativos. Iremos repostar na nossa conta @portalplenae e, assim, incentivar toda a comunidade a seguir o seu exemplo também.

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