Parada obrigatória
O que foi falado no Plenae em julho
31 de Julho de 2023
Não é segredo para ninguém que nós aqui do Plenae amamos a ciência! Todos os nossos artigos sempre trazem alguma teoria científica ou ao menos alguma pesquisa feita para chancelar o que estamos dizendo. Isso porque acreditamos que é só por meio da ciência que conseguimos entender com mais profundidade as coisas que nos cercam.
E em julho, isso não foi diferente. “Sem querer querendo”, trouxemos temas leves, mas com muito estudo por trás! E de quebra, ainda demos adeus para nossa décima segunda temporada do Podcast Plenae com um episódio lindo sobre a maternidade de Fernanda Fabris e a ciência - olha ela aí de novo! - por trás do amor
Seu amor cabe em um copo? Criada pelo polonês Zygmunt Bauman, a teoria da Modernidade Líquida revolucionou a sociologia dos anos 90. Uma das vertentes dessa teoria seria o Amor Líquido, tese que explica o porquê nossas relações estão tão frágeis e até um pouco superficiais. Explicamos mais sobre esse pensamento no artigo completo! | |
Que som é esse? Não param de surgir novas técnicas cujo objetivo é o mesmo: trazer bem-estar para o indivíduo. O Sound Healing é uma delas: apesar de ter ganhado mais notoriedade nos últimos tempos, a prática é milenar e busca trazer equilíbrio mental e alinhamento dos chakras por meio de alguns sons específicos. Entenda mais! | |
Velha infância Acordar sem hora ou compromisso nas férias em pleno meio do ano. O cheiro da comida que embalava o ar enquanto se assistia desenho. Os amigos que pareciam eternos - e, à sua maneira, de fato eram. Os primeiros amores. Lembramos dos doces momentos da infância na primeira crônica de julho. Vem se emocionar! | |
O cérebro de cada um A dúvida que não quer calar: há alguma diferença entre o cérebro feminino e o cérebro masculino? Antes de mais nada, te explicamos a diferença entre gênero e sexo biológico. Depois, mergulhamos nesse tema sem tabus e, claro, sem preconceitos. Te contamos mais aqui. | |
Quantos amigos você tem? Se a resposta for “poucos”, acredite: você não está sozinho nessa. No Dia Internacional da Amizade, trouxemos dados de uma pesquisa reveladora sobre as relações dos brasileiros. #Spoiler: somos menos sociáveis do que o imaginário popular costuma pregar e estamos cada dia com menos amigos. | |
O importante é saber levantar Cair, todos nós cairemos. Não só de forma literal, mas também subjetiva. Quem nunca se decepcionou, que atire a primeira pedra. Conversamos com a escritora e especialista em impacto social, Nathalie Trutmann, para entender como saber recomeçar e como encarar o mercado de trabalho de forma mais leve. | |
O ingrediente secreto Com as mãos enrugadas, ela estica a massa. Sova o conjunto de farinha, ovos, leite, fermento, tudo com uma força e delicadeza mágicas. A paciência é o melhor tempero, ela sempre dizia. Mas eu discordo: é o amor daquele ato de serviço que torna tudo inesquecivelmente saboroso. Venha ler a crônica do Dia dos Avós! | |
Tempo de tela É impossível proibir os seus filhos de usarem telas, afinal, em mundo conectado como o nosso, ela é parte do nosso lazer, educação e até das nossas relações. Mas, quanto tempo de uso é realmente nocivo e qual seria o tempo recomendado? Te contamos mais sobre o assunto neste artigo! |
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Na oitava temporada do Podcast Plenae, conheceremos a história do autor de sucesso Itamar Vieira, representando o pilar Contexto
16 de Maio de 2022
Crescido na Cidade Baixa, um bairro histórico e portuário de Salvador, Itamar Vieira se tornou, antes de ser escritor, um leitor por vocação. Isso porque não houve nenhum incentivo de sua família, que não era habituada a ler, sem falar no pouco acesso que ele tinha aos livros. O que ele não podia esperar é que, futuramente, seria o seu nome na capa de uma obra - e de sucesso!
Representante do pilar Contexto na oitava temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir, o geógrafo Itamar Vieira Junior alcançou sucesso instantâneo ao publicar o seu primeiro romance. Torto Arado já vendeu 240 mil exemplares, um número expressivo pro mercado editorial brasileiro, e ganhou prêmios importantes da língua portuguesa, como o Leya, o Jabuti e o Oceanos.
O livro conta a história de duas irmãs, que vivem em condição de trabalho escravo contemporâneo no sertão da Bahia. A bagagem acadêmica de Itamar, que acabou se tornando doutor em estudos étnicos e africanos, e seu trabalho em terras quilombolas como funcionário concursado do Incra, deram densidade e profundidade pras personagens que o autor imaginou aos 16 anos, quando escreveu o primeiro rascunho da obra.
“A minha professora [de literatura], era apaixonada pelo tema e falava sobre os livros com paixão, com brilho nos olhos. Por influência dela, eu li Graciliano Ramos e Raquel de Queiroz. Esses autores me apresentaram o mundo rural, que eu só conhecia pelas memórias do meu pai, criado no campo até os 15 anos. Nessa época, eu escrevi 80 páginas do que seria o primeiro esboço de Torto Arado, uma história sobre duas irmãs que viviam numa propriedade rural e tinham o pai como uma figura importante. O manuscrito se perdeu numa mudança de casa, mas o enredo ficou na minha cabeça até se tornar um livro, 25 anos depois.”
Filho de pais muito simples e pouco letrados, Itamar não esperava nem mesmo se formar na escola. Mas ele não só se formou como entrou para a graduação de geografia, que lhe encantou pela possibilidade de “conhecer outros mundos”, gostinho que a própria literatura já havia deixado.
De lá para o mestrado e enfim para o concurso do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que viria a ser o seu trabalho por décadas e, novamente, fonte de inspiração para sua principal obra - que apesar de muito importante, não foi a primeira. “Como servidor do Incra, acompanhei muito de perto a vida de mulheres e homens em assentamentos de reforma agrária, e também em terras quilombolas e indígenas. Eu descobri que as histórias que meu pai contava sobre a infância dele eram reais e atuais. O campo ainda tem uma certa natureza preservada, uma paisagem social e econômica que se modificou pouco ao longo dos anos. Até hoje, estão lá o conflito entre a modernidade e a tradição, e relações sociais que remontam ao período do Brasil Colônia”, pontua.
É justamente sobre o processo dessa escrita, sobre uma infância marcada por dificuldades financeiras e uma sede de literatura e, por fim, sobre toda a sua trajetória nos cantos mais afastados do Brasil que ele trata em seu episódio. “Aos 40 anos, eu penso que minha vida não basta pra mim, ela é pouca. Eu preciso viver outras coisas, e a leitura me proporciona esse contato com o mundo, com personagens, com dilemas humanos, com tanta coisa que a minha existência nunca alcançará. A literatura é um instrumento de humanização forte, porque, quando a gente se engaja numa leitura, vive a vida desses personagens”, diz.
Mergulhe no mundo de Torto Arado e Itamar Vieira no primeiro episódio que abre essa temporada recheada de muitas histórias boas! Ele está disponível aqui, em plenae.com, ou no seu streaming de preferência. Aperte o play e inspire-se!
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