Coloque em prática

O que a natureza pode nos ensinar

Para além de seus já conhecidos benefícios, o contato com a natureza é capaz de nos ensinar mais do que imaginamos

4 de Março de 2022


Na sétima temporada do Podcast Plenae, mergulhamos no propósito de Eduardo Foz junto a ele e sua narrativa. É possível transformar um amor de infância em seu ofício? Para ele, sim. O que poderia aparentemente ser um amor inofensivo por animais acabou se tornando sua fuga de uma rotina que já não lhe fazia mais sentido e tornou sua missão de vida. 


Já nos emocionamos anteriormente com uma relação de amor entre homem e animal, quando Rafael Mantesso dividiu em seu episódio para a quarta temporada do Podcast Plenae de quantas formas diferentes o seu cachorro foi fundamental para sua saúde mental e até mesmo física. 


Sua participação, aliás, nos levou a investigar os benefícios que essa relação tão potente entre o indivíduo e seu pet pode trazer. De te obrigar a caminhar até liberar hormônios importantes para seu bem-estar, a troca é tão rica e intensa que já se tornou uma ferramenta dos profissionais de saúde em busca de cura dos seus pacientes: a zooterapia.


Mas sabemos que a natureza não se restringe somente aos nossos animais de estimação. Até porque, nem mesmo os animais de estimação se restringem somente aos cachorros: há quem tenha gato, coelhos, hamsters e por aí vai. Se essa interação se provou tão benéfica, como analisar isso sob uma ótica maior, tratando-se do meio ambiente como um todo?


A natureza como professora


Para começar, é preciso olhar não só para os ganhos de uma relação no sentido de benefícios para o corpo. Isso porque além de a natureza fazer bem, sim, para a nossa saúde física e mental - além de ser fonte de calma e alegria, como contamos aqui - ela também é professora. 


Há até mesmo uma área dedicada a isso: ela se chama biomimética, ciência dedicada a observar processos naturais e, a partir disso, utilizar seus mecanismos para inspirar soluções que beneficiem o cotidiano das pessoas.  O que podemos aprender, afinal, com a mãe Terra? 


  • Que somos parte dela, e não algo à parte, como nos explicou Maria Claudia Pontes, diretora regional da Weleda Latim América. “Justamente por termos essa consciência de que somos apenas parte de um todo, é inaceitável destruir a natureza, porque de alguma maneira eu estou me destruindo ao mesmo tempo. Se eu agredir um solo, eu estou me agredindo”, diz ela.

  • Que sua presença em ambientes resgata até mesmo um pouco de nossa ancestralidade, como prega a Biofilia e também como estudos arquitetônicos mais recentes apontam


  • Que a evolução leva tempo e não se dá de um dia para o outro, como o crescimento de uma flor que não tenta encurtar sua jornada, mas respeita os processos.

  • Que se regenerar é possível, mesmo quando somos feridos, afinal, é possível observar o nascimento de fungos, flores e matos em locais inusitados, como em um meio fio de uma avenida ou em um lixão.

  • Tudo está em sintonia e tudo que há no mundo co-depende de outros acontecimentos - todos temos nosso valor e nossa função. É a velha teoria do efeito borboleta: um simples bater de asas desse inseto aqui no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas. “Pequenas modificações em um sistema podem ocasionar resultados significativos se este apresenta dependência sensível”, como explica o blog de Física na Unicentro.

  • O valor do trabalho em cooperação, como a obra “A Vida Secreta das Árvores – o que elas Sentem e Como se Comunicam” do escritor e pesquisador alemão Peter Wohlleben explica. As árvores, ao contrário do que se pensa, se comunicam entre si e cooperam mutuamente para que até mesmo a menor delas consiga sobreviver e, assim, tornar a mata sempre mais densa e protegida.

  • O valor das pequenas coisas, seja a alegria genuína que o canto de um pássaro pode nos trazer, ou como contamos neste artigo, os benefícios que uma prática miúda e cotidiana como a jardinagem pode trazer.


E agora, já está mais convencido a se conectar de verdade com o verde que te cerca? Espírito e Contexto são os dois pilares Plenae dedicados a pensar sobre contemplação, o elo natural das coisas e o meio ambiente enquanto um sistema. Mas o poder que a natureza exerce é tanto que afeta positivamente todos os nossos outros pilares, bem como seus ensinamentos. Respire fundo e busque esse contato!

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Coloque em prática

O que é preciso saber antes de ter um pet

Apesar do amor que eles nos dão em troca, ter um pet exige alguns cuidados e é preciso estar ciente antes de trazer um para casa

30 de Janeiro de 2023


Está pensando em virar mãe ou pai de pet? Você não é o único nesse movimento. Segundo dados da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), a procura por adoção de animais aumentou 400% durante os primeiros meses da pandemia. Um outro estudo, o Radar Pet 2021, identificou que cerca de 30% dos animais foram adquiridos durante o período de isolamento social e 23% dessas pessoas estavam adquirindo o seu primeiro animal de estimação da vida. 

A principal porta de entrada desses bichinhos é por meio da adoção ou como um presente, de acordo com os dados coletados pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC). A pesquisa revelou que 84% dos gatos e 54% dos cães são frutos de adoção, enquanto 44% dos caninos e 31% dos felinos foram presentes.

Por aqui, sabemos o quanto um pet pode ser importante para a vida de uma pessoa. Dedicamos uma crônica inteira só para os melhores amigos do homem em nosso Instagram, além de um artigo todo também sobre os benefícios da presença deles para nossa saúde. Até mesmo no Podcast Plenae, animais já foram assunto, seja pela história de vida de Rafael Mantesso e seu companheiro Jimmy, ou também pelo propósito de Eduardo Foz

Os cuidados necessários

Tudo muito bom, tudo muito lindo, mas não se engane: pet dá trabalho. E é por isso mesmo que os tutores hoje são conhecidos como “pais de pet”, porque o trabalho se assemelha ao de um filho mesmo - dada às devidas proporções, é claro. “Muitas vezes as pessoas pegam um animal por impulso, porque achou bonitinho e quis adotar ou comprar determinada raça, e não pensa no que vem depois”, diz Julio Casares, apresentador, especialista e defensor dos animais. 

"É muito importante as pessoas se planejarem quando decidem ter um animal, seja ele um cachorro ou um gato. No caso de um cão, ele é um animal que exige muitos cuidados essenciais, além de veterinário, a gente tem que levar pra passear, dar uma boa alimentação, se preocupar com o tempo que ele vai ficar sozinho em casa, quando viajar, onde ele vai ficar”, pontua. 

No caso de um cachorro que fica sozinho o dia todo, quem mais sofrerá é o próprio animal, que poderá acabar desenvolvendo outros comportamentos ruins ou destrutivos por conta de tédio, estresse e solidão. “Por isso o planejamento se faz tão importante, porque você tem que pensar que um cachorro vive em média 10 a 15 anos, então você terá essas preocupações por todos esses anos”, diz.

Julinho ainda traz uma ótima saída. “Às vezes uma opção para as pessoas que querem adotar, mas não querem passar pela fase destrutiva de um filhote, de ter que educar, é adotar um cachorro já adulto, com alguma ONG responsável que faça um trabalho de resgate e socialização de cães. Esse cachorro já vem mais calmo e pode se adaptar melhor ao estilo de vida desses pais, além de ser uma atitude linda”.

A frente de um canal com mais de 51 mil inscritos, o Bom Para Cachorro, Julio - também conhecido como Julinho - conta que é apaixonado por animais desde criança. “Enquanto algumas crianças eram fissuradas por esportes ou videogames, eu era por animais. Ganhei o meu primeiro vira-lata ainda pequeno - e ele viveu 18 anos comigo - e não parei mais de ter cachorros por perto”, relembra. 

Além do canal no Youtube, hoje ele também apresenta três programas diferentes, mas todos especializados no assunto, na Record TV, uma das maiores emissoras do país. “Eu sempre tive vontade de trabalhar com cachorros, era um assunto que me chamava muita atenção, tinha curiosidade desde sobre o comportamento dos cães até a história de cada raça, como elas surgiram e para que elas surgiram, em qual país, a origem de cada uma, a funcionalidade e especificidades. Tudo”. 

Qual raça é a melhor?

Não existe resposta para essa pergunta, afinal, cada uma tem suas particularidades. O que Julio chama atenção é somente para uma pesquisa prévia daquela que te interessa, sobretudo se você possui criança em casa. Ao contrário do senso comum, várias raças grandes são ótimas com os seus pequenos. 

“Existem muitas raças grandes que são pacientes e que têm noção do seu tamanho, são altamente indicadas para serem babás de criança, como golden retrievers, malamute do alasca, terra-nova, entre outras, eles são muito parceiros. Mas é preciso sempre pensar no perfil do seu filho, se ele for mais agitado, é preciso um cachorro com mais energia para acompanhá-lo, e vice-versa”, explica Casares. 

Raças pequenas e os SRDs (Sem raça definida, como são conhecidos os vira-latas) também servem a essa função perfeitamente, é tudo uma questão de adaptação e socialização. “A socialização é muito importante também na hora de introduzir um filhote ou um cachorro mais velho com uma criança ou com outro bicho que você tiver em casa, ela é o segredo do sucesso, e há profissionais que podem te ajudar nisso”.

É o caso dos adestradores, mercado que também vem crescendo, assim como o mercado das creches para animais, convênio médico e até de acessórios. Isso é reflexo do que trouxemos ainda no começo desse artigo, ou seja, um aumento da procura de um companheiro de 4 patas no dia a dia. 

Se você leu todas essas dicas e ainda assim quer ter um bichinho, nossa última dica é: vá em frente! Ter um pet em casa é a certeza de ter companhia e muito amor, além de trazer benefícios como responsabilidade e até atividade física, nos passeios com o seu bichinho. Esteja atento às suas necessidades básicas, reserve um dinheiro para eventuais contratempos e, mais importante, tempo de qualidade para essa companhia!

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