Para Inspirar

Consumo de vitaminas não aumenta a longevidade, diz estudo

Quando se trata de uma vida mais longa, uma dieta saudável pode funcionar melhor do que pílulas

16 de Abril de 2019


Um novo estudo com mais de 27 mil pessoas revelou que o consumo de vitaminas e suplementos alimentares não aumenta a longevidade de uma pessoa. Para viver mais, dizem os pesquisadores, prefira seguir uma dieta saudável. Os cientistas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, analisaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição sobre o consumo de suplementos - como polivitamínicos, vitamina C e cálcio - e a dieta dos participantes. A ingestão de suplementos não se traduziu em um menor risco de morte por doença cardiovascular, câncer ou qualquer causa. Já a ingestão de quantidades adequadas de vitamina K e magnésio por meio dos alimentos diminuiu o risco de morrer em mais de 20%. Aqueles cuja dieta tinha doses suficientes de vitaminas A e K, cobre e zinco tiveram o risco de morte por doenças cardiovasculares reduzidos pela metade. O estudo também destacou os efeitos negativos do uso excessivo de suplementos. O consumo de 1.000 mg por dia de cálcio em forma de pílula foi associado a um aumento de 62% do risco de câncer. No entanto, quando as pessoas obtinham muito cálcio por meio dos alimentos, o risco de câncer não crescia. Segundo os pesquisadores, as pessoas que tomavam suplementos não precisavam deles para atender às suas necessidades diárias de vitaminas e minerais. Ao obter os nutrientes pela comida, você também está adquirindo uma variedade de outros compostos, como os fitoquímicos, que interagem entre si de várias maneiras, algumas das quais os cientistas talvez nem entendam ainda. "É possível que esses benefícios específicos que vimos possam refletir a interação complexa entre vários nutrientes dos alimentos", diz a autora do estudo, Fang Fang Zhang. Dieta saudável. Você pode obter os nutrientes destacados no estudo por meio de muitos alimentos. Por exemplo, vegetais verde-escuros, como brócolis e couve, têm vitaminas A e K. Já abóbora, cenoura, batata-doce e gemas são ricas em vitamina A. Folhas verdes, nozes e grãos integrais fornecem cobre e magnésio. "Mas é melhor não se concentrar em nutrientes específicos, e sim confiar que uma dieta balanceada de alimentos saudáveis ​​atenda às suas necessidades nutricionais", diz Charlotte Vallaeys, M.S., analista sênior de política de alimentos e nutrição da revista Consumer Reports . Quando são necessários suplementos? Há momentos em que as pílulas são recomendadas, como quando há deficiência nutricional por um problema de saúde. Pessoas que podem precisar de suplementos incluem: Mulheres que planejam engravidar. Suplementos de ácido fólico são recomendados para reduzir o risco de anormalidades do cérebro e da medula espinhal do feto, que podem ocorrer nos primeiros meses de gravidez. Mulheres grávidas . O ácido fólico é necessário para proteger contra defeitos do tubo neural, e a vitamina D ajuda a prevenir a pré-eclâmpsia. Veganos. Um suplemento diário de vitamina B12 pode ser recomendado, por se tratar de um nutriente encontrado somente em alimentos de origem animal. Idosos. Com a idade, algumas pessoas perdem a capacidade de absorver a vitamina B12 dos alimentos. Pessoas que não se expõem ao sol. Nossos corpos produzem vitamina D por meio da luz solar. Indivíduos que tomam certos remédios. Vitamina B12 e suplementos de magnésio podem ser necessários para pessoas que tomam medicamentos para diabetes e azia. Leia o artigo completo aqui . Fonte: Trisha Calvo Síntese: Equipe Plenae

Compartilhar:


Para Inspirar

A solitude e o silêncio na pandemia

Relembramos matérias que podem ajudar a enfrentar esse tempo de quietude e solitude e, principalmente, podem te aproximar de si mesmo.

13 de Maio de 2021


De repente, o mundo se calou. Diante de um vírus que ainda não conseguimos vencer - apesar de estarmos já um pouco mais perto - e de tantas perdas, que gerou uma espécie de luto coletivo. Com as medidas de distanciamento social, há uma parcela da população que se viu sozinha, pois não dividem a casa com mais ninguém e estão impossibilitadas de receberem visitas.

E então, o silêncio. Por mais que músicas, vídeos e televisão possam preencher esse espaço vazio que a socialização deixou, falar parece ter feito falta para muitos. Isso porque somos seres sociáveis, portanto, estarmos distante e sem nos relacionar, traz consequências até mesmo físicas, como aumento do nível de cortisol, da pressão arterial, declínio da performance do sistema cognitivo, imunológico e da produtividade, além de claro, problemas de ordem emocional.

Mas é possível buscar reverter esse cenário? Isso é claro, uma questão individual, mas há alguns caminhos que podem ser seguidos. O primeiro deles é, sobretudo,  cuidar da saúde mental em tempos de pandemia, que como explicamos nesta matéria , é imprescindível.

Procurar escuta capacitada e profissionais de saúde que estão prontos para receber as suas angústias e trabalhar ativamente sobre elas é o principal caminho. Exercícios físicos , como já sabemos, são grandes aliados da manutenção de nossa mente e corpo, liberando uma série de hormônios que trazem essa sensação de bem-estar tão almejada em tempos difíceis.

Criar uma rotina que sistematize o seu dia pode ajudar o seu cérebro a manter-se em ação, além de te ajudar a distrair-se de possíveis aspectos negativos exteriores. É importante incluir nessa rotina um lazer ativo, desses que te obrigam a movimentar-se fisicamente, ou que realmente geram uma sensação de imersão naquela atividade específica.

Estar atento às suas relações é também de suma importância. Relacionamento, seja ele qual for, demanda investimento de tempo e de sentimentos. É preciso cultivar, como se fosse um organismo vivo, e para isso, é preciso selecionar muito bem com quem você irá realizar essa troca.

Manter essas relações ativas não é necessariamente mergulhar no mundo das redes sociais, que podem gerar uma sensação de FOMO - o medo de estar perdendo algo - e de falta de pertencimento. Mas é sim conversar verdadeiramente com um velho amigo, seja por telefone, vídeo chamada ou até em um encontro seguro.


A solitude

Há também uma outra via, mais complexa e longa, mas muito valiosa: procurar fazer as pazes com a sua própria companhia, onde a solidão pode dar espaço para a sensação de solitude e atenuar a sensação de abandono e tristeza. Isso porque, apesar de estarmos distantes por motivos maiores, ser sozinho também pode ser uma escolha pessoal que traz bastante satisfação para quem assim o faz.

A palavra solitude inclusive possui origem no latim, e significa “a glória em se estar sozinho”. Ela é quase como um estado meditativo e pode ser um poderoso caminho que possui o fortalecimento de sua espiritualidade como destino final. Se tratando de meditação , há uma em específico que chama a atenção para o silêncio: a Vipassana.

A técnica, dentro da literatura budista , tem como característica uma busca por concentração e tranquilidade, mas também uma investigação profunda sobre si mesmo. Como toda prática, ela inclui o silêncio como principal meio para se atingir os objetivos.

A diferença aqui é que ela não é como uma meditação cotidiana, dessas possíveis de serem feitas em alguns minutos - e que também possuem inúmeros benefícios. O Vipassana consiste em um silenciamento longo e profundo feito por dias, tendo até mesmo retiros dedicados a isso por todo o mundo, inclusive no Brasil.

Seus benefícios, assim como os benefícios já conhecidos do silêncio , são vários. A sensação de tranquilidade é uma das principais e mais imediatas. Mas também há um aumento na percepção de si, uma expansão de sua consciência e até aumento no hipocampo, que ajuda em tarefas como concentração e memorização.

Mas, o principal benefício é a libertação da ideia de que nos falta algo, de que precisamos estar em outro lugar que não aqui dentro para encontrar a felicidade, ou que necessitamos da companhia de algo - como um ruído - ou alguém para sermos completos.

É semelhante ao que os peregrinos sentem em suas longas caminhadas, por vezes bastante silenciosas e repletas de solitude , essa sensação pacífica em bastar-se e estar bem consigo mesmo.

Um artigo do jornal New York Times revelou que eremitas contemporâneos estão alcançando as pessoas que lutam contra o isolamento. Um casal em específico, Paul Fredette e Karen Karper Fredette, fundaram até mesmo uma espécie de escola que ensina fundamentos do seu modo de viver, por serem praticantes desse silêncio e isolamento desde antes da pandemia.

A mensagem principal deles é simples: vá para dentro de si e passeie por lá. Como anda a sua relação consigo mesmo? Lembre-se que em tempos de tormenta ou não, somos eternamente nossa maior companhia.

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais